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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
Presidente da Abiesv fala sobre as expectativas de vendas do varejo
Há um ano na presidência da Abiesv - Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo, e já tendo inovado e trazido novidades à entidade e a seus associados, Marcos Andrade acredita que 2020 será um ano de confiança de que a economia vai melhorar e isso gera um ambiente mais positivo para o consumo.
CEO da maior empresa de manequins da América Latina, a Expor Manequins (“Pequena Notável” da Forbes 2016), Andrade divide a sua experiência dando boas orientações para que o empresário seja bem-sucedido, inclusive ressalta muito o associativismo. “A colaboração entre as empresas e entre as pessoas é importante. Quando nos unimos para discutir e promover ações, essas ações ganham mais força e se multiplicam”, afirma.
Por gostar de levar conhecimento também concede palestras nacionais e internacionais sobre temas que permeiam sua ampla vivência no varejo: de visual merchandising até manufatura 4.0 (área que atua na empresa).
Na oportunidade, o presidente também conta as novidades da Abiesv para 2020, entre elas a realização de workshops práticos e cursos para varejistas e fornecedores.
1. As expectativas de vendas do varejo estão otimistas para este ano por parte inclusive das entidades do setor. Acredita que 2020 será melhor do que o ano passado?
Sim as entidades estão com anúncios otimistas mesmo. A FecomercioSP anuncia que o faturamento do comércio em São Paulo pode ser 6% superior a 2019 - atingindo R$ 783 bilhões. Já estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - CNC, em uma projeção nacional, diz que o varejo ampliado deverá elevar as vendas em 5,3%, enquanto o varejo restrito deverá avançar 2,3%.
Todas essas expectativas da economia geram confiança. Na medida que se nota a diminuição do desemprego, por exemplo, é natural que se torne mais seguro para gastar e fazer dividas. Essa confiança de que a economia vai melhorar cria um ambiente mais positivo para o consumo. Acredito que já existe esta retomada este ano mais do que no ano passado e, com isso, um futuro com mais vendas. Inclusive já observamos que os grandes players, redes maiores, já estão executando seus planos e são seguidos, com mais cautela, por empresas menores. Este é sem dúvida o momento de o varejista avaliar que investimentos pode fazer para que sua loja fique mais competitiva, para se beneficiar e atrair mais clientes.
2. Este ano terá muitos feriados, serão nove em dias úteis - em comparação a sete de 2019. Até que ponto isso prejudica o comércio?
Depende muito. Tudo que é previsto é passível de ser trabalhado. É possível criar algumas ações estratégicas e não ter prejuízo. Cada vez mais o comércio é um relacionamento, então, neste caso, por exemplo, é possível enviar ao mailing de clientes, que não vão viajar, as novidades e opções de promoções especiais da loja. Mas cada caso é um caso, depende do produto e do público para uma abordagem correta. De qualquer forma, esta é uma ação ativa, onde é possível reverter uma situação de queda em acréscimo. Quando se tem previsão, é mais fácil organizar e programar ações. Agora é imprescindível que se tenha um sistema de CRM (Customer Relationship Management) e, incrivelmente, ainda nesta época podemos dizer que quase metade das empresas não o têm e, sendo assim, não sabem bem quem são seus clientes, não monitoram seus clientes e não se relacionam com eles. Sem dúvida, as empresas terão que aprender rápido a fazê-lo.
3. Para o varejo se recuperar de tantos anos de crise, os especialistas dizem que só ao longo de 2021 que terá força novamente e folego. Acredita nisso?
Quando falamos nesses grandes números de faturamento do varejo são resultados das médias, quer dizer, se pressupõe que algumas empresas faturarão mais e outras menos. Como empresário, o que eu sempre me questiono é quais ações estratégicas posso fazer para que o meu negócio esteja no grupo de empresas que está melhor, pois se a recuperação será realmente no ano 2021 eu não quero esperar. Melhorar o atendimento, ticket médio e o sortimento, não deixar faltar os itens best-sellers para não ter ruptura e perda de oportunidades de venda, investir em tecnologia para que seja percebida como valor para meu cliente, treinar minha equipe para que seja mais vendedora. Essas são algumas das ações possíveis. Por isso que trabalhamos muito na Abiesv, em nossos workshops, Backstage do Varejo e seminários para trazer este exemplo de executivos que estão com ações interessantes, mostramos muitas coisas reais e executáveis no mercado brasileiro e que dão resultado, sejam ações isoladas ou projetos.
4. Qual a chave do sucesso do varejo este ano. O que é importante estar atento, quais são as tendências, podemos incluir diversidade, inclusão, propósito, experiencia...?
Não tenha dúvida, mas é importante ficar atento: quando falamos de propósito, diversidade e experiência, para quem? O que é importante para um empreendimento pode não ser para outro. Tem que saber quem é seu público e o que ele valoriza. Se o empresário sabe isso, tem que construir sua estratégia ao redor desses valores e desse estilo de vida, para criar identificação, para que se tenha uma marca com fãs.
Importante também ressaltar que o varejo deve ficar atento nas datas comemorativas. Quando o comércio melhora em geral, nas datas ele performa melhor ainda. Bom que o varejista aproveite estas oportunidades porque existe o ânimo de compra, a pré-disposição do cliente em comprar: dia dos namorados, dia das mães, dia dos pais. Fundamental preparar o seu PDV visualmente, de estoque, entre outras questões.
5. Qual é a atuação da Abiesv diante do atual cenário do varejo no Brasil?
A Abiesv está nos acontecimentos mais relevantes do varejo, organiza e participa de eventos frequentados por quem faz o varejo brasileiro. Uma de suas principais contribuições junto a seus clientes é, sem dúvida, a difusão do conhecimento de qualidade. Como a entidade é composta de fornecedores de varejo bastante atuantes e com grandes projetos, tem o papel de comunicar os varejistas sobre a atualidade no mundo, o que é viável se fazer no Brasil, de forma sustentável, e com quais investimentos.
Hoje, as pessoas têm muita informação à disposição, mas muitas ruins ou inapropriadas. Na Abiesv a vantagem é que os profissionais realmente estão fazendo, não apenas falando. Qualquer projeto de varejo relevante no País vai, certamente, ter um associado da Abiesv participando. E sempre que possível vamos contando as experiências boas e ruins e trocando informações nos eventos que promovemos, em participações nas maiores feiras do setor, entre outras iniciativas. A informação é um bem precioso, ainda mais nos dias de hoje em que o comerciante tem, no geral, tido muita cautela nas tomadas de decisões. Além disso, os nossos parceiros aproveitam de uma network poderosa e com resultados.
Nós da Abiesv acreditamos muito na colaboração entre as empresas e entre as pessoas. Quando nos unimos para discutir e promover ações, essas ações ganham muito mais força e se multiplicam.
6. Quais ações da Abiesv estão programados para este ano?
A entidade promove, apoia e participa de eventos e de feiras nacionais e internacionais, conferências, comitês de varejo, rodadas de negócio, workshops e palestras. Entre os eventos que a Abiesv promove e dos quais seus associados participam gratuitamente está o Backstage do Varejo, já em sua 33ª edição. Este ano serão realizados quatro, dois em cada semestre, sempre sobre assuntos da atualidade e com palestrantes nacionais e internacionais, apresentações de cases e de tendências, e um debate com os maiores formadores de opinião do mercado.
Este ano vamos realizar também workshops, oficinas práticas nas áreas de Visual Merchandising e Startups. Neles, com a tutoria de especialistas, os grupos de varejistas trabalharão em um projeto de negócio. Também serão promovidos pela Abiesv dois eventos no Rio de Janeiro.
Entre as demais novidades ainda está a criação do Comitê de Visual Merchandising, formado por profissionais e alunos, com o objetivo de ajudar a profissionalizar o segmento. Fazem parte das iniciativas importantes deste comitê a realização de workshops e a criação de um curso de VM tecnológico, em parceria com uma faculdade.
E mais acontecimentos ainda aguardam 2020. Está na programação, a criação de cursos internos para associados, como de Pitch de vendas e de como trabalhar as mídias sociais de sua empresa, entre outros.
E como acontece em todos os anos, em 2020 estaremos presentes nas mais importantes feiras do setor, quando convidaremos, como sempre, os associados para expor seus produtos e serviços no mesmo estande, a preços mais acessíveis. Os membros da diretoria também sempre vão para as feiras internacionais, como NRF e Euroshop e trazem as novidades em eventos especiais aos associados. Este será um ano muito promissor para a Abiesv e para os que estiverem ao nosso lado.
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Novo presidente da Abiesv fala sobre os rumos do varejo
Marcos Andrade, 52 anos, retorna à presidência da Abiesv - Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo, após 12 anos. Andrade foi o primeiro presidente da entidade, logo em sua fundação (2004/2007), e, neste intervalo, ocupou outros cargos: Diretor do Comitê Internacional, Conselheiro e, mais recentemente, Vice-presidente (2017/2018). Para o empresário, CEO da Expor Manequim, o associativismo é fundamental, “tem muitas coisas que uma empresa sozinha não consegue fazer, já várias empresas juntas vão longe”.
Andrade sabe bem o que fala, pois o varejo está em sua vida desde pequeno: “costumo brincar que, ainda criança, tomava manequim de café da manhã”, conta. Sua empresa é familiar, fundada por seu pai, Vilemondes de Andrade, há 50 anos, e hoje exporta para México, Colômbia, entre outros países.
O especialista gosta de compartilhar as suas experiências, como diz ‘as boas e as ruins’, por isso concede palestras nacionais e internacionais sobre temas que permeiam sua ampla vivência no varejo: Manequins, Moda, Empreendedorismo, Franchising, Serviços e Industrial.
Na entrevista, o executivo fala sobre as novidades da Abiesv, entre elas a criação de duas novas diretorias, a de Inovação e Startups, que visa levar mais informação, sobretudo tecnológica, ao varejista e, também, oferecer possibilidades de novas parcerias; e a Diretoria de Educação, que permitirá à Abiesv promover cursos de grande valor aos varejistas. O Presidente ressalta, ainda, a importância do lojista, independentemente do tamanho, ampliar, cada vez mais, seu Network e investir em ferramentas eficazes que atraiam os clientes, como o Visual Merchandising.
1. Quais são as novidades da Abiesv diante do atual cenário do varejo no Brasil?
A Abiesv produz informação de qualidade e relevante para o mercado varejista. Como a entidade é composta de fornecedores de varejo bastante atuantes e com grandes projetos, tem o papel de comunicar os varejistas sobre a atualidade no mundo, o que é viável se fazer no Brasil, de forma sustentável, e com quais investimentos. Recentemente percebemos oportunidades, como as novas tecnologias aplicadas no varejo, sobretudo por meio de parcerias com startups. Por isso, vamos trazer essas startups, já fornecedoras do varejo ou as que ainda serão, para a Abiesv. Criamos a Diretoria de Inovação e Startups e vamos criar a categoria de associados desta área. Assim pretendemos fazer uma interação com o varejo para futuros negócios e troca de informações. Formalizamos, também, a Diretoria de Educação, com o objetivo de auxiliar os varejistas em melhores qualificações. A Abiesv promoverá uma série de cursos em diferentes formatos, destinados a varejistas e associados. Para isso, estão sendo envolvidas outras entidades e instituições acadêmicas. Essas são algumas novidades.
