quinta-feira, 22 de maio de 2014

Cenário desfavorável impacta vendas do comércio varejista

Varejo deixará de arrecadar em torno de R$ 1,5 bilhão durante a Copa do Mundo

Faltando menos de um mês para o início da Copa do Mundo, mais uma vez o comércio varejista acredita nas vendas nos dias de jogos. Sem contar que a estreia do Brasil será em pleno Dia dos Namorados, onde o fluxo de vendas costuma ser alto. Mesmo com um clima otimista, alguns analistas apostam que nos meses de junho e julho, o varejo deverá deixar de arrecadar em torno de R$ 1,5 bilhão.



Associado a esse problema, institui-se uma reflexão importante para o empresário ou comerciante, pensar se os custos operacionais e trabalhistas ultrapassam o gasto e propiciam lucros, compensando a abertura ou não abertura do estabelecimento ou negócio.

Conforme salienta o economista e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Milton Pignatari Filho, em dias de jogos, estima-se que existe uma perda de aproximadamente 5% do total das vendas diárias em decorrência do feriado forçado. O profissional ainda afirma que em muitos casos a perda é irrecuperável.

Para obter um panorama da situação, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), fez uma pesquisa onde apurou que 52,3% das empresas esperam um pequeno reflexo devido às paralisações nos dias de jogos. Sendo que, 12,4% não preveem nenhum impacto e 27,1% trabalham com possibilidade de um grande impacto. Na pesquisa foram ouvidas 587 indústrias.

Segundo Pignatari, o que fica muito claro é em qualquer análise a mobilização em razão da Copa é o grande foco. Ele ressalta que o importante neste período antecedente é se planejar. “Tudo já deve estar programado e definido pelos comerciantes varejistas. O impacto e as eventuais formas de compensação. Como ocorre em algumas cidades que sediarão jogos, agora não adianta tentar resolver em 20 dias o que não foi feito e planejado em sete anos. O que resta agora ao comércio é torcer, não só pelo Brasil, mas para que suas expectativas se concretizem e seu planejamento tenha sido bem elaborado” – afirma.
Milton Pignatari Filho é economista, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e está disponível para entrevistas.