quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Blockbuster fecha as portas após 28 anos


A locadora de filmes americana Blockbuster fechará as 300 lojas e centros de distribuição restantes da marca nos Estados Unidos, reduzindo oficialmente suas operações ao online. A empresa, nascida no Texas em 1985, chegou a ter 9 mil lojas de aluguel e venda de VHS e DVDs físicos no país, e já havia pedido concordata em 2010 após acumular dívida no valor de US$ 1 bilhão. Em 2011, foi comprada pela Dish Networks, mas não suportou a disputa de mercado de streaming digital, liderado pela Netflix.



O fechamento de portas será progressivo. A previsão da Dish Network Corporation é de que tudo esteja feito até o início de janeiro. O serviço de entregas de filmes pelos correios também será encerrado.

“Não é uma decisão fácil”, escreveu o CEO e presidente da Dish, Joseph Clayton, em um comunicado. “Mas a demanda do consumidor está se direcionando claramente para uma distribuição digital de vídeos de entretenimento.” Após pedir concordata em setembro de 2010, a empresa foi leiloada à Dish por US$ 320 milhões em abril do ano seguinte. Meses depois, buscando se adequar ao novo contexto, a Blockbuster fechou suas unidades no Canadá e começou a oferecer serviço de streaming. Na mesma época a concorrente Netflix chegava ao Brasil e se preparava para avançar por toda a América Latina.

“Apesar de estarmos fechando nossos negócios de distribuição física, continuamos a ver valor na marca Blockbuster, e esperamos alavancá-la ao continuarmos a expandir nossas ofertas digitais”, disse Clayton. O anúncio sobre o fechamento das lojas não afeta necessariamente as franquias terceirizadas, que hoje, calcula-se, totalizam 50 em todo os Estados Unidos.

Brasil

A Blockbuster já havia extinguido sua presença física no Brasil em 2007, quando teve seus direitos comprados pela B2W, dona da Submarino e Shoptime. A controladora já havia encerrado o serviço de entrega em setembro no País, mas não interrompeu os postos de aluguel de DVDs localizados dentro de 190 unidades da Lojas Americanas.

Fonte: O Estado de S. Paulo