por Bruno Gianelli*
Atualmente, estar presente em marketplaces – espaço virtual onde se faz comércio eletrônico de forma ampla, anunciando seus produtos e serviços em sites de terceiros, especializados no varejo – é algo que todos os proprietários de e-commerce devem fazer. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), esse tipo de mercado corresponde a 20% do faturamento total das lojas virtuais no Brasil. Atuar em diversos marketplaces pode ser utilizado como estratégia complementar para o planejamento do comércio.
Em contrapartida, possuir uma loja online possibilita que o gestor defina diversas estratégias e personalize o ambiente, o atendimento e a experiência do cliente – diferentemente dos marketplaces –, visando alcançar consumidores que buscam por algo refinado. Além disso, atuar em um canal próprio permite a oferta de produtos complementares, como seguros e garantia para os artigos comercializados, clubes de assinatura, etc.
O segmento de clubes de assinatura, sucesso consolidado nos Estados Unidos, apresenta ascensão significativa no Brasil. Para 2017, o setor projeta crescimento de 11%, de acordo com a ABComm. O modelo de comércio garante diferenciação da empresa no mercado, além de possibilitar algumas outras vantagens comerciais. Conforme Philip Kotler, conhecido como o papa do marketing, atrair novos clientes custa de cinco a sete vezes mais do que manter os atuais. Além disso, uma base sólida de integrantes do clube de assinatura garante a renda recorrente e facilita a gestão do estoque, além de possibilitar maior poder de negociação com fornecedores, uma vez que o volume de compras é maior.
Particularidades
Para gerar resultados expressivos, o que também permite maior poder de negociação, os marketplaces são essenciais, uma vez que o fluxo de clientes e de vendas é grande. Neles, os distribuidores competem diretamente em relação ao valor, enquanto os fabricantes trabalham melhor a margem. Por serem fabricantes, possuem exclusividade dentro do portal, entretanto, a desvantagem é que o produto do seu concorrente inevitavelmente será mostrado junto com o seu, não sendo possível personalizar o que será ou não mostrado.
Além disso, investir em uma loja própria no meio virtual garante segurança e estabilidade, uma vez que o negócio é de total responsabilidade do gestor, que terá meios para solucionar possíveis problemas sem ser pego de surpresa por mudanças políticas ou contratuais, além trabalhar de forma mais satisfatória a margem de lucro.
*Bruno Gianelli é sócio-diretor da Betalabs, especialista em sistemas de gestão e plataformas de e-commerce. http://betalabs.com.br/
Como se destacar no comércio virtual com a ascensão dos Marketplaces
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Caio Camargo
Caio Camargo é um incansável apaixonado por tudo que possa estar ligado ao mundo do varejo e ao futuro deste. Arquiteto, blogueiro, palestrante, professor, executivo, anjo-investidor e empreendedor, criou um dos principais sites sobre o varejo brasileiro, o Falando de Varejo, no ar desde Julho de 2008. Com mais de 20 milhões de leitores e dezenas de milhares de seguidores nas principais redes sociais, é uma das principais referências do mercado quando se trata de vender mais e melhor. É autor do livro Arroz, Feijão & Varejo, um dos mais vendidos livros sobre varejo do mercado desde seu lançamento. instagram linkedin facebook twitter
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