terça-feira, 10 de março de 2015

Análise: Evento "Inside 3D Printing" em São Paulo (SP)

Ola a todos

Nessa semana estive na segunda edição no Brasil do evento “Inside 3D Printing”, o maior evento do mundo sobre o assunto, a ser realizado em diversos locais do mundo, apresentando não somente as grandes empresas do mercado, como também as empresas e soluções locais. Foi uma excelente oportunidade para conhecer como o assunto está sendo aceito no Brasil, e se a tendência chegará aqui mais cedo do que imaginamos. E sim, chegará. Na verdade, já chegou.

Um capacete de ciclista que utiliza mais de um material em sua composição, criada em peça única
Com a presença de muitas empresas brasileiras, entre empresas que já possuem experiência de anos de mercado, à empresas que ainda podem ser consideradas em processo inicial, ou startups, eu pude verificar uma série de ideias e novidades que ainda não tinha visto sobre o assunto

Eis algumas delas:


  • Se grande parte das soluções ainda utiliza filamentos plásticos para a confecção das peças, a exemplo das soluções mais tradicionais do mercado, algumas empresas já estão oferecendo a possibilidade de criar/moldar objetos em metais como cobre ou até mesmo titânio.
  • Mesmo quando falamos em filamento, hoje já é possível encontrar impressoras que trabalham ao mesmo tempo com diversas cores e materiais, criando formas incríveis, confeccionadas em uma peça única.
  • A grande surpresa foi da empresa BCSA 3D, que apresentou uma impressora que ao invés de filamentos, utiliza como suprimento de impressão uma espécie de papel especial, criando o objeto folha após folha, sobrepondo-o e colando-o enquanto o molda. Incrível.
  • Nenhum equipamento é “confeccionado” ainda no Brasil. A grande maioria tem seus componentes importados, e isso dificulta na criação de um preço acessível. Se nos EUA, é possível comprar um equipamento mais simples por volta de US$ 1.000,00, as soluções oferecidas no Brasil tem valores a partir de R$ 5.000,00. Considerando o valor do dólar e os impostos de uma possível importação, dá praticamente no mesmo. Se sua intenção de compra, ainda for a de matar a curiosidade do assunto, talvez seja melhor aguardar um cenário econômico mais propício à compra.
  • A Stratasys, a maior empresa do mundo no setor, apresentou em seu estande (o principal da pequena exposição), uma série de soluções e produtos que já são utilizados em escala comercial, como os fones da Normal, produzidos de forma ergonomicamente pessoal.
  • Pensa que a indústria de impressão 3D tem fins somente de fabricação de peças ou entretenimento? Uma das empresas tem sua produção totalmente voltada à peças voltadas à medicina, como próteses de crânio, ossos, entre outros, produzidos principalmente em metal (titânio novamente).
  • E não eram somente impressoras que estavam expostas. Já que nosso assunto é varejo, olha que incrível essa sacada da empresa NOIGA, que comercializa por enquanto apenas em seu site, peças de bijuterias e acessórios como colares, brincos e pulseiras confeccionadas em impressoras 3D. Hoje trabalhando oferendo padrões e tamanhos tradicionais de mercado, no futuro, a empresa aposta na customização total das peças.
Espécie de malha para a criação de peças de vestuário utilizando impressão 3D

Uma cadeira composta integralmente (sim, até os pés que imitam madeira) em impressão 3D
Imprimir "você mesmo", ou seja, ter uma "miniatura de si mesmo" em casa, já não é uma novidade e algumas soluções podem ser hoje facilmente encontradas até mesmo em shopping centers das grandes capitais.
Uma das aplicações mais interessantes da tecnologia é na fabricação de próteses "sob medida" ao paciente.
Acredite, essa peça foi confeccionada em papel!!!!
NOIGA: Ideia interessante, oferecendo peças de acessórios confeccionados em 3D

Uma das peças da Noiga. Por enquanto, a empresa oferece os produtos apenas em "medidas padrão".



Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
Editor