terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Demanda do consumidor por crédito abre 2015 em desaceleração, aponta Serasa Experian

De acordo com o Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito, a quantidade de pessoas que buscou crédito recuou 2,5% em janeiro/15 na comparação com dezembro/14. Já na comparação com janeiro/14, houve crescimento de apenas 2,1% na procura por crédito, o menor ritmo de avanço interanual (mês contra o mesmo mês do ano anterior) dos últimos cinco meses.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a desaceleração do ritmo interanual de crescimento da demanda do consumidor por crédito, logo no primeiro mês do ano, reflete as dificuldades conjunturais que pairam sobre a disposição do consumidor em ampliar seus níveis de endividamento: crediário cada vez mais caro, inflação em ascensão e queda dos índices de confiança dos consumidores.

Análise por classe de renda pessoal mensal



As classes de menores rendimentos apresentaram as maiores quedas na busca por crédito em janeiro/15: recuos de 4,7% para quem recebe até R$ 500/mês e de 3,0% para aqueles que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000 mensais. Em seguida, os consumidores com rendas mensais compreendidas entre R$ 1.000 e R$ 2.000, e entre R$ 2.000 e R$ 5.000 tiveram quedas idênticas de 1,8% em janeiro/15 nas suas demandas por crédito. Os consumidores com rendimentos mensais entre R$ 5.000 e R$ 10.000 recuaram em 1,3% sua busca por crédito em janeiro/15 e os que recebem mais de R$ 10.000/mês reduziram em 1,1% a sua demanda por crédito no primeiro mês de 2015.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado (janeiro/14) a maior retração da demanda por crédito aconteceu para aqueles que recebem até R$ 500 por mês: queda de 18,8%. Também houve queda, bem menos acentuada, para os consumidores que recebem entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês: recuo interanual de 0,2% em janeiro/15. Já as demais camadas de rendimentos mensais registraram expansões em suas buscas por crédito em janeiro/15 frente a janeiro/14, a saber: altas de 9,0% para consumidores com renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.000; de 4,1% para aqueles que ganham entre R$ 2.000 e R$ 5.000 mensais; de 1,4% para a faixa de renda mensal compreendida entre R$ 500 e R$ 1.000; e finalmente alta de 0,3% para aqueles que ganham mais de R$ 10.000/mês.

Análise por região

Apenas a região Centro-Oeste registrou avanço da demanda dos seus consumidores por crédito em janeiro/15: aumento de 1,5% frente a dezembro/14. Todas as demais regiões do país acusaram retração nas buscas dos seus consumidores por crédito: -0,8% na região Sul; -0,9% no Norte; -1,8% no Nordeste; e -4,3% no Sudeste.



Já em comparação com janeiro/14, excetuando-se as regiões Sul e Nordeste, que acusaram retrações de 3,4% e de 0,3%, respectivamente, nas demandas dos seus consumidores por crédito no primeiro mês de 2015, as demais regiões do país registraram altas: 19,8% no Centro-Oeste; 2,7% no Norte; e 2,1% no Sudeste.