segunda-feira, 9 de maio de 2016

E a Natura se rendeu ao mundo das lojas físicas

Olá amigos do varejo

Há quem diga que a empresa tardou na decisão, há quem diga que o momento nunca foi tão propício, com tanta vacância e oportunidade principalmente nos shopping centers e centros comerciais.

O fato é que a Natura finalmente se rendeu ao encanto das lojas físicas, após algumas tentativas inibidas em seu passado, abrindo há alguns dias sua primeira loja no Morumbi Shopping em São Paulo.

A loja contempla em uma linguagem clara e interessante, tal qual tudo o que os novos players do mercado vêm trazendo ao ponto de físico, sem perder o DNA da marca, um lugar que que carrega um significado muito maior do que um ponto-de-venda, tornando-se um verdadeiro ponto-de-contato da marca com seus consumidores, exatamente um dos papéis que o varejo deve ter hoje, e que cai com uma luva para uma marca reconhecida nacionalmente, mas que na guerra da venda porta a porta, vem enfrentando concorrentes que não somente seguiram seus passos, mas souberam trazer novos ares ao mercado, com players que ganharam boas fatias desse mercado, como Jequiti e Mary Kay, onde essa última criando um mundo aspiracional à suas revendedoras (ou colaboradoras, ou como queiram chamar) onde um dos grandes alvos é conquistar um dos bólidos cor-de-rosa da marca.

Fachada da loja, inaugurada no Morumbi Shopping, em São Paulo
E embora muita gente encare a empreitada da Natura como um enfrentamento direto com o principal varejista do ramo, o Grupo Boticário, em minha opinião, penso que muito mais do que pensar em grandes números, trata-se de uma jogada direta com o consumidor, valorizando os produtos da marca para melhorar seu enfrentamento exatamente no porta-a-porta. Brand Awareness puro, tal qual players como Bauducco ou Malwee estão trilhando, seguindo o sucesso consagrado no varejo de marcas como Havaianas e Hering.

Talvez seja cedo até mesmo para a Natura entender qual o futuro do seu caminho no varejo. Ainda é preciso avaliar qual o impacto na entrada do varejo junto às suas revendedoras. Em minha opinião, algo positivo, pois até mesmo melhora a aceitação do produto no mercado. Fortalece. Se o caminho for de uma expansão plena, para todo o mercado, como seu principal concorrente no varejo, vale entender se o modelo de loja empregado se “encaixa” em qualquer outro tipo de shopping, rua ou perfil de público.

No melhor cenário, será uma ótima decisão se empresa não demonstrar pressa em conquistar o varejo, buscando adaptar seu modelo a todos os tipos de negócio.

Uma coisa é certa: Dessa vez, entraram para ficar.


Quer conferir nosso vídeo da inauguração?
Acesse aqui: http://bit.ly/primeiralojanatura


Um grande abraço e boas vendas

Caio Camargo
Editor
Falando de Varejo