segunda-feira, 30 de julho de 2018

Delivery movimenta R$10 bilhões por ano e franquias faturam alto entregando em casa de pizza até comida mineira

Intimamente ligado à tecnologia, o setor de delivery precisa estar sempre atento ao que surge de novidade para otimizar processos e melhorar a experiência de quem pede comida em casa ou no trabalho

Pratos deliciosos em casa e distantes apenas de alguns clics em um aplicativo no celular ou, para os mais tradicionais, a uma ligação para o atendimento do restaurante. O delivery de comida faz sucesso desde que foi criado há mais de duas décadas, mas a tecnologia empregada no setor nos últimos anos fez com que os pedidos crescessem e com eles, a oferta de pratos. Se antes se restringiam à pizzas e comida oriental, pode-se receber em casa até o tradicional arroz com feijão e bife ou mesmo uma comidinha mineira com aquele tempero.



Muitos estabelecimentos têm investido no serviço delivery para atrair clientes e aumentar as vendas. Um levantamento feito pelo Sebrae reforça a preferência dos consumidores por locais que ofereçam entrega em domicílio. Metade dos restaurantes e lanchonetes atendidos pela instituição em todo o país oferecem o serviço, sem terceirização, para dar mais comodidade ao cliente. Ainda segundo a pesquisa, 12% deles não possuem loja física, trabalhando exclusivamente por meio de entregas, sem portas abertas para a rua. Já de acordo com uma pesquisa da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL), o crescimento do número de pedidos via aplicativo gira em torno de R$1bilhão a cada ano. O número, que em média é um aumento de 12%, faz com que o setor no Brasil movimente em torno de R$10 bilhões a cada 12 meses. E quem não quer uma fatia de um setor assim?

Muito além das pizzas e comidas asiáticas, que abriram as portas e ajudaram a popularizar o hábito de pedir comida em casa, as franquias têm colaborado para a criação de negócios que prometem facilitar a hora das refeições entregando em casa pratos variados da culinária nacional. Esse é o caso da Mineiro Delivery que nasceu em 2012 na cidade de São José do Rio Preto (SP) e oferece comida mineira (no cardápio pratos como vaca atolada, galinhada e feijão tropeiro entre outros tradicionais da cozinha nacional) servida em uma caixinha ao estilo dos tradicionais restaurantes chinês de delivery. O modelo deu tão certo que hoje, a rede possui 120 unidades que tem um investimento inicial de R$120mil.

Especializados em delivery, a Dídio Pizza está em expansão em São Paulo. Por ano são vendidas 420 mil pizzas nas 24 unidades da rede e tem investido em mudanças e modernização que neste ano resultou na diminuição do investimento inicial. Os investimentos que a rede vem promovendo nos últimos dois anos dão seus frutos e Elidio Biazini, diretor e fundador da Dídio Pizza, conseguiu reduzir o investimento inicial de R$ 310 mil para R$265 mil sem que isso influenciasse no padrão das unidades e nem no modelo de negócio. A “mágica”, segundo ele é simples e é fruto da sintonia fina que a marca busca ao investir em tecnologia e melhoria dos processos internos. “Exemplo disso é que hoje, nossos canais de venda estão cada vez mais conectados com o mercado. Temos nosso próprio aplicativo, e também temos uma Central de Vendas única que concentra todos os pedidos vindos por telefone e os organiza e redireciona para as unidades de forma eficiente e rápida. Nas nossas cozinhas não é diferente, assim como na montagem de novas unidades”, conta Biazini.

A rede conta com 24 unidades e espera fechar 2018 com 32. Na mira da marca para instalação de novas pizzarias ainda este ano estão São Paulo, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Americana, Sorocaba, Limeira, Santos, Piracicaba e Paulínia. A exemplo das grandes franquias americanas, a rede expande de forma espiral garantindo assim uma logística eficiente de entrega de insumos para os franqueados e também de apoio com consultoria de campo constante. O investimento inicial é de R$265 mil e o faturamento médio mensal é de R$67 mil com rentabilidade de 12%. O retorno do investimento é estimado em 28 meses.