terça-feira, 24 de outubro de 2017

Moda infantil obteve crescimento superior ao setor, em valores.

O maior evento com os lançamentos e tendências do setor de moda infantil da América Latina, a “FIT 0/16”, será realizado entre os dias 03 e 05 de novembro, das 10 às 19 horas, no Expo Center Norte.

O IEMI Inteligência de Mercado, especializado em estudos de mercado de vestuário, informa que no ano de 2016 a produção de moda infantil e bebê, em volumes, apresentou queda de 2,2% (1,4 bilhão de peças). A retração foi maior em relação à produção de vestuário em geral, onde o recuo foi de 1,8% (5,7 bilhões de peças) sobre 2015. Porém, em valores, a produção de moda infantil cresceu 5,4% sobre 2015 (R$ 22bilhões), e a produção de vestuário em geral aumentou 4,8% (R$ 109,6 bilhões) também sobre 2015.


O diretor do IEMI, Marcelo Prado, explica os fatores que mais impulsionam o consumo entre os setores de vestuário infantil e adulto. “Num período de crise, quando a produção é reduzida, os artigos mais elaborados, com maior valor agregado, ganham participação no mercado e elevam o preço por peça na indústria. E devido à rápida fase de crescimento, a demanda para o vestuário infantil, principalmente para bebês, é mais constante do que em relação ao vestuário adulto, onde o consumo pode ser prorrogado”, diz ele.

Em 2016, o varejo de moda infantil e bebê, em peças vendidas, recuou 6,8% (1,3 bilhão de peças) sobre 2015, enquanto no vestuário em geral teve retração de 5,9% (5,7 bilhões de peças). A receita (valores nominais), porém, sofreu queda de 3,6% no varejo de moda infantil (R$ 35,8 bilhões) e um recuo de 2,6% no vestuário em geral (R$ 176,6 bilhões). Neste caso, há mais disponibilidade interna para o varejo do vestuário em geral devido a maior participação das peças importadas (9,1%), enquanto o vestuário infantil possui uma participação menor dos importados (5,3%). Sobre as exportações, tanto o vestuário em geral quanto o infantil obtiveram participações equivalentes, 0,5% e 0,6%, respectivamente.

As estimativas para a produção de vestuário infantil e bebê para 2017, em volumes, devem ser de 3,1% (1,5 bilhão de peças) em crescimento e na produção do vestuário em geral de 3,9% (5,9 bilhões de peças). Em relação à receita da produção para a moda infantil, as estimativas mostram alta de 6,2% (R$ 23,3 bilhões) e na receita da produção do vestuário em geral, alta de 1,9% (R$ 111,7 bilhões), sobre 2016.

O varejo de vestuário infantil e bebê em 2017, segundo cálculos do IEMI, deverá ter crescimento em volumes de 3,0% (1,4 bilhão de peças) sobre 2016, menor em relação ao vestuário geral, em que as estimativas são de 5,8% (6,1 bilhões de peças). Para a receita (valores nominais) no varejo, as projeções para a moda infantil apresentaram aumento de 7,3% (R$ 38,4 bilhões) e em relação ao varejo de vestuário em geral, estima-se crescimento de 8,2% (R$ 191,1 bilhões) sobre 2016.

De acordo com Marcelo Prado, a economia mais estável, acompanhada da demanda reprimida junto ao vestuário em geral, deve contribuir para o aumento no fechamento neste ano. A moda infantil, como se manteve mais estável, gerou menos demanda reprimida, consequentemente, crescendo menos em relação ao vestuário em geral.

Sobre os segmentos da moda infantil, em 2016, todos tiveram um recuo em produção no número de peças, sendo o de roupas esportivas o segmento que menos caiu, 0,2% (165 milhões de peças) sobre 2015. Em segundo lugar aparecem as roupas de inverno, com queda de 0,7% (66 milhões de peças). O segmento com maior representatividade é o de roupas casuais, com participação de 59,4%, e as meias com 12,3%.

Estes segmentos merecem destaque na próxima FIT 0/16, pois devem repetir um bom desempenho no próximo ano.