terça-feira, 2 de junho de 2020

Transformação digital: o volume de dados como grande ameaça



Pesquisa recente divulgada pelo IDC Infobrief, patrocinada pela TIBCO, intitulada “Using Data Intelligently: Unification and Pipelining Patterns in the Digital Economy”, apontou dois dados curiosos sobre as empresas: 46% estão “confusas digitalmente” e as 54% que se consideram "comprometidas digitalmente" ainda não completaram seu caminho rumo à transformação digital. Outro resultado bastante expressivo está na dificuldade de integração e gestão das informações, onde 60% das empresas estão sendo desafiadas pela qualidade e complexidade dos dados, principalmente no contexto segurança e governança da informação.

Parte da complexidade dessa jornada está no alto volume de dados gerados de forma aleatória. Para se ter uma ideia, foram criados 33 ZB de novos dados em 2018 (1 ZB = 1 trilhão de Gigabytes). Desse total, 14% eram originais e 86% vieram de replicações e redistribuições, sendo 25% dos dados úteis tagueados e, apenas, 13% deles analisados. Até 2023, mais de 103 ZB de novos dados deverão ser criados, prevê o IDC.

Todas as empresas precisam priorizar a gestão de dados como um processo vital para suas estratégias de transformação digital. Um grande caso de sucesso pode ser encontrado em um dos maiores parques temáticos do mundo localizado no Caribe Mexicano. O Grupo Xcaret conseguiu melhorar ainda mais a acurácia das suas informações por meio de uma visão 360° da arquitetura corporativa dos seus sistemas, garantindo uma taxa de ocupação de 85% já no primeiro ano de implementação da tecnologia.

A pesquisa do IDC também ressalta que as empresas estão recebendo uma quantidade cada vez maior de dados. Ambientes altamente distribuídos e diversos são extremamente comuns na economia digital, complicando a integração de dados e exigindo novas soluções para a qualidade das informações. De acordo com o IDC InfoBrief, essas são as soluções em evidência nesse momento:

Visão 360º graus: uma visão combinada, orientada ao cliente, dos dados mestre e transacionais em ambientes diferentes para melhorar as experiências, operações e alinhamento organizacional do cliente.

Governança de dados: reduzir os riscos associados à segurança e compliance gerando confiança nos dados de uma organização.

Data-as-a-service: combinar e entregar diferentes dados para vários consumidores, permitindo que várias visualizações dos mesmos dados sejam usadas para projetos distintos.

Pipelines de dados: utilizar várias fontes de dados heterogêneos para depurar, em tempo real, uma informação analítica necessária para o treinamento e a implantação de modelos.



Artigo escrito por Márcio Arbex, diretor de pré-vendas da TIBCO na América Latina, líder global em dados corporativos.