segunda-feira, 24 de setembro de 2018

A vez do marketplace

Modelo de negócio reúne diferentes marcas em um único espaço e facilita a busca por melhores produtos e preços

Conectar clientes e varejistas de forma direta, aproveitar o alto fluxo de grandes e-commerces, conseguir valores mais acessíveis e margem de lucro maior, com ganhos que se estendem aos consumidores, lojistas e operadores – essa é a proposta do marketplace –, inovadora ferramenta para comércio eletrônico.


Mas, por que apostar nesta plataforma que funciona como uma espécie de shopping center virtual? Enquanto no e-commerce as operações de compra e venda são centralizadas, isto é, sai do fornecedor, passa pelo varejista e chega ao cliente, no marketplace o estoque é descentralizado – o produto sai do seller (vendedor) e vai direto para o consumidor. “Quanto mais ‘força’ e itens de mercadoria a plataforma possuir, maior será a atração de clientes. E, ainda, o seller só paga pelo que for vendido”, diz o Director of Business Unit Technology da FH, Sandro Stanczyk.

E como impulsionar as vendas por meio deste modelo de negócio? A FH, empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software, faz a implementação do SAP C/4HANA (anteriormente SAP Hybris), que por conta de sua estrutura pode operar como um marketplace. “A solução possibilita a criação de catálogos; cria perfis; fluxo de aprovação e sincronização dos mesmos; diversos centros de distribuição; opção de estoque disponível; seleção de estoque; cálculo de frete, que permite aos clientes comprarem produtos de diversos sellers ao mesmo tempo, pois a plataforma divide o carrinho e o pedido; motor de promoções configurável, com regras de frete para cada seller; gestão de cupons e muito mais”, completa.

Além de adquirir a tecnologia, é essencial contar com um suporte de operação para a solução de questões sobre entrega, trocas e devoluções. O papel do seller também é fundamental, vai desde as estratégias de venda, qualidade de produção, posicionamento de produtos até as promoções, entre outras responsabilidades. “O importante é oferecer ao consumidor final a melhor experiência de compra”, reforça Stanczyk.

Este modelo de comércio eletrônico vem se popularizando e, além do segmento B2C, é uma aposta para quem atua no mercado B2B. “Ele possibilita a redução de estoque; a padronização de produtos; o aumento da quantidade de oferta; a segurança de contar com indicadores transacionais e dados sobre os fornecedores; sem contar que o cliente consegue ver todas as opções de compra, organizadas por categorias; entre tantas outras vantagens”, cita o Director of Business Unit Technology da FH.

Mais do que isso, ao optar por esse modelo de negócio, além do baixo investimento, ainda é possível aumentar as vendas; obter um rápido go-to-market e diminuir o custo por operação. Outro ponto positivo é que estudos de mercado auxiliam os varejistas nas vendas e garantem um elevado número de visitantes na plataforma. Quanto à arquitetura, segundo explica Stanczyk, o marketplace oferece catálogo inteligente, SEO, recomendação, SAC, gestão de seller, entre outras funcionalidades.

De acordo com informações divulgadas pela Ebit, em 2017, as vendas por meio do marketplace somaram R$ 73,4 bilhões. Entre os exemplos de marketplaces estão: Americanas, Mercado Livre, Shoptime, Dafiti, Extra, entre outros.

Atenção às políticas para o comércio eletrônico

Vale um alerta em relação à nova regulamentação do Banco Central: a partir de 28 de setembro, haverá alterações nas políticas para o comércio eletrônico – a retenção e splits financeiros passarão a ser realizados pelos gateways de pagamento; os sellers deverão emitir NFe no valor total para o cliente final. Além disso, não existirão mais retenções, o marketplace poderá restringir a divulgação, multar e até cancelar o contrato com o seller. “Por isso, uma solução como o SAP C/4HANA é uma alternativa para os varejistas se adequarem às novas regras estipuladas pelo BACEN”, indica Stanczyk.