O receio dos consumidores quanto ao cenário político e econômico do país e do Estado é um dos motivos para a queda na intenção de consumo das famílias. O indicador, aferido mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Fecomércio PR, ficou em 94,5 pontos em novembro. Tal referência de consumo está abaixo do ideal, que são 100 pontos, e por isso deve ser interpretada como negativa.
O indicador já vinha apresentando pouca reação desde novembro de 2014, quando a pontuação da intenção de consumo era de 135,3 e, desde então, o índice veio apresentando baixas consecutivas. Em doze meses, a redução na intenção de consumo das famílias paranaenses foi de 30,15%.
Emprego
A segurança no emprego e as perspectivas profissionais estão menos favoráveis. A situação atual no emprego é definida como mais segura para 34,3% das famílias entrevistadas e 38,4% esperam uma melhora profissional nos próximos seis meses. No entanto, no mesmo período de 2014, os que se sentiam seguros quanto ao emprego eram 52,6%.
Situação de Renda
A situação da renda é considerada melhor para 67% dos consumidores em comparação ao mesmo período de 2014, enquanto 13% disseram que a situação financeira está pior. Em novembro do ano passado, apenas 5,7% relatavam piora na renda.
Acesso a crédito
A percepção de acesso ao crédito caiu pela metade. Apenas 30% das famílias consideram que está mais fácil conseguir crédito ou empréstimo ante 62,1% em novembro do ano passado.
Consumo atual
O percentual das famílias que declara estar comprando menos do que no ano passado é de 57,4%, enquanto 21,1% afirma estar gastando mais. Os que não mudaram seu padrão de consumo são 21,5% e 0,1% não souberam responder. Em 2014 os que estavam consumindo mais eram 40,8%.
Momento para de consumo de bens duráveis
Para 60,9% das famílias este ainda é um bom momento para a aquisição de bens duráveis, como eletrodomésticos, aparelhos de televisão e som. Em novembro do ano passado esse percentual era de 72%.