2. O próximo Backstage do Varejo, evento promovido pela Abiesv, abordará temas como Visual Merchandising e Store Design. Qual a importância para o varejista de estar atualizado nestas áreas?
O Visual Merchandising e o Store Design são ferramentas essenciais para aumentar a percepção de valor dos produtos. Os varejistas têm que criar experiências de compra em suas lojas, e o VM é um excelente instrumento, constrói o cenário para conectar o cliente com a marca e é acessível a todo tamanho de varejista, do pequeno ao gigante. A loja, hoje, perdeu a importância para a transação, não é mais necessário ir à loja para comprar, pode-se adquirir um produto pelo celular, computador. E exatamente por este motivo a loja física se tornou mais importante ao varejista, pois perdeu na transação, mas ganhou na relação, no engajamento emocional. Mais do que nunca a loja tem que ser envolvente, criar um bom ambiente. O caminho para o bolso do cliente passa pelo seu coração. E as emoções são despertadas dentro da loja, não no online. Nisso entra o VM e não é um trabalho fácil, por isso damos orientações aos varejistas. Lembrando que, conforme pesquisas, a vitrine representa até 85% das vendas da loja e 50% das pessoas compram por impulso. No varejo da moda, 42% das pessoas são influenciadas pelo manequim, que é o segundo fator mais importante da venda da moda. O manequim tem que se conectar com o cliente. A indústria já está capacitada para fazer produtos especiais, depende de se querer usar ou não na loja.
3. E aquele pequeno varejista que não pode investir muito em VM?
Quanto menor o varejista maior a importância do Visual Merchandising, que inclusive pode ser a diferença entre uma loja estar aberta ou fechada. Se usar as ferramentas corretas, é possível fazer uma vitrine tão boa quanto a de uma grande rede de varejo. Não é uma questão de dinheiro, e sim de criatividade, e de conhecer o lifestyle e os valores de seu cliente. No momento em que existe menos gente comprando, a sua loja tem que ser melhor para atrair quem quer comprar. Como o varejo sofreu muito nestes últimos anos, com 200 mil lojas fechadas, temos que pensar em como aproveitar este momento. A tendência é melhorar, os projetos tendem a sair das gavetas e as empresas devem fazer investimentos para renovar suas lojas e abrir novas. Não estamos, ainda, no momento perfeito, mas já é possível obter mais resultados.
4. Fale sobre o intenso Network que o associado da Abiesv tem possibilidade de fazer?
Os grandes escritórios de arquitetura de varejo, os melhores consultores de Visual Merchandising, quer dizer, bons empresários dos mais diversos ramos do varejo estão na Abiesv e, agora, teremos, ainda, as startups. Trabalhamos em muitos projetos de mãos dadas. E, muitas vezes, indicamos um ao outro em várias oportunidades de trabalho, quando clientes requerem especialistas em varejo. As grandes vantagens da Abiesv ao associado é exatamente o Network e a Geração de Negócio. Possibilita ao associado criar e fazer crescer a sua reputação profissional.
Existe, por exemplo, a chance de o associado estar em vários eventos com a entidade - desde o Backstage do Varejo, que promovemos, até Feiras nacionais e internacionais, que participamos todos juntos --, onde é possível fazer uma infinidade de contatos, com parceiros especialistas na mesma área ou em outras. Nós da Abiesv estamos totalmente comprometidos com o sucesso do varejista, queremos que tenha êxito, por isso seguimos compartilhando experiências, até aquelas que não deram certo para que o próximo não repita os mesmos erros. O resultado do varejista para nós é extremamente importante.
5. Por isso a sua atuação na Abiesv por todos estes 16 anos, acredita muito no associativismo?
Sempre participo, acho muito importante estar ligado à entidade. No Brasil o associativismo é fundamental, pois tem muitas coisas que uma empresa sozinha não consegue fazer. Em uma associação, também, se promove o profissionalismo: o acesso ao crédito é facilitado, participar de grandes feiras do setor fica menos custoso em grupo, e assim por diante. Construímos melhor o conhecimento quando tem mais participantes. Trocamos muito entre nós. Por exemplo, a Expor Manequins está há 10 anos no México e cinco anos na Colômbia, passamos a nossa expertise para muitas empresas que buscam internacionalização, e contamos também a parte ruim, pois nem tudo foi maravilhoso, mas aprendemos muito. E a sorte de com quem conversamos é poder trilhar um caminho que não tenha os mesmos erros que nós cometemos. Essa troca de informações é valiosa.
Outra questão é que o varejo brasileiro é de qualidade, porque tem fornecedores de qualidade, ninguém faz um bolo bom com matéria prima ruim. Temos bons exemplos no Brasil, que podem ser exportados para outros países, inclusive de primeiro mundo. Somos criativos, capacitados e fazemos muito com pouco recurso.
6. Fale sobre a sua carreira e sua ligação com varejo
A Epor Manequim, empresa 100% dedicada a manequins, sempre teve como clientes os varejistas de moda. Por ser uma empresa familiar, todos sempre participamos dos acontecimentos, desde crianças. Mas antes de vir para a Expor, fui trainee e trabalhei, por anos, nas Lojas Gloria, de brinquedos e papelaria, e atuei em outras áreas, como a de franchising. Estou na Expor Manequins desde 1992. Também dou palestras sobre as várias áreas do varejo, incluindo manufatura 4.0, área que atuamos na empresa, em função da digitalização, impressão 3D, robotização, internet das coisas. As próximas palestras serão dia 24 de abril, na ACSP - Associação Comercial de São Paulo, no bairro do Tatuapé, sobre Formação Estratégica de Preços para a Internacionalização, junto com a SP Negócios, ACSP e APEX; e no dia 25 de abril, no Expo D. Pedro, em Campinas (SP), no Retail Conference, promovido pela ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas), com o tema ‘O Novo DNA do Varejo’.
Nova diretoria da Abiesv - tomou posse em 1º/03/2019. Na Vice-presidência, Ivan Rodrigues, Diretor Executivo da Joy Movelaria. Na Diretoria: Financeira, Rosely Kawahara, sócia na Kawahara & Takano Retailing; no Jurídica, Fernando Fernandes, proprietário da Fernando José Fernandes Advogados; no Marketing e Eventos, Thais Moro, Gerente de Marketing da Lemca Iluminação; Visual Merchandising, Sonia Paloshi, Diretora da Purchase Comunicação & Marketing; Educação, Ana Claudia Costa, especializada em Neuromkt e Environmental Design. Além da nova Diretoria de Inovação e Startups.
Andrade sabe bem o que fala, pois o varejo está em sua vida desde pequeno: “costumo brincar que, ainda criança, tomava manequim de café da manhã”, conta. Sua empresa é familiar, fundada por seu pai, Vilemondes de Andrade, há 50 anos, e hoje exporta para México, Colômbia, entre outros países.
O especialista gosta de compartilhar as suas experiências, como diz ‘as boas e as ruins’, por isso concede palestras nacionais e internacionais sobre temas que permeiam sua ampla vivência no varejo: Manequins, Moda, Empreendedorismo, Franchising, Serviços e Industrial.
Na entrevista, o executivo fala sobre as novidades da Abiesv, entre elas a criação de duas novas diretorias, a de Inovação e Startups, que visa levar mais informação, sobretudo tecnológica, ao varejista e, também, oferecer possibilidades de novas parcerias; e a Diretoria de Educação, que permitirá à Abiesv promover cursos de grande valor aos varejistas. O Presidente ressalta, ainda, a importância do lojista, independentemente do tamanho, ampliar, cada vez mais, seu Network e investir em ferramentas eficazes que atraiam os clientes, como o Visual Merchandising.
1. Quais são as novidades da Abiesv diante do atual cenário do varejo no Brasil?
A Abiesv produz informação de qualidade e relevante para o mercado varejista. Como a entidade é composta de fornecedores de varejo bastante atuantes e com grandes projetos, tem o papel de comunicar os varejistas sobre a atualidade no mundo, o que é viável se fazer no Brasil, de forma sustentável, e com quais investimentos. Recentemente percebemos oportunidades, como as novas tecnologias aplicadas no varejo, sobretudo por meio de parcerias com startups. Por isso, vamos trazer essas startups, já fornecedoras do varejo ou as que ainda serão, para a Abiesv. Criamos a Diretoria de Inovação e Startups e vamos criar a categoria de associados desta área. Assim pretendemos fazer uma interação com o varejo para futuros negócios e troca de informações. Formalizamos, também, a Diretoria de Educação, com o objetivo de auxiliar os varejistas em melhores qualificações. A Abiesv promoverá uma série de cursos em diferentes formatos, destinados a varejistas e associados. Para isso, estão sendo envolvidas outras entidades e instituições acadêmicas. Essas são algumas novidades.
2. O próximo Backstage do Varejo, evento promovido pela Abiesv, abordará temas como Visual Merchandising e Store Design. Qual a importância para o varejista de estar atualizado nestas áreas?
O Visual Merchandising e o Store Design são ferramentas essenciais para aumentar a percepção de valor dos produtos. Os varejistas têm que criar experiências de compra em suas lojas, e o VM é um excelente instrumento, constrói o cenário para conectar o cliente com a marca e é acessível a todo tamanho de varejista, do pequeno ao gigante. A loja, hoje, perdeu a importância para a transação, não é mais necessário ir à loja para comprar, pode-se adquirir um produto pelo celular, computador. E exatamente por este motivo a loja física se tornou mais importante ao varejista, pois perdeu na transação, mas ganhou na relação, no engajamento emocional. Mais do que nunca a loja tem que ser envolvente, criar um bom ambiente. O caminho para o bolso do cliente passa pelo seu coração. E as emoções são despertadas dentro da loja, não no online. Nisso entra o VM e não é um trabalho fácil, por isso damos orientações aos varejistas. Lembrando que, conforme pesquisas, a vitrine representa até 85% das vendas da loja e 50% das pessoas compram por impulso. No varejo da moda, 42% das pessoas são influenciadas pelo manequim, que é o segundo fator mais importante da venda da moda. O manequim tem que se conectar com o cliente. A indústria já está capacitada para fazer produtos especiais, depende de se querer usar ou não na loja.
3. E aquele pequeno varejista que não pode investir muito em VM?
Quanto menor o varejista maior a importância do Visual Merchandising, que inclusive pode ser a diferença entre uma loja estar aberta ou fechada. Se usar as ferramentas corretas, é possível fazer uma vitrine tão boa quanto a de uma grande rede de varejo. Não é uma questão de dinheiro, e sim de criatividade, e de conhecer o lifestyle e os valores de seu cliente. No momento em que existe menos gente comprando, a sua loja tem que ser melhor para atrair quem quer comprar. Como o varejo sofreu muito nestes últimos anos, com 200 mil lojas fechadas, temos que pensar em como aproveitar este momento. A tendência é melhorar, os projetos tendem a sair das gavetas e as empresas devem fazer investimentos para renovar suas lojas e abrir novas. Não estamos, ainda, no momento perfeito, mas já é possível obter mais resultados.
