Em geral, o lucro real dos supermercados representa apenas 2% de seu faturamento total. São muitos os processos que, por falta de automatização e modernização, se tornam lentos e caros. A Smarket surgiu em 2013 a partir da percepção desses problemas e se propõe a potencializar as promoções e a agilizar a produção de materiais de divulgação. O software desenvolvido pela startup catarinense conecta dados de estoque, validade, preços e estatísticas de venda, resultando na identificação dos produtos mais estratégicos para entrarem em promoção e automatizando a produção de tablóides, por exemplo. A empresa está presente em 13 estabelecimentos distribuídos em seis estados e prevê para 2017 a expansão da sua atuação para farmácias e home centers.
Marcela Graziano, da Smarket |
Marcela Graziano, CEO da Smarket, defende que a empresa é sustentada em três pilares: estratégia, processo e inovação. “Queremos melhorar os processos dentro dos mercados por meio da inovação. Mas essa mudança precisa ser estratégica para que possa se adaptar a cada realidade e maximizar o aproveitamento de cada produto em promoção”.
Por meio do software, a empresa auxilia os estabelecimentos varejistas a identificarem como cada promoção se comportará, se o produto venderia a mesma quantidade mesmo com um preço mais caro, se o barateamento de um produto não vai prejudicar outros do mesmo setor e qual mídia é mais indicada para cada tipo de promoção - que podem ser mais agressivas ou mais duradouras.
Trajetória empreendedora - A solução está na sua terceira versão, que foi desenvolvida este ano com a entrada do CTO da empresa, Paulo Silva. Apesar de existir desde 2013, foi apenas dois anos depois, após a participação da CEO no programa de capacitação Startup SC, promovido pelo Sebrae/SC, que o software se tornou completo para ir ao mercado. Desde então, a empresa que era constituída por duas pessoas, cresceu e hoje conta com 12 colaboradores.
Estima-se que a metade das promoções realizadas não geram aumento nas vendas ou, muitas vezes, causam prejuízo aos mercados. Marcela defende que isso acontece porque faltam ferramentas para uma tomada de decisão técnica. “Queremos levar inteligência ao varejo, de forma acessível. Tornar o varejo brasileiro cada vez mais eficiente e estratégico, utilizando a tecnologia”, ressalta a CEO.