As expectativas para a retomada econômica do Brasil seguem um pouco desanimadoras e isto afeta diretamente as vendas do varejo. De qualquer forma, o setor sinaliza pontuais avanços e possíveis contratações, especialmente em Porto Alegre. Para a época de Natal a estimativa é que cerca de duas mil lojas abram vagas temporárias na Capital. Entretanto, um ponto em especial continua sendo um grande empecilho ao desenvolvimento do empreendedorismo: o comércio informal.
Paulo Kruse |
Todos os contribuintes precisam ter em mente que adquirir um produto ilegal é crime. É também extremamente injusto com os comerciantes legalizados, já que eles geram oportunidades de trabalho e movimentam a economia o ano inteiro, pagando impostos que ajudam a sustentar uma cidade com serviços básicos para assistir à população.
O comércio informal fatalmente também causa um abuso do trabalho, isto é, pessoas são exploradas e expostas a condições subumanas para produzir de uma forma mais barata e rápida. Nesta cadeia, os produtos são por vezes colocados lado a lado a outros sem procedência. O PopCenter - o nosso Centro Popular de Compras -, tirou das ruas os comerciantes ilegais e agora, passados alguns anos, a pouca fiscalização legitimou a volta dessas pessoas às ruas.
Neste período do ano o comércio é amplificado e, por isso, as pessoas também gastam mais dinheiro. É, no entanto, uma época em que os comerciantes ilegais se aproveitam do momento para vender produtos piratas. Dessa forma, é necessário que órgãos públicos se responsabilizem por inibir essa atuação e que as pessoas se conscientizem que comprar produtos ilegais pode ter uma responsabilidade pela falta de investimentos posteriores em outros setores.
Paulo Kruse é presidente do Sindilojas Porto Alegre