4. Fale sobre o intenso Network que o associado da Abiesv tem possibilidade de fazer?
Os grandes escritórios de arquitetura de varejo, os melhores consultores de Visual Merchandising, quer dizer, bons empresários dos mais diversos ramos do varejo estão na Abiesv e, agora, teremos, ainda, as startups. Trabalhamos em muitos projetos de mãos dadas. E, muitas vezes, indicamos um ao outro em várias oportunidades de trabalho, quando clientes requerem especialistas em varejo. As grandes vantagens da Abiesv ao associado é exatamente o Network e a Geração de Negócio. Possibilita ao associado criar e fazer crescer a sua reputação profissional.
Existe, por exemplo, a chance de o associado estar em vários eventos com a entidade - desde o Backstage do Varejo, que promovemos, até Feiras nacionais e internacionais, que participamos todos juntos --, onde é possível fazer uma infinidade de contatos, com parceiros especialistas na mesma área ou em outras. Nós da Abiesv estamos totalmente comprometidos com o sucesso do varejista, queremos que tenha êxito, por isso seguimos compartilhando experiências, até aquelas que não deram certo para que o próximo não repita os mesmos erros. O resultado do varejista para nós é extremamente importante.
5. Por isso a sua atuação na Abiesv por todos estes 16 anos, acredita muito no associativismo?
Sempre participo, acho muito importante estar ligado à entidade. No Brasil o associativismo é fundamental, pois tem muitas coisas que uma empresa sozinha não consegue fazer. Em uma associação, também, se promove o profissionalismo: o acesso ao crédito é facilitado, participar de grandes feiras do setor fica menos custoso em grupo, e assim por diante. Construímos melhor o conhecimento quando tem mais participantes. Trocamos muito entre nós. Por exemplo, a Expor Manequins está há 10 anos no México e cinco anos na Colômbia, passamos a nossa expertise para muitas empresas que buscam internacionalização, e contamos também a parte ruim, pois nem tudo foi maravilhoso, mas aprendemos muito. E a sorte de com quem conversamos é poder trilhar um caminho que não tenha os mesmos erros que nós cometemos. Essa troca de informações é valiosa.
Outra questão é que o varejo brasileiro é de qualidade, porque tem fornecedores de qualidade, ninguém faz um bolo bom com matéria prima ruim. Temos bons exemplos no Brasil, que podem ser exportados para outros países, inclusive de primeiro mundo. Somos criativos, capacitados e fazemos muito com pouco recurso.
6. Fale sobre a sua carreira e sua ligação com varejo
A Epor Manequim, empresa 100% dedicada a manequins, sempre teve como clientes os varejistas de moda. Por ser uma empresa familiar, todos sempre participamos dos acontecimentos, desde crianças. Mas antes de vir para a Expor, fui trainee e trabalhei, por anos, nas Lojas Gloria, de brinquedos e papelaria, e atuei em outras áreas, como a de franchising. Estou na Expor Manequins desde 1992. Também dou palestras sobre as várias áreas do varejo, incluindo manufatura 4.0, área que atuamos na empresa, em função da digitalização, impressão 3D, robotização, internet das coisas. As próximas palestras serão dia 24 de abril, na ACSP - Associação Comercial de São Paulo, no bairro do Tatuapé, sobre Formação Estratégica de Preços para a Internacionalização, junto com a SP Negócios, ACSP e APEX; e no dia 25 de abril, no Expo D. Pedro, em Campinas (SP), no Retail Conference, promovido pela ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas), com o tema ‘O Novo DNA do Varejo’.
Nova diretoria da Abiesv - tomou posse em 1º/03/2019. Na Vice-presidência, Ivan Rodrigues, Diretor Executivo da Joy Movelaria. Na Diretoria: Financeira, Rosely Kawahara, sócia na Kawahara & Takano Retailing; no Jurídica, Fernando Fernandes, proprietário da Fernando José Fernandes Advogados; no Marketing e Eventos, Thais Moro, Gerente de Marketing da Lemca Iluminação; Visual Merchandising, Sonia Paloshi, Diretora da Purchase Comunicação & Marketing; Educação, Ana Claudia Costa, especializada em Neuromkt e Environmental Design. Além da nova Diretoria de Inovação e Startups.
quinta-feira, 15 de março de 2018
Presidente da Abiesv fala sobre os difíceis anos que o varejo atravessou e expectativas para 2018
Números apontam para uma boa recuperação do mercado, segundo Nagata.
A Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo tem ações pontuais que podem ajudar os varejistas, como o evento Bakstage do Varejo (25ª edição será dia 27.03), que proporciona uma intensa troca de experiência do setor
1. Como foi o mercado de varejo em 2017?
Passamos mais de dois anos muito difíceis, sobretudo 2015/2016, quando mais de 100 mil operações foram encerradas no País, consequência de fatores como a alta da inflação, o desemprego e o crédito mais caro e escasso.
Digamos que, após isso, o mercado de fornecedores tenha se depurado, os melhores permaneceram. E desde o ano passado, a economia está sinalizando uma retomada, o poder de compra da família aumentou, pela dinâmica da inflação. A liberação das contas inativas do FGTS também ajudou.
E tivemos boas notícias em, 2017, como:
Porém, ainda, existe um longo caminho para a plena recuperação do varejo, que ainda sente o golpe da crise de anos anteriores.
2. O que esperar do mercado de varejo em 2018? E nos próximos anos?
Temos que olhar o ano de 2018 com moderação, sem otimismo de empolgação, cuidar dos negócios e dos clientes. Esperamos um cenário melhor do que os anos anteriores, porém de forma lenta, mas gradual e constante. O momento político e econômico que o país atravessa ainda trará dificuldades, no curto prazo, para o Varejo e para toda a cadeia de fornecimento envolvida. No entanto, em momentos como esse, o mercado “incentiva” as empresas a terem melhores performances e a revisarem seus modelos de negócios, o que também as tornam mais robustas e preparadas. Já há empresas que estão em um movimento de atualização, visando estarem na frente quando o cenário se restabelecer de vez.
Os comerciantes devem estar preparados para consumidores mais exigentes e cautelosos com os gastos. É preciso mais do que oferecer bons produtos e ter lojas bonitas. É necessário acompanhar a modernidade em vários aspectos, inclusive o tecnológico. A migração das compras para lojas on-line também é outra propensão do consumo no país. Em 2017, a modalidade representou 4,3% das vendas do varejo no Brasil (em 2016, foi de 3,8%). E ainda acreditamos que o atendimento deverá ficar mais personalizado e a customização em massa vai aumentar. Entender e monitorar o comportamento dos consumidores é uma prática que ganhará força.
Então, tudo indica que este será um ano melhor para o varejo. Teremos um 2018 seguramente melhor que 2017.
3. No que a Abiesv ajudou os varejistas no ano passado e no que pode ajudar este ano?
Nosso objetivo é sempre ampliar a rede de relacionamento entre associados e varejistas. Entre as ações da Abiesv para tal, temos os “Backstage do Varejo” - eventos que proporcionam uma troca construtiva de informações e experiências entre os associados e varejistas, que tomam conhecimento das mais recentes soluções de produtos e serviços disponíveis no mercado. O Backstage acontece quatro vezes ao ano, discutindo vários temas recorrentes, como planejamento estratégico, segurança, gestão de ativos, iluminação, store design, visual merchandising, sustentabilidade, prevenção de perdas, e o avanço da tecnologia dentro do PDV. O próximo Backstage será realizado dia 27 de março, sobre ‘Projeção da Economia para 2018 e o Mercado Plus Size’.
Também participamos das mais conceituadas feiras do setor, com o objetivo de oferecer aos visitantes “ilhas de conhecimento”, com modelos aplicados das melhores práticas de mercado em um ponto de venda - enfim, aproximar as necessidades dos varejistas às soluções de nossos associados. Entre as feiras com participação da Abiesv estão: Euroshop, Latam Retail Show, Febravar, Couromoda, Greenbuilding Brasil, High Design e BR Week.
Outra vertente do nosso trabalho é fortalecer e articular ainda mais a cadeia de fornecimento do varejo e propiciar novas oportunidades de negócios também no exterior.
Desde a fundação, temos muito fortemente a área de planejamento estratégico para o PDV, soluções de consultoria e a viabilização do conceito e a construção. Cada vez mais o aparelhamento, o conhecimento, a qualificação dos associados devem ser uma das nossas metas. Somos provedores de soluções em PDV.
Perfil -- Akira Nagata, presidente da Abiesv, é formado em administração, pelo Mackenzie, e Designer, pela Anhembi Morumbi. Antes de assumir a presidência da Abiesv (começo de 2017), atuou por 10 anos na diretoria da entidade, como conselheiro, Diretor de Expansão, Diretor de Eventos e, por fim, Vice-Presidente. Entrou para a área de iluminação há 24 anos. Há 21 anos fundou a Omega Light -- empresa com as melhores soluções do mercado de iluminação --, com a ajuda de seu pai, nome Fernando Akira Nagata, guru, que já acumula 50 anos de experiência no ramo.
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| Akira Nagata, presidente da ABIESV |
A Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos e Serviços para o Varejo tem ações pontuais que podem ajudar os varejistas, como o evento Bakstage do Varejo (25ª edição será dia 27.03), que proporciona uma intensa troca de experiência do setor
1. Como foi o mercado de varejo em 2017?
Passamos mais de dois anos muito difíceis, sobretudo 2015/2016, quando mais de 100 mil operações foram encerradas no País, consequência de fatores como a alta da inflação, o desemprego e o crédito mais caro e escasso.
Digamos que, após isso, o mercado de fornecedores tenha se depurado, os melhores permaneceram. E desde o ano passado, a economia está sinalizando uma retomada, o poder de compra da família aumentou, pela dinâmica da inflação. A liberação das contas inativas do FGTS também ajudou.
E tivemos boas notícias em, 2017, como:
- Aumento das vendas no Natal, 5,6% acima de 2016 (dados da Serasa Experian)
- As vendas do comércio varejista subiram 5,9% em novembro/2017 em comparação com novembro/2016, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
- O faturamento das lojas em shoppings foram 5% superior a 2016.
- E, ainda, foram criados 208 mil postos de trabalho em 2017 - conforme pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que afirma que haverá uma recuperação da massa de rendimentos e inflação controlada, por isso deverá ocorrer uma retomada do crescimento do País, puxada pelo consumo.
2. O que esperar do mercado de varejo em 2018? E nos próximos anos?
Temos que olhar o ano de 2018 com moderação, sem otimismo de empolgação, cuidar dos negócios e dos clientes. Esperamos um cenário melhor do que os anos anteriores, porém de forma lenta, mas gradual e constante. O momento político e econômico que o país atravessa ainda trará dificuldades, no curto prazo, para o Varejo e para toda a cadeia de fornecimento envolvida. No entanto, em momentos como esse, o mercado “incentiva” as empresas a terem melhores performances e a revisarem seus modelos de negócios, o que também as tornam mais robustas e preparadas. Já há empresas que estão em um movimento de atualização, visando estarem na frente quando o cenário se restabelecer de vez.
Os comerciantes devem estar preparados para consumidores mais exigentes e cautelosos com os gastos. É preciso mais do que oferecer bons produtos e ter lojas bonitas. É necessário acompanhar a modernidade em vários aspectos, inclusive o tecnológico. A migração das compras para lojas on-line também é outra propensão do consumo no país. Em 2017, a modalidade representou 4,3% das vendas do varejo no Brasil (em 2016, foi de 3,8%). E ainda acreditamos que o atendimento deverá ficar mais personalizado e a customização em massa vai aumentar. Entender e monitorar o comportamento dos consumidores é uma prática que ganhará força.
