quinta-feira, 8 de julho de 2010

KFC tenta seduzir brasileiros pela terceira vez

Pela terceira vez a rede americana de fast food Kentucky Fried Chicken (KFC) tenta emplacar um plano de expansão no Brasil. A estratégia passa pela implantação de lojas na Grande São Paulo e pelo sistema de entrega em domicílio. Por sete anos, a rede se concentrou apenas no mercado carioca, onde dez lojas serviram para a companhia testar seu modelo de operação no Brasil. Com a estrutura mais madura, as operações em São Paulo estão sendo retomadas. Em 1997, quando inaugurou as primeiras lojas, a empresa não conseguiu convencer o paladar do brasileiro. Sem se adaptar aos costumes locais, a Yum, detentora mundial da marca, fechou as 15 lojas que tinha, todas em São Paulo, e que eram administradas por um master franqueado. Em 2003, a companhia resolveu apostar mais uma vez no país, desta vez com lojas próprias. O cardápio passou por adaptações na tentativa de melhorar a imagem e as vendas. As unidades foram abertas no Rio de Janeiro, porque em São Paulo, a KFC não teve muita receptividade.

As unidades cariocas passaram a servir as refeições em pratos de porcelana e com talheres de metal. São as únicas entre os 14 mil restaurantes da companhia pelo mundo a não adotar pratos e talheres descartáveis, pois os brasileiros não se convenceram a comer frango frito com a mão. Além disso, arroz, feijão e farofa foram incorporados ao cardápio, buscando dar uma cara mais nacional à comida americana. Como a experiência deu certo, o próximo passo foi voltar ao sistema de franquia. Em 2007, a Brazil Fast Food Corporation (BFFC), dona do Bob’s e franqueada do Pizza Hut em São Paulo, assumiu a master franquia da KFC, com resultados considerados satisfatórios. São hoje 11 restaurantes, sendo dez no Rio e um em Osasco (SP). E na tentativa de potencializar as vendas, a KFC acaba de lançar também a entrega em domicílio, visando aumentar as vendas em cerca de 15%. A entrada em São Paulo aconteceu há dois meses, e a ideia é primeiro ganhar os arredores para depois entrar na capital.

Fonte: Brasil Econômico (via Mercado e Consumo)