quinta-feira, 19 de setembro de 2013

IAV-IDV antecipa bom resultado do varejo em julho e projeta nova alta para agosto, de 6,2%

Para este mês, os associados esperam um ritmo de crescimento ainda maior e estimam alta de 8,3% nas vendas

A divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio (IBGE) de julho, feita em 12 de setembro, que apontou um crescimento de 6% nas vendas, em comparação com o mesmo período do ano passado, surpreendeu positivamente o mercado e confirmou a precisão da estimativa do IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas) do mesmo mês, que havia apontado um aumento no realizado de vendas de 5,2%. “A boa estimativa de vendas do IAV-IDV foi quase uma exceção entre as diversas projeções de analistas e consultorias, o que mostra a consolidação do índice como o mais preciso indicador antecedente de vendas do varejo para a economia brasileira”, afirma o presidente do IDV, Flávio Rocha.



A recuperação do varejo em julho também se verificou em agosto, devido, principalmente, ao arrefecimento da inflação e à manutenção da redução de IPI para móveis e eletrodomésticos. Os associados apontaram um aumento no realizado das vendas de 6,2% no mês passado, na comparação com o mesmo período de 2012.

Para este mês, os associados sinalizam um ritmo de crescimento superior a agosto e estimam alta de 8,3% em relação a setembro de 2012. Para os meses subsequentes, o IAV-IDV também aponta aceleração, com crescimento real de 7,5% em outubro e 7,4% em novembro. “Estes números podem ser creditados à recuperação do ritmo de vendas nos diversos segmentos, à resiliência do mercado de trabalho e, finalmente, à desaceleração da inflação de alimentos, que havia pressionado os bens não duráveis no primeiro semestre, já que este setor tem uma contribuição significativa no desempenho do varejo”, analisa Rocha.

O varejo de não duráveis apontou um nível tímido de crescimento em agosto e forte recuperação a partir de setembro. Assim, estima-se alta de apenas 2,5% para agosto, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, e, para setembro, um crescimento maior, de 6,7%. Para outubro e novembro, deve haver franca recuperação, com crescimento de 5,8% e 6,2%, respectivamente. Vale ressaltar que o desempenho desta categoria tem o maior peso nas medições do IAV-IDV, bem como do IBGE e contribuem historicamente entre 40% e 50% de participação no índice da Pesquisa Mensal do Comércio calculado por este órgão do governo.

Já o setor de bens semiduráveis, que inclui vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, teve o desempenho mais constante no período. Os associados do IDV apontam alta de 10,5% das vendas realizadas em agosto e estabilidade com estimativa de crescimento de 9,4% em setembro. Para os próximos dois meses, observa-se uma manutenção das vendas em níveis elevados, com expectativa de crescimento de 10,6% e 9,6%, respectivamente.

Com a manutenção das alíquotas reduzidas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para linha branca e móveis além do início do programa governamental “Minha Casa Melhor”, os associados acreditam que o segmento de bens duráveis retome taxas significativas de crescimento, com alta de 7,7% em agosto e 9,7% em setembro. Para os meses seguintes, as estimativas coincidem em 7,4%, na comparação com os mesmos períodos de 2012.

“Influenciado pelo arrefecimento da inflação em itens importantes para as famílias brasileiras, como alimentos e despesas pessoais, além da manutenção de políticas de redução de IPI e mecanismos de apoio ao crédito para compra de móveis e eletrodomésticos, o mês de julho teve um desempenho acima do esperado, com a maior taxa de crescimento desde janeiro de 2012, e o IAV-IDV do mês passado capturou com precisão este bom desempenho nas vendas”, finaliza Rocha.