
Com pouco mais de seis meses de operação, os sócios partiram para a estruturação do modelo de franquia, algo que eles já planejavam desde a concepção do negócio. Foi um ano de estudo, adequação de processos, preparação de manuais e alinhamento das receitas para que fossem preparadas em qualquer parte do país com o mesmo conceito e sabor concebido pela equipe de nutricionistas da casa. A primeira franquia abriu as portas em outubro de 2014, na Asa Sul, em Brasília.
De lá para cá o crescimento superou todas as expectativas. Hoje, são 65 unidades em operação, de 140 contratos assinados, e a meta é fechar 2016 com todas em operação, 200 contratos fechados, saltando de um faturamento de R$ 13 milhões em 2015 para R$ 94 milhões este ano. Embora esteja presente na quase totalidade dos estados brasileiros, a Brasileirinho Delivery conta com maior concentração de lojas no Rio de Janeiro e São Paulo. O cardápio cresceu nesses dois anos de operação. Saltou de 12 para 20 pratos e até o final de abril ganhará outros oito, dentro do conceito de alimentação saudável. A ideia é contar no mix com seis tipos de salada e seis boxes vegetarianos, a preços que variam de R$ 12,90 (pequeno com 400 g) a R$ 15,90 (grande, com 700g), com as opções de saladas na faixa dos R$ 13,90 (700gs). “No início pensamos em operar apenas com delivery, o que pede um ponto menor, não necessariamente na avenida principal, e investimento mais enxuto”, observa Didone. “Mas, aos poucos, os próprios franqueados foram demandando um espaço para alimentação no local, preservando, entretanto, a característica de comprar o prato na caixinha”.
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Everton Didone |
Didone destaca que a Brasileirinho Delivery desenha sua expansão para todo o Brasil, em cidades acima de 50 mil habitantes, já que para alcançar rentabilidade a venda tem de ser acima de 150 unidades/dia, hoje a média das lojas é de 180 caixas. “Contamos com um sistema de acompanhamento capaz de apontar as oscilações de cada loja em poucas horas”, observa Didone. “As franquias abrem ás 10h e às 12h eu já consigo saber quantos boxes foram vendidos em todo o Brasil. Se uma unidade foge da sua média, imediatamente entramos em contato para ajudar a resolver o problema”.
Para tanto, a rede oferece um forte programa de treinamento não só para os franqueados, mas também, para o gerente e para quem comandará a cozinha. Inicialmente, eles têm de passar cinco dias na sede da franqueadora, em São José do Rio Preto, onde absorvem o dia a dia da operação, inclusive preparando os alimentos e as caixinhas para entrega. Embora inicialmente a rede planejasse atuar com uma cozinha central e distribuir os pratos semi-prontos para a rede, o que vingou, na realidade, foi uma logística muito mais simples. “Como as receitas e os ingredientes são típicos do dia-a-dia do brasileiro, os ingredientes podem ser adquiridos no mercado local e as receitas preparadas seguindo-se o passo a passo no livro e no vídeo disponibilizado aos franqueados”, reforça Didone.
Outro diferencial da rede, segundo Didone, é a participação direta do diretor operacional, Marcio Costa, na captação de investidores e na orientação das lojas na atração de novos clientes. “Uma das estratégias propostas é a busca do consumidor onde ele está, ou seja, nas empresas, nos hospitais, nas escolas”, afirma o diretor de expansão. “Com essa postura a rede não sentiu os reflexos da crise, porque está sempre ampliando seu leque de consumidores”.
Uma unidade delivery da Brasileirinho, em torno de 50 m2, exige um investimento entre R$ 60.000,00 e R$ 80.000,00, dependendo da região do país, já incluindo ponto, reforma, instalação, sem taxa de franquia. Uma loja com espaço para alimentação no local, com no mínimo 80 m2, custa cerca de R$ 80.000,00 à R$ 100.000,00.