Então, tudo indica que este será um ano melhor para o varejo. Teremos um 2018 seguramente melhor que 2017.
3. No que a Abiesv ajudou os varejistas no ano passado e no que pode ajudar este ano?
Nosso objetivo é sempre ampliar a rede de relacionamento entre associados e varejistas. Entre as ações da Abiesv para tal, temos os “Backstage do Varejo” - eventos que proporcionam uma troca construtiva de informações e experiências entre os associados e varejistas, que tomam conhecimento das mais recentes soluções de produtos e serviços disponíveis no mercado. O Backstage acontece quatro vezes ao ano, discutindo vários temas recorrentes, como planejamento estratégico, segurança, gestão de ativos, iluminação, store design, visual merchandising, sustentabilidade, prevenção de perdas, e o avanço da tecnologia dentro do PDV. O próximo Backstage será realizado dia 27 de março, sobre ‘Projeção da Economia para 2018 e o Mercado Plus Size’.
Também participamos das mais conceituadas feiras do setor, com o objetivo de oferecer aos visitantes “ilhas de conhecimento”, com modelos aplicados das melhores práticas de mercado em um ponto de venda - enfim, aproximar as necessidades dos varejistas às soluções de nossos associados. Entre as feiras com participação da Abiesv estão: Euroshop, Latam Retail Show, Febravar, Couromoda, Greenbuilding Brasil, High Design e BR Week.
Outra vertente do nosso trabalho é fortalecer e articular ainda mais a cadeia de fornecimento do varejo e propiciar novas oportunidades de negócios também no exterior.
Desde a fundação, temos muito fortemente a área de planejamento estratégico para o PDV, soluções de consultoria e a viabilização do conceito e a construção. Cada vez mais o aparelhamento, o conhecimento, a qualificação dos associados devem ser uma das nossas metas. Somos provedores de soluções em PDV.
Perfil -- Akira Nagata, presidente da Abiesv, é formado em administração, pelo Mackenzie, e Designer, pela Anhembi Morumbi. Antes de assumir a presidência da Abiesv (começo de 2017), atuou por 10 anos na diretoria da entidade, como conselheiro, Diretor de Expansão, Diretor de Eventos e, por fim, Vice-Presidente. Entrou para a área de iluminação há 24 anos. Há 21 anos fundou a Omega Light -- empresa com as melhores soluções do mercado de iluminação --, com a ajuda de seu pai, nome Fernando Akira Nagata, guru, que já acumula 50 anos de experiência no ramo.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Entrevista: Programa Bem da Terra (Terra Viva - Grupo Bandeirantes)
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| Clique no vídeo abaixo! |
Olá amigos do varejo!
Ontem fui o entrevistado do programa "Bem da Terra", do canal Terra Viva do Grupo Bandeirantes, apresentado pela sempre simpática Renata Maron.
Na pauta, falamos sobre oportunidades para os pequenos e médios negócios em meio à crise. Imperdível!
Confira mais vídeos em nosso canal no YouTube: http://bit.ly/youtubevarejo
Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo | Editor | +Falando de Varejo
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Entrevista especial: Vendas no Varejo
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| Assista o video abaixo! |
Começo de ano com gás total!
Temos um ano todo de boas oportunidades!
E para começar o ano, gostaria de convidar vocês para assistir minha entrevista para o programa Ponto de Equilíbrio da TV Mundial, no comando do excelente Dennis Munhoz.
Tive a honra de ser convidado para esse agradável bate-papo em uma das melhores entrevistas que tive a oportunidade de participar até hoje.
Confiram o vídeo abaixo.
Participem e me ajudem na construção de nosso canal no YouTube com likes ou comentários.
Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
Editor
Falando de Varejo
quarta-feira, 2 de novembro de 2016
Falando de Varejo com Fred Alecrim e Caio Camargo
Para quem ainda não viu, vale a pena conferir a minha entrevista com o Fred Alecrim, um dos mais conceituados palestrantes e consultores de varejo, em nosso canal no Youtube (youtube.com/falandodevarejo).
O Alecrim tem um incrível podcast onde traz temas e conselhos extremamente úteis e práticos pra líderes e gestores.
Troca de chumbo. Eu o entrevistei para o blog, e ele me entrevistou para o podcast.
Confira esse bate papo que ficou verdadeiramente incrível! Estamos conversando sobre as principais oportunidades para quem quer sair da crise, ou encarar a crise de uma maneira mais otimista.
Basta clicar no play aí embaixo!
Espero que gostem!
Um grande abraço e boas vendas,
Caio Camargo
Editor
Falando de Varejo
segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Entrevista: Fred Alecrim - A Cura Empresarial
Uma entrevista com Fred Alecrim, um dos mais reconhecidos consultores e palestrantes em gestão e pessoas, que está lançando seu terceiro livro: "A Cura Empresarial" para editora Jovens Escribas.
Ávido leitor de literatura específica e pesquisador incansável de novas tendências, Fred costuma filtrar todo o conhecimento que adquire e criar seus próprios conceitos, visando facilitar a vida das pessoas, ajudando-as a empreender mais e melhor.
Uma entrevista imperdível!
Para saber mais sobre Fred Alecrim
facebook.com/fredalecrim
twitter.com/fredalecrim
instagram.com/fredalecrim
LINK PARA COMPRA DO LIVRO "A CURA EMPRESARIAL"
http://www.jovensescribas.com.br/fredalecrim
terça-feira, 5 de abril de 2016
Entrevista: Fred Rocha - Marketing Digital PME
Um bate papo descontraído com Fred Rocha, apaixonado por varejo e vencedor do Prêmio da ABComm, na categoria profissional de marketing digital do ano. Na pauta: Como as pequenas empresas podem usufruir do marketing digital?
Clique abaixo para assistir ao vídeo.
E aproveite (se ainda não o fez), para se inscrever em nosso canal no YouTube!
Vem aí mais novidades!
Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
Editor
Falando de Varejo
sexta-feira, 15 de janeiro de 2016
Produtividade no varejo - Canal do Franchising
Olá amigos do varejo!
No final do ano passado fui entrevistado pelo pessoal do Canal do Franchising, do pessoal do consagrado MBA60.
Nessa entrevista, falo sobre a importância das métricas em tempo onde a chave para o aumento de faturamento talvez esteja na produtividade.
Ah, e se precisar, conte conosco!
Conheça o site da Virtual Gate: www.virtualgate.com.br
Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
Falando de Varejo
No final do ano passado fui entrevistado pelo pessoal do Canal do Franchising, do pessoal do consagrado MBA60.
Nessa entrevista, falo sobre a importância das métricas em tempo onde a chave para o aumento de faturamento talvez esteja na produtividade.
Ah, e se precisar, conte conosco!
Conheça o site da Virtual Gate: www.virtualgate.com.br
Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
Falando de Varejo
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Entrevista: Caio Camargo
Entrevista que dei para o canal de YouTube da Editora Atlas, o TV WEB ATLAS, durante o V Sarau de Negócios da Editora, realizado em Fortaleza.
quarta-feira, 24 de junho de 2015
Entrevista: Juarez Leão - ABF Franchising Expo 2015
A ABF Franchising Expo, maior feira do mundo no segmento de franchising, começa hoje no Expo Center Norte, em São Paulo.
Para falar do tema, o Falando de Varejo reinicia sua série de entrevistas, convidando o Diretor de Treinamento, Cursos e Eventos da entidade, Juarez Leão, para uma conversa sobre o evento e o mercado.
FDV: Qual a expectativa para a edição deste ano da Expo? Quais as novidades dessa edição?
LEÃO: Este ano esperamos um público superior a 62 mil visitantes, movimento mais de R$ 500 milhões em negócios potenciais. Acreditamos também que, no atual momento econômico, devemos atrair profissionais que, com poucas perspectivas em seu emprego atual, buscam abrir seu próprio negócio por meio do franchising.
No campo da capacitação, temos duas novidades: o Congresso de Expansão de Redes, que ocorre um dia antes da feira, e os Cursos ABF, que ocorrem ao longo do evento. A primeira iniciativa tem o objetivo de potencializar a participação dos expositores na ABF Franchising Expo, mas traz também importantes dicas de marketing, atração e seleção de novos franqueados. A segunda iniciativa é voltado ao empreendedor iniciante que escolheu o franchising para abrir seu próprio negócio. Serão aulas rápidas e práticas com o conceitos principais do franchising e as dicas para selecionar a marca mais compatível com cada perfil de investidor. No campo dos expositores, temos 78 estreando na feira entre redes, nacionais e internacionais, fornecedores e consultorias. Destaque para marcas famosas, mas recentes, como a hamburgueria Fry’s, Los Paleteros, Espetto Carioca e Suplicy Café. Notamos também a forte presença de franquias de serviços de vários segmentos de esmalterias, para sombrancelhas, automóveis, odontologia e escolas de idiomas. O segmento de alimentação continua forte, com várias marcas conhecidas, incluindo o retorno da Dunkin Donuts.
Por fim, vamos ter o lançamento de um projeto inédito de capacitação online com o Sebrae, cujos detalhes serão divulgados durante a feira.
FDV: E como anda o mercado de franquias no Brasil?
LEÃO: O mercado de franquias cresceu de forma consistente nos últimos 10 anos. Nos últimos 18 meses, já vem sendo mais impacto pelo atual cenário econômico. No entanto, ainda mantemos um desempenho superior ao varejo e a economia de forma geral. Por exemplo, no primeiro trimestre de 2015, nosso mercado cresceu nominalmente 9,2%. Este resultado é um forte indicativo da resiliência de nosso setor. Pela natureza em rede e de constante capacitação técnica e motivacional do franchising, conseguimos enfrentar melhor o atual cenário. Em um trimestre que costuma ser mais difícil, ao menos recuperamos a inflação e com alguma sobra.
FDV: Quais os tipos de negócio que podem ter um melhor mercado nesse ano? Quais poderão enfrentar alguma dificuldade?
LEÃO: Os segmentos do franchising que mais cresceram no primeiro trimestre de 2015 foram: Alimentação e “Esporte, Saúde, Beleza e Lazer”, ambos com uma expansão do faturamento da ordem de 14%; e Comunicação, Informática e Eletrônicos, com 11%. Em número de unidades, os segmentos que mais cresceram foram Acessórios Pessoais e Calçados (14%) e Comunicação, Informática e Eletrônicos (13%).
Em um momento menos favorável, segmentos mais tradicionais como Alimentação e Esporte, Saúde, Beleza e Lazer tendem a se fortalecer, pois refletem mudanças comportamentais da sociedade mais consolidadas, como as relativas ao bem-estar e a facilidades cotidianas. Já o segmento de Comunicação, Informática e Eletrônicos reflete a crescente digitalização da sociedade, gerando oportunidades na venda de produtos, consultoria, assistência técnica e outros serviços.
FDV: Muitas pessoas que estão saindo do mercado tradicional, tem como desejo abrir seu próprio negócio, principalmente através de alguma franquia existente no mercado. Qual o seu conselho para esses futuros franqueados?
