Ola a todos
Nessa semana estive na segunda edição no Brasil do evento “Inside 3D Printing”, o maior evento do mundo sobre o assunto, a ser realizado em diversos locais do mundo, apresentando não somente as grandes empresas do mercado, como também as empresas e soluções locais. Foi uma excelente oportunidade para conhecer como o assunto está sendo aceito no Brasil, e se a tendência chegará aqui mais cedo do que imaginamos. E sim, chegará. Na verdade, já chegou.
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Um capacete de ciclista que utiliza mais de um material em sua composição, criada em peça única |
Com a presença de muitas empresas brasileiras, entre empresas que já possuem experiência de anos de mercado, à empresas que ainda podem ser consideradas em processo inicial, ou startups, eu pude verificar uma série de ideias e novidades que ainda não tinha visto sobre o assunto
Eis algumas delas:
- Se grande parte das soluções ainda utiliza filamentos plásticos para a confecção das peças, a exemplo das soluções mais tradicionais do mercado, algumas empresas já estão oferecendo a possibilidade de criar/moldar objetos em metais como cobre ou até mesmo titânio.
- Mesmo quando falamos em filamento, hoje já é possível encontrar impressoras que trabalham ao mesmo tempo com diversas cores e materiais, criando formas incríveis, confeccionadas em uma peça única.
- A grande surpresa foi da empresa BCSA 3D, que apresentou uma impressora que ao invés de filamentos, utiliza como suprimento de impressão uma espécie de papel especial, criando o objeto folha após folha, sobrepondo-o e colando-o enquanto o molda. Incrível.
- Nenhum equipamento é “confeccionado” ainda no Brasil. A grande maioria tem seus componentes importados, e isso dificulta na criação de um preço acessível. Se nos EUA, é possível comprar um equipamento mais simples por volta de US$ 1.000,00, as soluções oferecidas no Brasil tem valores a partir de R$ 5.000,00. Considerando o valor do dólar e os impostos de uma possível importação, dá praticamente no mesmo. Se sua intenção de compra, ainda for a de matar a curiosidade do assunto, talvez seja melhor aguardar um cenário econômico mais propício à compra.
- A Stratasys, a maior empresa do mundo no setor, apresentou em seu estande (o principal da pequena exposição), uma série de soluções e produtos que já são utilizados em escala comercial, como os fones da Normal, produzidos de forma ergonomicamente pessoal.
- Pensa que a indústria de impressão 3D tem fins somente de fabricação de peças ou entretenimento? Uma das empresas tem sua produção totalmente voltada à peças voltadas à medicina, como próteses de crânio, ossos, entre outros, produzidos principalmente em metal (titânio novamente).
- E não eram somente impressoras que estavam expostas. Já que nosso assunto é varejo, olha que incrível essa sacada da empresa NOIGA, que comercializa por enquanto apenas em seu site, peças de bijuterias e acessórios como colares, brincos e pulseiras confeccionadas em impressoras 3D. Hoje trabalhando oferendo padrões e tamanhos tradicionais de mercado, no futuro, a empresa aposta na customização total das peças.
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Espécie de malha para a criação de peças de vestuário utilizando impressão 3D |
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Uma cadeira composta integralmente (sim, até os pés que imitam madeira) em impressão 3D |
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Imprimir "você mesmo", ou seja, ter uma "miniatura de si mesmo" em casa, já não é uma novidade e algumas soluções podem ser hoje facilmente encontradas até mesmo em shopping centers das grandes capitais. |
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Uma das aplicações mais interessantes da tecnologia é na fabricação de próteses "sob medida" ao paciente. |
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Acredite, essa peça foi confeccionada em papel!!!! |
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NOIGA: Ideia interessante, oferecendo peças de acessórios confeccionados em 3D |
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Uma das peças da Noiga. Por enquanto, a empresa oferece os produtos apenas em "medidas padrão". |
Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
Editor