quarta-feira, 23 de novembro de 2016

O verdadeiro papel da tecnologia para o varejo

A acirrada competição do setor requer que os sistemas de varejo desempenhem atividades que vão além da simples emissão de documentos fiscais e possam ser verdadeiras ferramentas de suporte à gestão.

A grande maioria dos varejistas formais brasileiros faz uso de algum software para informatizar o seu negócio. Em muitos casos, essa é uma obrigação para atender à legislação tributária local – e aí nasce uma importante distorção do nosso mercado.

Como temos um modelo tributário extremamente complexo e inconstante, os softwares de varejo são vistos (e usados) prioritariamente como ferramentas de atendimento das exigências fiscais. Essa é uma abordagem essencial, mas extremamente limitada quando avaliamos a fundo as carências de nossos varejistas em termos de gestão. Soma-se ao desafio fiscal, a falta de profissionalismo e baixa produtividade, que no passado ficavam escondidas sob o cortina da informalidade. Os tempos são outros e demandam nova abordagem para garantir a sobrevivência.

Para Daniel Zanco – sócio e cofundador da Universo Varejo, empresa especializada em consultoria e softwares para gestão de redes – os desafios da legislação brasileira fazem com que os fornecedores de sistemas fiscais de loja precisem dedicar muita energia para atender ao emaranhado tributário, não conseguindo dedicar-se ao apoio à gestão do negócio e melhoria de performance dos varejistas. Segundo Zanco, o fato da Universo Varejo não oferecer soluções de automação fiscal possibilitou um maior foco na oferta de softwares que aumentem a eficiência do varejo, muitas vezes usando os dados originados nas soluções de PDV e ERP.

Empresas como a Universo Varejo oferecem soluções para planejamento de suprimento, acompanhamento de indicadores, auditoria de ponto de venda, treinamento a distância, comunicação de rede, relacionamento com consumidores e automação de marketing. Num mercado cada vez mais competitivo, pressionado por altos custo de ocupação e crescente concorrência, a eficiência na gestão passa a ser pré-condição para sobrevivência e crescimento.

Segundo Zanco, varejo e franchising brasileiros passam por um forte momento de profissionalização, onde a maior competitividade tem pressionado os empresários a usar tecnologia para melhor gerir o ciclo de vida de produtos, melhorar margens com redução de remarcações, capacitar melhor as equipes e auditar a distância os processos de loja. "Não há mais espaço para amadorismo, para a gestão feita no olho, sem dados e sem processos controlados" comenta.

Em mercados mais maduros como o americano, varejistas já usufruem de um amplo ecossistema de softwares especializados de apoio à gestão, fazendo com que as obrigações fiscais – muito mais simples por lá – recebam foco muito menor, ficando a gestão em primeiro plano. Por aqui, essas práticas ainda estão restritas às grandes redes e negócios mais estruturados. Resta agora aos nossos varejistas compreenderem a nova fase do jogo e perceberem que é preciso muito mais do que um emissor de notas fiscais para crescer e competir.

Website: http://www.universovarejo.com.br