LEÃO: As dicas para se escolher uma marca são: primeiro, que entenda e concorde com o sistema de franquias. Segundo, escolher uma franquia de um segmento com o qual se identifique. Ou seja, não escolher apenas pela moda, mas sim algo de interesse. Se gosto de culinária, a área de alimentação pode ser uma boa opção. Se a educação é meu interesse, quem sabe uma franquia de idiomas ou treinamentos. E assim, por diante. Terceiro, avaliar e desenvolver bem o plano de negócios que abrange: produto/serviço, preço, potencial de mercado, ponto comercial, fluxo financeiro, etc. E, por fim, possuir o capital necessário não apenas para o investimento inicial, mas para financiar a operação da franquia. Verificar se a rede de franquia é associada a ABF e possui o Selo de Excelência no franchising é outra dica importante. Por fim, e uma de nossas principais recomendações, é conversar com alguns franqueados da rede em que se quer ingressar. Esse é um dos principais balizadores de qualquer decisão.
FDV: Para aqueles que já possuem um negócio próprio, e buscam expandir sua rede através do formato de franquias, qual seu conselho?
LEÃO: Conhecer bem o sistema de franchising e suas peculiaridades é uma dica que se mantém. Em segundo lugar, a experiência na operação do negócio que se quer franquiar é muito importante antes de transferir este conhecimento. Em outras palavras, significa dizer que é mais recomendável franquear negócios com algum nível de maturidade, aguardando um pouco quando o negócio ainda está em fase de desenho. Por fim, há uma mudança de mentalidade fundamental: eu deixo de ser um empresário corrente e passo a ser um franqueador, cujo papel é diferente e foca, principalmente, a transmissão de conhecimento e o acompanhamento de indicadores macro dos franqueados.
SERVIÇO:
ABF FRANCHISING EXPO
DE 24 a 27 de JULHO
EXPO CENTER NORTE
SÃO PAULO - SP
Para falar do tema, o Falando de Varejo reinicia sua série de entrevistas, convidando o Diretor de Treinamento, Cursos e Eventos da entidade, Juarez Leão, para uma conversa sobre o evento e o mercado.
FDV: Qual a expectativa para a edição deste ano da Expo? Quais as novidades dessa edição?
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| Juarez Leão, da ABF |
No campo da capacitação, temos duas novidades: o Congresso de Expansão de Redes, que ocorre um dia antes da feira, e os Cursos ABF, que ocorrem ao longo do evento. A primeira iniciativa tem o objetivo de potencializar a participação dos expositores na ABF Franchising Expo, mas traz também importantes dicas de marketing, atração e seleção de novos franqueados. A segunda iniciativa é voltado ao empreendedor iniciante que escolheu o franchising para abrir seu próprio negócio. Serão aulas rápidas e práticas com o conceitos principais do franchising e as dicas para selecionar a marca mais compatível com cada perfil de investidor. No campo dos expositores, temos 78 estreando na feira entre redes, nacionais e internacionais, fornecedores e consultorias. Destaque para marcas famosas, mas recentes, como a hamburgueria Fry’s, Los Paleteros, Espetto Carioca e Suplicy Café. Notamos também a forte presença de franquias de serviços de vários segmentos de esmalterias, para sombrancelhas, automóveis, odontologia e escolas de idiomas. O segmento de alimentação continua forte, com várias marcas conhecidas, incluindo o retorno da Dunkin Donuts.
Por fim, vamos ter o lançamento de um projeto inédito de capacitação online com o Sebrae, cujos detalhes serão divulgados durante a feira.
FDV: E como anda o mercado de franquias no Brasil?
LEÃO: O mercado de franquias cresceu de forma consistente nos últimos 10 anos. Nos últimos 18 meses, já vem sendo mais impacto pelo atual cenário econômico. No entanto, ainda mantemos um desempenho superior ao varejo e a economia de forma geral. Por exemplo, no primeiro trimestre de 2015, nosso mercado cresceu nominalmente 9,2%. Este resultado é um forte indicativo da resiliência de nosso setor. Pela natureza em rede e de constante capacitação técnica e motivacional do franchising, conseguimos enfrentar melhor o atual cenário. Em um trimestre que costuma ser mais difícil, ao menos recuperamos a inflação e com alguma sobra.
FDV: Quais os tipos de negócio que podem ter um melhor mercado nesse ano? Quais poderão enfrentar alguma dificuldade?
LEÃO: Os segmentos do franchising que mais cresceram no primeiro trimestre de 2015 foram: Alimentação e “Esporte, Saúde, Beleza e Lazer”, ambos com uma expansão do faturamento da ordem de 14%; e Comunicação, Informática e Eletrônicos, com 11%. Em número de unidades, os segmentos que mais cresceram foram Acessórios Pessoais e Calçados (14%) e Comunicação, Informática e Eletrônicos (13%).
Em um momento menos favorável, segmentos mais tradicionais como Alimentação e Esporte, Saúde, Beleza e Lazer tendem a se fortalecer, pois refletem mudanças comportamentais da sociedade mais consolidadas, como as relativas ao bem-estar e a facilidades cotidianas. Já o segmento de Comunicação, Informática e Eletrônicos reflete a crescente digitalização da sociedade, gerando oportunidades na venda de produtos, consultoria, assistência técnica e outros serviços.
FDV: Muitas pessoas que estão saindo do mercado tradicional, tem como desejo abrir seu próprio negócio, principalmente através de alguma franquia existente no mercado. Qual o seu conselho para esses futuros franqueados?
LEÃO: As dicas para se escolher uma marca são: primeiro, que entenda e concorde com o sistema de franquias. Segundo, escolher uma franquia de um segmento com o qual se identifique. Ou seja, não escolher apenas pela moda, mas sim algo de interesse. Se gosto de culinária, a área de alimentação pode ser uma boa opção. Se a educação é meu interesse, quem sabe uma franquia de idiomas ou treinamentos. E assim, por diante. Terceiro, avaliar e desenvolver bem o plano de negócios que abrange: produto/serviço, preço, potencial de mercado, ponto comercial, fluxo financeiro, etc. E, por fim, possuir o capital necessário não apenas para o investimento inicial, mas para financiar a operação da franquia. Verificar se a rede de franquia é associada a ABF e possui o Selo de Excelência no franchising é outra dica importante. Por fim, e uma de nossas principais recomendações, é conversar com alguns franqueados da rede em que se quer ingressar. Esse é um dos principais balizadores de qualquer decisão.
FDV: Para aqueles que já possuem um negócio próprio, e buscam expandir sua rede através do formato de franquias, qual seu conselho?
LEÃO: Conhecer bem o sistema de franchising e suas peculiaridades é uma dica que se mantém. Em segundo lugar, a experiência na operação do negócio que se quer franquiar é muito importante antes de transferir este conhecimento. Em outras palavras, significa dizer que é mais recomendável franquear negócios com algum nível de maturidade, aguardando um pouco quando o negócio ainda está em fase de desenho. Por fim, há uma mudança de mentalidade fundamental: eu deixo de ser um empresário corrente e passo a ser um franqueador, cujo papel é diferente e foca, principalmente, a transmissão de conhecimento e o acompanhamento de indicadores macro dos franqueados.
SERVIÇO:
ABF FRANCHISING EXPO
DE 24 a 27 de JULHO
EXPO CENTER NORTE
SÃO PAULO - SP
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Entrevista: Edmour Saiani - NRF 2010.
No começo do mês, aconteceu em Nova Iorque a 99a. edição da NRF, evento de grande destaque no varejo mundial, onde são anualmente discutidas e apontadas as tendências e expectativas para o mercado. Para falar sobre o assunto o Falando de Varejo convidou o consultor Edmour Saiani, da Ponto de Referência que esteve por lá e agora nos conta as principais novidades.
Saiani: Sim, e muito. Ainda estão com um misto de medo e humildade. Mais incerteza do que medo nesse ano. Mas ainda estão humildes. Os caras fizeram muita coisa. Tendências e pendências. Voltaram a focar o consumidor, ou pelo menos a falar mais nisso e em atendimento como fonte de manter o Cliente. E os bem sucedidos se vangloriam de ter uma coisa que todo mundo deveria ter, mas não tem: uma cultura empresarial que dê prazer às pessoas que trabalham na empresa. Claro, sustentabilidade e redes sociais ainda estão nas tendências.
FV: Quais foram os tipos de varejo que mais sentiram os efeitos da crise por lá? Tanto o varejo de foco mais popular, quanto o varejo de luxo foram afetados? Houve algum tipo de migração de consumidores, ou efeito que possa ser citado?
Saiani: Claro que o de luxo sentiu mais. Principalmente porque o mercado aspiracional de luxo teve o seu tapete puxado e ganhou consciência, ao mesmo tempo em que perdeu o poder de consumir coisas de menor necessidade. Todo mundo ficou no que precisava. O que eles desejavam continuou como sonho. O varejo popular nadou de braçada e cresceu mais do que a média. Afinal, downtrading no mundo inteiro causa isso. Quem comprava na Abercrombie foi para a American Eagle. Quem comprava na American Eagle teve que descer pra Uniqlo. E quem comprava na Uniqlo mergulhou na Target.
FV: E o que pode ser observado ou que de fato ocorreu no comportamento de compra do consumidor americano? Como a crise afetou sua maneira de consumir e comprar?
Saiani: Muito mais conservadorismo, análise crítica na hora da compra e tentar comprar o mesmo que comprava antes, ou menos, por muito menos.
FV: Em termos de novas tecnologias no ponto de venda, o que virá pela frente? Quais as tendências?
Saiani: Mais do que tecnologia no ponto de venda, onde o RFID ainda é uma tendência, o que causou interesse de todos foram as redes sociais. O Cliente sabe mais das marcas do que elas dos Clientes. As redes sociais vão permitir que as marcas conheçam melhor os seus Clientes. Elas são a coqueluche da tecnologia. Meu Deus, coqueluche é muito velho.
FV: No Brasil a principal preocupação de varejistas e de alguns setores da indústria está nas grandes fusões que estão sendo realizadas e nas especulações de novas fusões que vem sendo divulgadas pelo mercado. Os maiores grupos varejistas vêm anunciando investimentos e expansões recordes para este ano dentro do mercado brasileiro. Lá fora, a tendência observada é a mesma, ou existe uma maior precaução nesse sentido?
Saiani: O Brasil está atrasado nisso. Lá as fusões já aconteceram há anos. Os mercados são muito mais concentrados. O Brasil só está reproduzindo o que lá já acontece.
FV: Por último, pode ser observado que há uma série de eventos ocorrendo nos próximos dias, por diversas entidades, sobre o que foi observado na NRF 2010, inclusive alguns onde você participará como palestrante. Poderia nos falar mais sobre esses eventos?
Saiani: A gente não organiza nenhum evento. Mas participa de muitos. Da Azov no Rio, dia 27, e em Sampa, dia 28, que são os melhores porque juntam a opinião de consultores nota mil, organizado pelo meu amigo Luiz Antonio Secco. Do CDL de Porto Alegre no Almoço do Varejo, amanhã, dia 26. E na ABF, sexta, dia 29, de manhã. Ah, tem dia 9 na Associação Comercial em Sampa. Abaixo, alguns eventos, que também podem ser vistos em nosso site: www.pdr.com.br
Agenda de eventos:
Almoço do Varejo - CDL
26/01 - Em Porto Alegre, no Centro de Evento do Hotel Plaza São Rafael, das 12h às 14h.
Mais informações e inscrições: www.cdlpoa.com.br
Seminários de Varejo Internacional - Azov
27/01 - No Rio de Janeiro, Hotel Sofitel, das 9h às 13h.
