Disruptiva: essa é a inovação que ficou famosa e vem ganhando manchetes na mídia. Trata-se de uma quebra de paradigmas, uma coisa completamente nova, que muda drasticamente o que existia antes. Um bom exemplo são os aplicativos de táxi, que simplesmente acabaram com o velho hábito de estender a mão para chamar um motorista. Obviamente, uma inovação disruptiva pode surgir de uma série de inovações incrementais, mas ela também pode surgir do zero. Todos parecem se encantar com esse tipo de inovação, mas ela demanda uma cultura muito mais criativa e mentes mais aguçadas.
A partir desses tipos de inovação, temos dois métodos que se desdobram deles:
Inovação fechada: o trabalho se foca em quem já está na empresa, os funcionários. A Apple costuma trabalhar muito assim, pois eles têm um departamento focado em inovar desde muito tempo. Por vezes, outros departamentos nem sabem o que se está sendo feito, devido ao alto sigilo. Eles buscam inventar algo que pertença exclusivamente à empresa.
Inovação aberta: nesse formato, a empresa busca ajuda de quem é de fora, como clientes, consultorias, entidades de classe, etc. Estes trazem inputs para ajudar no desenvolvimento de inovações. As informações são compartilhadas e produzidas em conjunto.
Os métodos podem servir a ambos os tipos de inovação. A técnica aberta lembra muito o modo de produção da China, que culturalmente não se incomoda com cópias de seus produtos. Eles buscam a competição através da melhoria constante. Para eles, copiar é uma honra, uma homenagem, que reconhece a qualidade do que foi copiado, bem diferente do mindset ocidental que enxerga isso como um plágio e não como uma “homenagem”. Já o método fechado, lembra mais o estilo ocidental, onde o registro de patentes que garantam o monopólio daquele mercado parece a fonte mais segura de dar continuidade à empresa.
Não há jeito melhor ou pior. Há aquele que mais se adapta à sua empresa. Essas metodologias servem como guias para escolher uma maneira de enxergar a gestão. Ambos trazem resultados. Basta entender o que você precisa e como quer progredir daqui para frente. Não há antagonismo, e sim progresso paralelo. Em inovação, o único erro é ficar de braços cruzados.
Artigo escrito por Alexandre Pierro, fundador da Palas, consultoria em gestão da qualidade e inovação.