quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Setor supermercadista está mais otimista em relação a vendas e contratações

Empresários retomam confiança na economia e apostam em um futuro melhor

Após quatro meses de estabilidade, a Pesquisa de Confiança dos Supermercados do estado de São Paulo (PCS/APAS) registrou, em agosto, aumento de 36% de otimismo em relação ao mês anterior. Houve crescimento no otimismo com relação às expectativas de vendas futuras (de 44% para 60%) e quanto às contratações (de 24% para 33%) neste mês.

Outros destaques foram o aumento de três pontos percentuais no otimismo em relação ao futuro e a queda do pessimismo quanto à expectativa futura, de 28% em julho para 18% em agosto.

A proximidade das festas de fim de ano (período com maior volume de vendas no ano) e a redução das taxas de juros são fatores que impactam para a melhora na confiança do setor supermercadista. “Com a redução das taxas há um ambiente mais propício para o incremento nos investimentos em expansão ou ampliação e reformas”, explica o diretor do Departamento de Economia da Associação Paulista de Supermercados (APAS) Martinho Paiva Moreira.

No mês de julho, 36% dos entrevistados mostraram-se otimistas com relação ao ambiente econômico atual e futuro, enquanto 24% mostraram-se pessimistas e 40% permaneceram neutros. No entanto, vale ressaltar que houve elevação no otimismo com a expectativa futura: 40% apontaram otimismo, enquanto 18% mostraram-se pessimistas e 39% mantiveram-se neutros.

Um fato que chama a atenção é que o otimismo com relação aos juros, tanto da percepção atual quanto da expectativa futura é o maior de toda a série histórica: 28% e 67%, respectivamente.

Houve melhora significativa quanto à expectativa futura da evolução do PIB (de 29% de otimismo em julho para 60% em agosto), o que em parte é reflexo das ações do governo em estimular a economia em busca de um impulso à atividade econômica. “A conjunção de otimismo com o PIB, aliada ao aumento da expectativa de maior contratação e à expectativa positiva com relação ao desempenho das vendas no futuro, determinaram a elevação da satisfação, aumento do otimismo e consequente alta da confiança do setor supermercadista”, ressalta Moreira.