28/01 - Em São Paulo, no Espaço APAS, das 9h às 13h.
Mais informações e inscrições: www.azov.com.br
Encontro Pós NRF - ABF
29/01 - Em São Paulo, na Vila Olímpia, das 9h às 12:30h
Mais informações e inscrições: http://www.pontodereferencia.com.br/email/NRF2010/seminario29.jpg
Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
www.falandodevarejo.com.br
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Entrevista: Thaís Frota - Acessibilidade no varejo
Ola a todos. O tema Acessibilidade ainda gera grande discussões dentro do mundo do varejo. Visto por uns como uma questão de respeito e por outros como uma questão de obrigação, o Falando de Varejo convidou a arquiteta Thaís Frota, autora do blog Arquitetura Acessível para um bate-papo.
Segundo,a arquiteta: "Se o lugar não está pronto para receber TODAS as pessoas, então o lugar é deficiente".
Veja abaixo a entrevista realizada com a arquiteta
Falando de Varejo (FV) : Durante muito tempo, quando se tratava de cegos, cadeirantes, entre outros, a sociedade tratou este tipo de cliente utilizando a terminologia "Deficiente físico". Atualmente vêm sendo empregada a palavra "Portador de necessidades especiais (PNE)". Qual o correto tratamento com este tipo de cliente? De que forma ele gosta de ser tratado, ou seja, como este deve ser abordado no ponto-de-venda?
Thaís Frota: O termo "portador" não está mais sendo adotado pela ABNT e pela ONU. Ninguém "porta" uma deficiência, e sim "tem" uma deficiência. Portanto é correto falar "pessoa com deficiência". O termo "pessoa com deficiência" engloba todo tipo de deficiência.
FV: Da mesma maneira, na hora do atendimento, como este tipo de cliente não gosta de ser tratado?
Thaís Frota: Aja sempre com naturalidade! O deficiente quer ser visto como qualquer outra pessoa. Os vendedores devem agir sempre com naturalidade.
FV: Quando pensamos em adaptações para este cliente, pensamos rapidamente em rampas de acesso ou banheiros adaptados, adaptações tradicionalmente obrigatórias para aprovação do edifício. Que tipo de adaptações podem ser feitas para criar um ambiente de venda mais propício para este cliente? Em sua opinião, qual a maior dificuldade que um portador de necessidades especiais ainda enfrenta na hora de ir às compras?
Thaís Frota: Depende muito do tipo de compra. Em um supermercado os produtos são dispostos na horizontal. Se fosse na vertical atenderia pessoas de diversas alturas.Em lojas de roupas e shoppings, é muito difícil encontrar um provador de roupas adaptado (1,80m x 1,80m). Também é quase impossível encontrar etiquetas com preços e informações em Braille.Deve sempre ter um intérprete de LIBRAS disponível.
Quanto aos acessos e sanitários, podemos dizer que são os itens em que as pessoas estão se preocupando mais. Essas são as principais adaptações.
FV: Que ações tomadas nos dias de hoje você destacaria como interessante?
Thaís Frota: Qualquer intenção é interessante. Nada é descartado. Se pelo menos UMA pessoa se beneficiou dessas atitudes, a idéia já está valendo. Como as edificações não foram projetadas levando em conta o "desenho universal" (espaços usados por qualquer pessoa), temos muitas ADAPTAÇÕES. E muitas vezes as adaptações acabam excluindo as pessoas. O certo seria se todas as pessoas usassem os mesmos espaços, balcões, gôndolas, etc...
FV: Falando um pouco sobre contratação de profissionais, muitos ainda vêem ainda o portador de necessidades especiais apenas como um "funcionário obrigatório" à empresa. Quais são os aspectos positivos que este tipo de contratação gera ao empresário/empreendedor e à empresa ?
Thaís Frota: Muitas vezes as empresas acabam contratando pessoas com deficiência auditiva, para não tem que adaptar a empresa, e poder falar que ali trabalha um deficiênte.O mercado de trabalho para essas pessoas ainda é visto com preconceito. As vagas disponíveis quase sempre são de atendentes de telemarketing ou algo parecido. Já vi um deficiente visual gerente de banco! Mas é quase impossível ver outro. Ainda é muto difícil ver uma pessoa em cadeira de rodas em papel de destaque na empresa.
FV: Para terminar, gostaria que comentasse um pouco sobre seu trabalho, e também que deixe seu contato para quem deseja mais informações.
Thaís Frota: Amo o que faço!Não me vejo fazendo outra coisa, e mesmo sem ter deficiência estou na luta por uma cidade acessível. Mais detalhes sobre meu trabalho está no meu blog, na parte "Atividades Profissionais". http://blog.thaisfrota.com/
Thaís Frota: A arquiteta especializada em acessibilidade se dedica à essa questão desde 2005, quando apresentou o trabalho de conclusão de curso “Parque Sensorial”, indicado ao prêmio Ópera-prima pela FAU/Unisantos.
Desde então já realizou cerca de quatro mil vistorias técnicas e laudos, sempre ligados ao assunto. Como a própria arquiteta costuma dizer: “Todos os dias da minha vida profissional foram dedicados à questão da acessibilidade”.
Sua grande meta é popularizar o assunto - que contribuirá para uma maior conscientização das pessoas em relação à questão da acessibilidade.
Desde então já realizou cerca de quatro mil vistorias técnicas e laudos, sempre ligados ao assunto. Como a própria arquiteta costuma dizer: “Todos os dias da minha vida profissional foram dedicados à questão da acessibilidade”.
Sua grande meta é popularizar o assunto - que contribuirá para uma maior conscientização das pessoas em relação à questão da acessibilidade.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Entrevista: Edmour Saiani - Lançamento do Curso "Gestão Prática de Varejo", da FGV.
No começo desta semana, estive no lançamento do curso "Gestão Prática do Varejo", promovido pela FGV em parceria com as escolas conveniadas com o programa FGV Management.
Fiquei surpreso com a qualidade do curso e do material que será apresentado. Em tres etapas, é um curso abrangente e completo, e muito rápido, perfeito para quem não tem tempo e precisa reciclar não somente suas idéias, mas também seu ponto-de-vista.
O curso será ministrado via satélite pelo prof. Edmour Saiani, o qual já esteve aqui no blog falando sobre atendimento e vendas. O FALANDO DE VAREJO convidou novamente o Saiani para uma conversa sobre esse novo curso, abrindo esse novo programa da FGV.
Falando de Varejo: Conte nos um pouco sobre o curso "Gestão prática de varejo". Para quem ele é direcionado e quanto tempo ele dura?
Edmour Saiani: Ele foi pensado e concebido para quem é dono de varejo ou lida com donos de varejo e quer ou precisa ajudá-los. A duração é deu 4 meses com aulas uma vez por semana, terça à noite, que é um dia menos agitado para o varejista.
O curso é sobre e ajuda a aplicar os conceitos e ferramentas que estamos desenvolvendo e aplicando em Clientes há mais de 15 anos.
Funciona como uma verdadeira revisão para o negócio dos participantes, com a eliminação das pendências e implantação de tendências. Tudo para ajudar quem fizer o curso a transformar seu negócio não só durante o curso, como para vida toda.
FV: O que é possivel aprender nesse curso, e como ele pode mudar meu ponto-de-venda?
FV: O que é possivel aprender nesse curso, e como ele pode mudar meu ponto-de-venda?
Edmour Saiani: Vamos falar de como se faz estratégia em varejo, como se faz para que o Cliente deseje pagar pelos produtos que você vende mais do que ele paga para a concorrência, como ter produtos diferenciados, como ter equipes muito competentes, como melhorar sua liderança e como fazer do seu atendimento um verdadeiro diferencial
FV: É verdade que o curso será apresentado de tres maneiras diferentes: via video, presencial e pela web? Como funciona cada uma dessas etapas?
Edmour Saiani: Isso. As aulas são "presenciais": O professor - este que vos fala - dá a aula para o Brasil todo via satélite, ao vivo. O aluno assiste na sede da FGV da sua cidade. O ativador é o "anjo da guarda" que garante que tudo o que for passado seja aplicado em sala de aula. Ainda há uma etapa "on-line" no site - ponto de destaque do programa preparado pela FGV, com um tutor que vai ajudá-lo a tirar dúvidas o tempo todo. É muito animador e com certeza o que for aprendido vai ser aplicado e vai gerar resultado, reputação e melhorar o relacionamento.
FV: Em quais cidades e locais esses cursos serão ministrados? Para quem se interessar, como fazer a inscrição?
FV: É verdade que o curso será apresentado de tres maneiras diferentes: via video, presencial e pela web? Como funciona cada uma dessas etapas?
Edmour Saiani: Isso. As aulas são "presenciais": O professor - este que vos fala - dá a aula para o Brasil todo via satélite, ao vivo. O aluno assiste na sede da FGV da sua cidade. O ativador é o "anjo da guarda" que garante que tudo o que for passado seja aplicado em sala de aula. Ainda há uma etapa "on-line" no site - ponto de destaque do programa preparado pela FGV, com um tutor que vai ajudá-lo a tirar dúvidas o tempo todo. É muito animador e com certeza o que for aprendido vai ser aplicado e vai gerar resultado, reputação e melhorar o relacionamento.
FV: Em quais cidades e locais esses cursos serão ministrados? Para quem se interessar, como fazer a inscrição?
Edmour Saiani: Nesse semestre SAnto André, Porto Alegre, Florianópolis, Vitória, Campinas, Niterói, São José dos Campos. No semestre que vem todos os conveniados.
Para se inscrever é só contatar o conveniado da FGV da sua cidade.
É isso aí pessoal: Mãos à obra. As inscrições estão abertas. Para se ter uma idéia de como será a aula, veja esta apresentação de abertura:
Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Entrevista: Marcelo Faisal - Varejo e sustentabilidade
Olá a todosUm dos assuntos mais comentados atualmente no varejo é sobre sustentabilidade. Para falar sobre o tema, o FALANDO DE VAREJO, convidou o paisagista e especialista sobre o tema MARCELO FAISAL.
Falando de Varejo (FV): O varejo cada vez mais tem se voltado às questões de sustentabilidade. Boa parte das empresas, vê isso apenas como uma questão de marketing, apenas para criar uma boa imagem no mercado. Como você vê esta questão?
Marcelo Faisal: O desenvolvimento sustentável é uma preocupação muito além do marketing. É a conscientização do trabalho para garantir uma melhora na qualidade de vida da sociedade e do meio ambiente. É uma preocupação com o futuro do planeta, de seus recursos naturais e das gerações que estão por vir.
FV: Como que ações sustentaveis podem, além de contribuir com o meio> ambiente e social, criar lucro ou rentabilidade para um varejista?
Marcelo Faisal: Algumas ações simples podem fazer grande diferença e aumentar a rentabilidade do varejista. A redução do consumo de embalagens em geral, o aumento da eficiência e economia de energia e a utilização de combustíveis renováveis são algumas ações simples que geram um excelente resultado ambiental e econômico. É necessário estabelecer parcerias com fornecedores e orientar os consumidores para o consumo responsável.
FV: Para um lojista de pequeno porte, como uma padaria ou um bazar, quais> ações poderiam ser tomadas para se ter uma loja ecologicamente correta?
