segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Estudo do SBVC divulga as 300 maiores empresas do varejo brasileiro

Estudo “As 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro SBVC” inova e revela força do varejo regional e empenho do setor para adequar-se a atual realidade econômica. Estudo apresenta dados inéditos do varejo brasileiro, tendências do mercado e as 300 maiores empresas do setor.

Estudo realizado pela SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), com o apoio técnico da KPMG, BTR e Varese revela importância de redes regionais e o esforço dos varejistas para manterem suas operações lucrativas diante da situação econômica do País. Do estudo também deriva o Ranking SBVC do Varejo 2016, que este ano lista as 300 maiores redes de varejo do Brasil.

Em sua segunda edição, o levantamento inovou, trazendo uma coleta de dados mais completa, incluindo não só faturamento, número de unidades e área de atuação, como dados primários do varejo familiar e regional, que revelaram o bom desempenho dessas empresas e sua relevância dentro do mercado. A soma do faturamento das “top 300” é de R$ R$ 531 trilhões, o que representa 23,62% do total do varejo nacional de bens e consumo (exceto automóveis e combustíveis), de acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O maior grupo de varejo do Brasil é o Grupo Pão de Açúcar com faturamento de R$65.45bi, 2.181 lojas e 146.000 funcionários. 29 das 300 empresas listadas são de capital aberto e 55 já possuem conselho de administração. 43 das 300 maiores varejistas são redes de franquias e 29 já tem controle estrangeiro do seu capital.

Com base em balanços divulgados, dados declaratórios, dados publicados em entidades setoriais e estimativas, a SBVC conseguiu levantar informações que mostram a boa produtividade e crescimento de empresas que raramente aparecem no mercado, como é o caso do Andorinha Supermercados, empresa da região norte de São Paulo com um faturamento médio anual de R$ 446 milhões por loja, a maior média (faturamento/loja) do Brasil. “O impacto da crise foi muito maior nas pequenas e médias empresas, porém com o novo formato de análise e coleta, conseguimos destacar a importância das empresas que se mantiveram familiares e possuem liderança em suas regiões”, comenta Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) e idealizador do Ranking.

Outra constatação do estudo é que as redes varejistas mexeram rapidamente em seus processos para se adequarem a queda do consumo. Segundo Alberto Serrentino, fundador e vice-presidente da Varese Retail e conselheiro da SBVC, no último ano, o varejista olhou para os processos e entendeu a necessidade de mudança. “Ao contrário do que muito se fala o mercado não está parado. O varejo fez a lição de casa, acelerando ajustes para limpar os excessos e aumentar a produtividade. Nos últimos dois anos, os varejistas adotaram medidas que dificilmente seriam tomadas em dez anos de expansão”, complementa.

O estudo revelou também a relevância do varejo na geração de empregos, as 300 maiores juntas empregaram mais de 1 milhão e 600 mil brasileiros e só as 10 maiores empregaram 444 mil pessoas. Das 300 avaliadas, 102 cresceram mais de 10% em 2015, ou seja, ganharam da inflação.

Outro dado positivo, que mostra a maturidade do setor é que 109 das 300, já faturam mais de R$ 1 bilhão. “Vale um destaque para a operação de redes médias e regionais com uma gestão mais simples que permite maior velocidade de adaptação as demandas do mercado. O estudo mostrou que quanto mais complexa a operação mais difícil de mantê-la produtiva, principalmente em períodos de incertezas econômicas”, explica Terra.

Para Eduardo Terra, a recessão econômica está irá deixar uma herança positiva, o aumento da qualidade na gestão e o aumento da produtividade nas redes, “Enxugar custos, rever processos e analisar melhor investimentos, provocou um aumento na curva eficiência das empresas do setor.” De acordo com Serrentino, o varejo brasileiro aprendeu com a crise a tomar decisões difíceis.