Segundo o Orange Paper, estudo que o Instituto de Inteligência do GS Group realiza com 192 shoppings, 88% estão fazendo promoção neste ano frente aos 93% em 2015. É o pior desempenho desde 2013, quando foi registrado o percentual de 80%. Em meio a um cenário de recessão econômica, o pessimismo promete marcar a data mais aguardada pelo varejo neste ano.
Como reflexo da crise, os centros de compra puxaram os custos das campanhas de Natal para baixo. Para se ter uma ideia, um a cada três shoppings optaram por ações mais curtas e econômicas. Em 2013, apenas 4% dos centros de compra diminuíram a duração das promoções de Natal para 30 dias, porém, em 2016, esse índice saltou para 30%.
Fernando Gibotti, da GS Group |
A lógica para gerar economia aos centros de compra também se aplica à campanha compre-troque. Nesse caso, poucos clientes ganham menos brindes, como panetone e chocolates, gastando acima de R$400 em 53% dos shoppings onde houve a ampliação do ticket médio neste ano em relação a 38,%, em 2015.
Esse mecanismo explica o crescimento da oferta de campanhas de sorteios, neste ano, em 90% dos shoppings, se comparado a 86%, em 2015.
Para o Diretor de Inteligência do GS Group, Fernando Gibotti, “todos os cortes estão relacionados à mesma estratégia que o marketing adota sempre. Por medo de arriscar e empreender, as campanhas tradicionais se repetem e exigem altos investimentos com promotoras e publicidade. Embora estejamos no século 21, as mecânicas promocionais são as mesmas desde a década de 90”.