Marcelo Faisal: O pensamento ecológico está por todas as partes de uma empresa, desde que os funcionários estejam orientados e envolvidos nessa questão. A simples seleção de lixo, a economia de água, o apagar das luzes são gestos pontuais e fundamentais no processo de sustentabilidade e uso responsável.
FV: Para grandes lojistas, como magazines ou hipermercados, o que está sendo> utilizado com sucesso nos dias de hoje?
Marcelo Faisal: A rede Wal Mart criou o Prêmio do Varejo Sustentável, que promove estudos universitários voltados à sustentabilidade. Estipulou também metas agressivas de redução de geração de resíduos, consumo de sacolas plásticas e construção de lojas mais eficientes, além da criação de programas sociais que beneficiam milhares de pessoas.
Marcelo Faisal: A rede Wal Mart criou o Prêmio do Varejo Sustentável, que promove estudos universitários voltados à sustentabilidade. Estipulou também metas agressivas de redução de geração de resíduos, consumo de sacolas plásticas e construção de lojas mais eficientes, além da criação de programas sociais que beneficiam milhares de pessoas.
Outros grandes grupos tem trabalhos de reciclagem, conscientização da população quanto ao uso consciente de recursos e melhoria da infra estrutura das comunidades de baixa renda.
FV: Fora do contexto do varejo, que ações que voce recomendaria aos leitores> do blog para preservar o meio ambiente e se possível, ainda reduzir o> consumo de recursos naturais dentro de casa?
Marcelo Faisal: Prego o uso responsável de todos os recursos naturais, a separação e reciclagem de lixo e a preocupação contínua no conhecimento da origem dos produtos.
FV: Por último, agradecendo sua colaboração, gostaria que deixasse seu contato para os leitores do blog .
Marcelo Faisal:
Telefone: 11 3021-2665
Telefone: 11 3021-2665
e-mail: [email protected]
Além disso, Faisal está no ar com o programa "Soluções Verdes - construções sustentáveis" na Rádio Eldorado - acesse o podcast pelo link: (http://int.territorioeldorado.limao.com.br/eldorado/audios!getAudios.action?idPrograma=185&editoria=PodCasts)
Um grande abraço e boas vendas
Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Entrevista: Kelly Gomes - Marketing de Baixo Custo
Há alguns dias, tive a oportunidade de participar de uma interessante palestra sobre "Marketing de baixo custo", realizada na sede da ABTD (Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento), em parceria com a Fênix Editora. O Falando de Varejo convidou a palestrante do evento e especialista no assunto, Kelly Gomes, para falar sobre o tema:
Falando de Varejo (FV): Por onde um varejista, utilizando ferramentas de marketing de baixo custo deve começar?
Kelly Gomes: Deve começar fazendo um bom plano de marketing para o produto que se tem em mente, no qual o objetivo de marketing esteja muito claro. Quando se tem isso definido, a escolha das ferramentas de comunicação para a realização de um marketing de baixo custo, fica mais fácil.
FV: Apesar de falarmos de baixo custo, existe marketing "gratuito" ?
Kelly Gomes: Existem ferramentas de comunicação gratuitas ( na internet ), que fazem parte do plano de marketing. Fazer marketing sempre custa alguma coisa independente se é dinheiro ou tempo.
Por exemplo, blog é uma das ferramentas de comunicaçäo gratuitas disponível na web, para quem quiser usar. Mas e o tempo para atualizar? Quanto isso vale?
FV: Pensando grande, mas pretendendo gastar pouco, existe alguma maneira de se incluir radio, tabloide, revistas, jornais e outras midias em uma campanha de baixo custo? Por que possuir uma assessoria de imprensa ou de comunicação é tão importante ? Existe alguma maneira de baratear este custo, muitas vezes, fora das possibilidades das empresas?
Por exemplo, blog é uma das ferramentas de comunicaçäo gratuitas disponível na web, para quem quiser usar. Mas e o tempo para atualizar? Quanto isso vale?
FV: Pensando grande, mas pretendendo gastar pouco, existe alguma maneira de se incluir radio, tabloide, revistas, jornais e outras midias em uma campanha de baixo custo? Por que possuir uma assessoria de imprensa ou de comunicação é tão importante ? Existe alguma maneira de baratear este custo, muitas vezes, fora das possibilidades das empresas?
Kelly Gomes: Em se tratando de mídias tradicionais, para uma campanha de baixo custo, só vejo uma saída: permuta ou parceria.
Quanto a Assessoria de imprensa, é extremamente importante uma empresa ter uma. Já ouviu falar que a galinha que canta é a dona dos ovos? Então, como é que você vai contar para o "mundo interessado" o que sua empresa está fazendo de novo ou de bom se não tiver uma assessoria de imprensa? A assessoria de imprensa não só fortalece a imagem da empresa como ajuda a alavancar vendas.
Para uma empresa que não tem condições de pagar sozinha uma asessoria de imprensa tradicional, pode procurar fazer parte de uma assessoria de imprensa "caldeirão", na qual ela divide o mesmo jornalista com outras empresas, diluindo, assim, o custo.
FV: E-mail marketing (mala direta através de e-mail) funciona? Como usar corretamente essa ferramenta?
Quanto a Assessoria de imprensa, é extremamente importante uma empresa ter uma. Já ouviu falar que a galinha que canta é a dona dos ovos? Então, como é que você vai contar para o "mundo interessado" o que sua empresa está fazendo de novo ou de bom se não tiver uma assessoria de imprensa? A assessoria de imprensa não só fortalece a imagem da empresa como ajuda a alavancar vendas.
Para uma empresa que não tem condições de pagar sozinha uma asessoria de imprensa tradicional, pode procurar fazer parte de uma assessoria de imprensa "caldeirão", na qual ela divide o mesmo jornalista com outras empresas, diluindo, assim, o custo.
FV: E-mail marketing (mala direta através de e-mail) funciona? Como usar corretamente essa ferramenta?
Kelly Gomes: Funciona desde que o mailing seja "opt-in". E para usar corretamente, tem de ter claro quem é o seu público e onde ele está. Não adianta você querer atingir o mercado masculino, entre trinta e quarenta anos e o seu mailing conter, também, o público feminino, adolecentes ou terceira idade. É desperdício de tempo e dinheiro.
FV: Se a criatividade é um dos itens mais importantes na hora de planejar com baixo custo, quais casos voce poderia nos colocar como exemplos interessantes?
FV: Se a criatividade é um dos itens mais importantes na hora de planejar com baixo custo, quais casos voce poderia nos colocar como exemplos interessantes?
Kelly Gomes: O do David Portes ("Banca do David"), o camelô que também virou palestrante. Com uma banquinha de doces ele realizou ações de marketing de empresa grande. Mas uma ação que eu gosto muito é a do sino. Para poder chamar a atenção para sua banca de doces em meio a concorrência que proliferada a sua volta, no centro do Rio de Janeiro, ele comprou um sino. A ação funcionava assim: quando ele avistava um "prospect", pegava o sino e gritava "quando o sino badala você ganha uma bala, quando o sino faz blim blom, você ganha um bombom". Com essa distribuição gratuita de balas e bombons, ele ganhou muitos clientes fiéis.
FV: É fato que hoje a Internet é um meio rápido, prático e barato de divulgação de informações, e por consequência, um excelente veículo para as empresas. Como utilizar as ferramentas que existem à disposição, como marketing viral, redes sociais, blogs, etc?
FV: É fato que hoje a Internet é um meio rápido, prático e barato de divulgação de informações, e por consequência, um excelente veículo para as empresas. Como utilizar as ferramentas que existem à disposição, como marketing viral, redes sociais, blogs, etc?
Kelly Gomes: De novo, volto a falar, tudo depende do seu objetivo de marketing. O que você vai fazer e como vai usar cada ferramenta, depende muito do que você quer. Cada caso é um caso.
FV: Gerar conteúdo tem ajudado muitas empresas a se destacar na Internet, sobretudo através da publicação de blogs ou artigos. Como gerar conteúdo interessante ao consumidor quando a empresa não possui nenhuma informação a ser gerada?
FV: Gerar conteúdo tem ajudado muitas empresas a se destacar na Internet, sobretudo através da publicação de blogs ou artigos. Como gerar conteúdo interessante ao consumidor quando a empresa não possui nenhuma informação a ser gerada?
Kelly Gomes: Criando assuntos. Um tipo de marketing que gera muito asunto para uma empresa é o marketing social.
FV: Para quem montou o site da empresa, e até o momento, nao viu nenhum resultado neste, quais seus conselhos ?
FV: Para quem montou o site da empresa, e até o momento, nao viu nenhum resultado neste, quais seus conselhos ?
Kelly Gomes: Depende do tipo de resultado que ela quer. Se for geração de tráfego eu diria para dinamizar o site. Conteúdo é o que gera tráfego. Ninguém volta para ver a mesma coisa.
FV: Por último, agradecendo à entrevista, deixasse o telefone de contato para quem desejar entrar em contato.
FV: Por último, agradecendo à entrevista, deixasse o telefone de contato para quem desejar entrar em contato.
Kelly Gomes: Para contatos e informações sobre palestras de "marketing de baixo custo", entrar em contato com Rose Faria, pelo telefone 2129.8426.
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Kelly Gomes - É expert em Comunicação e Marketing de Baixo Custo e tem experiência nacional e internacional em ambas as áreas. Com MBA em Comunicação Executiva com ênfase em Marketing pela ESPM, trabalhou para a HSM desenvolvendo trabalhos de Comunicação Integrada para grandes nomes do management mundial como: Peter Drucker, Tom Peters, Philip Kotler, C.K. Prahalad, Alvin Toffler, Anita Rodick, William Ury, entre outros.
Suas experiências profissionais internacionais abrangem desde Argentina, Canadá, Suécia, África do Sul e Moçambique.
Suas experiências profissionais internacionais abrangem desde Argentina, Canadá, Suécia, África do Sul e Moçambique.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Entrevista: Evaldo Costa - Desafios do varejo
Autor de um interessante opinião exposta no artigo "Os desafios do varejo", o FALANDO DE VAREJO hoje convida o Sr. Evaldo Costa, para um bate papo sobre mercado, tendências e atitudes em meio à crise.Falando de Varejo (FV): Em sua opinião, como o varejo está se saindo diante dessa crise?
Evaldo Costa: O varejo é facilmente impactado por fatores externos, alguns previsíveis, como datas comemorativas, eventos especiais, promoções, e outros nem tanto, como de problemas com a produção, crise econômicas, cambiais etc.
Eu diria que alguns segmentos do varejo estão sendo bastante castigados com queda nas vendas, como é o caso dos celulares, televisores, motocicletas, enquanto outros ‘estão muito bem, obrigado’, a exemplo da venda de carros em que a demanda está tão aquecida que os modelos mais baratos (os chamados populares) estão em falta nas concessionárias.
FV: Em seu artigo "Os desafios do varejo" (publicado em www.evaldocosta.com.br), você analisa que a concorrência do lojista hoje não é representada apenas pela loja da esquina. Quais são os concorrentes "ocultos" que os varejistas de hoje têm de enfrentar?
Evaldo Costa: O maior concorrente do lojista é ele próprio. Penso que cada um deve olhar para a sua estrutura e descobrir o que precisa ser melhorado. Defendo o ponto de vista de que os produtos, no que concerne a qualidade, preço e benefícios, estão nivelados. O diferencial fica por conta da qualidade dos serviços e atendimento, ou seja, das pessoas.
Você deve conhecer algum bairro carente do subúrbio ou mesmo uma pequena cidade do interior do Brasil. É muito comum nesses locais, encontrarmos dois ou mais bares (popularmente conhecidos por “pé sujo”) na mesma rua. Em algumas ocasiões um de cada lado da calçada. Não raro um está “bombando” e o outro “entregue as moscas”.
Por que será que isso ocorre? Se você for averiguar, vai descobrir que o preço da cerveja é o mesmo nos dois estabelecimentos; ambos oferecem o produto gelado, todos têm o mesmo salgadinho (normalmente entregue pela dona de casa que os prepara para todo o comércio da redondeza). Então, qual é o problema? Vá até lá e provavelmente descobrirá que na maioria dos casos, o que está lotado, o atendente é “gente boa”, do tipo “o boa praça” que fala e brinca com todos. Já o que está vazio não é tão simpático. Então as pessoas fazem ou não a diferença?
FV: Como conquistar o consumidor de hoje? Somente preço e produtos (mix) fazem à diferença do negócio?
Evaldo Costa: Conquistar o consumidor não é tarefa fácil nos dias atuais. Você pode fazer tudo certo, mas o menor deslize botará tudo a perder. O cliente deseja ser encantado, pagar o menor preço, ter o máximo de qualidade, com a maior rapidez e não quer ser incomodado com problemas pós-compra.
Ter preço competitivo, produto de qualidade a pronta entrega, mix diversificado é o mínimo que a empresa precisa se preocupar. Mas, entender as reais necessidades do cliente, vender benefícios ao invés de desconto, manter follow up regulares e de qualidade, é o mínimo que deve ser feito para conquistá-lo. O cliente gosta de comprar de amigos e não de vendedores.
Daí, se você sabe disso, o que tem feito para conquistar verdadeiros amigos? Você que está lendo, se for um consultor de vendas, pode se perguntar: eu mantenho contato com TODOS os meus clientes na data do seu aniversário, Natal, Ano Novo e também quando há uma promoção na loja? Se for um cliente, inverta a pergunta para: recebo contatos do vendedor onde compro pelo menos na data do meu aniversário, Natal e Ano Novo? Daí é só tirar as suas próprias conclusões.
FV: Quais dicas você daria aos varejistas? Quais são as tendências de mercado para este ano?
Evaldo Costa: Penso que a tendência é o acirramento da concorrência com novas propostas e players no mercado. Eu diria que o varejista deve buscar alguns caminhos:
:: Especializar-se o máximo que puder. Assim irá reduzir o número de competidores;
:: Inove, renove, promova. Mude sistematicamente a apresentação/decoração do estabelecimento.
:: Limpeza, iluminação, aparência e transparência. Mantenha a manutenção em dia. Se a maçaneta ou porta papel do banheiro quebrou, troque-o imediatamente. Se uma lâmpada queimou, troque-a logo. Não deixe os expositores desarrumados ou envelhecidos. Mude sempre a mercadoria de posição e garanta a boa aparência delas. Mantenha cartazes pela loja evidenciando o que o cliente precisa saber. Coloque no caixa, bem visível, telefones de órgãos de defesa do consumidor, governamentais e reguladores. O cliente sabe que quem age com transparência não merece castigo.
:: Eduque e treine a equipe para que ela seja a melhor. Contribua para que os colaboradores sintam-se orgulhosos em trabalhar na empresa e os clientes tenham bons motivos para comprar de você. Treine semanalmente, mensalmente, trimestralmente, semestralmente e anualmente. Faça isso com sistema misto, ou seja, utilizando o know how de sua equipe e o apoio de consultores especializados. Lembre-se que a prática faz a perfeição. Além disso, agindo assim você vai logo descobrir que treinamento espontâneo nunca é caro, caro é deixar o seu vendedor treinar com o cliente.
Evaldo Costa é diretor-presidente do Instituto das Concessionárias do Brasil onde presta consultoria a empresas do varejo, profere palestras sobre vendas, atendimento ao cliente e motivação. Atua como facilitador em treinamentos e é responsável pela realização de missões técnicas ao exterior visando a prática de benchmarking. Site: http://www.evaldocosta.com.br/
terça-feira, 31 de março de 2009
Entrevistas: Arnaldo Rabelo - Marketing Infantil.
Ola a todos.Marketing Infantil:
Como abordar e conquistar o consumidor infantil ?
Para falar sobre esse assunto, o FALANDO DE VAREJO, trouxe um dos maiores especialistas sobre esse assunto no Brasil, o consultor e professor Arnaldo Rabelo.
FALANDO DE VAREJO (FV): Quando se fala em marketing infantil, quais as principais estratégias adotadas pelas empresas e marcas para conquistar esse tipo de consumidor?
Arnaldo Rabelo: Estratégias são direcionamentos de longo prazo que dependem de uma análise da conjuntura, dos concorrentes, dos clientes e da própria empresa para serem definidas. Por isso, devem ser diferentes para cada empresa. Mas a compreensão do processo de compra e do comportamento da criança e da mãe são peças chave para essa definição. As ações de marketing fazem parte da parte tática e operacional, que são muito importantes também.
FV: Essa estratégia varia entre a mensagem de televisão e a ação dentro do ponto-de-venda?
Arnaldo Rabelo: Há diferentes áreas onde as empresas podem definir estratégias de marketing: produto/serviço, preço, distribuição, comunicação/relacionamento/vendas pessoais, atributos físicos, pessoas e processos internos. Cada área demandará estratégias específicas, mas que se relacionam de forma harmônica. O que liga tudo isso de forma coerente e homogênea é a identidade da empresa, especialmente o posicionamento da marca. Todas as ações, que colocam as estratégias em prática, devem expressar a essência da marca. Para definir se as ações de uma empresa darão maior ênfase em publicidade na televisão ou no ponto-de-venda, precisamos analisar principalmente o que tende a proporcionar maior retorno sobre os investimentos, tendo em vista os hábitos de mídia do público. Como o público infantil não é homogêneo, essa análise é feita por segmentos.
FV: Em alguns mercados e situações, a criança atua como decisora da compra, mas em outros, vemos que os pais são os grandes tomadores de decisão. Qual a estratégia para atingir os pais? O que eles buscam em produtos ou marcas?
Arnaldo Rabelo: A partir dos 4 anos de idade a criança começa a participar do processo de compra como influenciadora. Depois dos 8 anos, influencia tanto na decisão de consumo de seus produtos que é considerada praticamente decisora de compra. No entanto, a função de decisor é dividida com a mãe, que sempre deverá ser considerada. Os pais costumam dar autonomia para que os filhos escolham seus produtos, pois isso garante que os usarão. Os pais não querem comprar um produto que os filhos não usarão depois. O que os pais valorizam varia de acordo com a categoria de produtos. Conforto, segurança e durabilidade são alguns deles. O preço normalmente não é o primeiro item considerado e sempre será comparado com os benefícios oferecidos. A imagem que os pais fazem da infância também influencia os atributos subjetivos que são valorizados.
FV: Durante algum tempo, diversos segmentos do varejo tentaram "encaixar" o consumidor infantil com táticas diversas que vão de mini-carrinhos de compra à revisão de exposição e alturas de alguns produtos, tornando-os de fácil acesso à criança. De outro modo, algumas lojas têm perseguido a idéia de criar departamentos de recreação infantil, separando os pais de seus filhos no ponto-de-venda, de modo a ampliar o tempo de compra dos pais, e por consequência, as vendas. Em sua opinião, o que seria mais correto? Isolar ou integrar o consumidor infantil no ponto-de-venda ?
Arnaldo Rabelo: As táticas citadas acima são bastante utilizadas e têm dado bons resultados, falando genericamente. Quanto à área de recreação, devemos considerar que entreter a criança - tirando-a do processo de compra - é recomendável apenas para as que têm menos de 5 anos de idade. A partir daí, o entretenimento continua sendo bem-vindo, mas integrando-o ao processo de compra. Ao invés de pensar em um playground na loja, deve-se pensar em uma loja lúdica, onde a experiência seja marcante e prazerosa para a criança. A experimentação dos produtos também favorece bastante a compra.
FV: Tivemos aqui no blog uma pergunta sobre a relação entre o consumidor infantil e os shopping centers. A abordagem é diferente? Quais as estratégias e conceitos utilizados para se atrair as crianças, principalmente em épocas chave, como Férias, Natal, Páscoa, etc ?
Arnaldo Rabelo: Tanto o shopping center quanto as lojas devem utilizar um calendário promocional, para que utilizem temas de apelo ao seu público. No entanto, o shopping pode utilizar campanhas promocionais, eventos ou espaços de entretenimento como técnicas para atrair o público para o shopping center. Já as lojas procuram atrair o público da área de circulação para dentro do seu espaço. Para isso, utilizam vitrines vistosas, coloridas, bem decoradas e com temas atraentes. Deve-se evitar o excesso de elementos na vitrine. Ao invés de procurar uma ambientação unissex, é melhor ter alguns ambientes para os meninos e outros para as meninas. Agrupar os produtos por personagem também é um recurso poderoso, pois é um ponto de interesse da criança. Os atendentes devem ter habilidade em lidar com as crianças e com as mães. As mulheres costumam avaliar várias opções antes de tomarem a decisão de compra. Ajudá-las a entender as opções disponíveis e as vantagens de cada uma contribuirá para a venda.
FV: Sua empresa costuma a realizar uma pesquisa interessante sobre a influência dos personagens na comunicação com o publico infantil. Em um mundo onde a informação é cada vez maior e mais rápida, como o conceito de personagens tem evoluído? Ainda é possível se adotar as mesmas estratégias do passado, com apenas "bichinhos bonitinhos", ou é necessário buscar outras características para esse consumidor?
Arnaldo Rabelo: Este é um ponto ainda mal trabalhado por muitas empresas. Não basta aos personagens serem conhecidos para que tenham apelo ao seu público. É importante que sejam relevantes também. Para isso, devem expressar valores com os quais o público se identifique. Assim, o personagem precisa ser muito mais do que apenas um desenho. Ele precisa ter “vida”: ter uma personalidade, um ambiente onde vivencia suas histórias, outros personagens para contracenar (cada um com personalidade própria) e características físicas que reforcem sua construção conceitual. O personagem precisa ter uma ligação emocional com seu público. É importante também que haja relacionamento deles com o público, o que normalmente acontece por meio de histórias que entretêm.
FV: Como escolher o licenciamento ou o personagem certo para meu produto ou mercado? O que deve ser levado em consideração?
Arnaldo Rabelo: Todo personagem simboliza determinados conceitos e valores, os quais devem ser compatíveis com o produto e com os valores da marca da empresa. Assim, devemos escolher personagens que tenham apelo ao público específico da empresa e que sejam compatíveis com aquela categoria de produtos. Por exemplo, o Pica-pau é compatível com produtos alimentícios (pois é um item que o personagem valoriza) e tem apelo a meninos e meninas, especialmente entre b5 e 8 anos de idade. Já o filme High School Musical pode ser usado em produtos escolares e acessórios de moda de meninas com mais de 8 anos, mas tem pouco apelo aos meninos, especialmente em idade pequena.
FV: Gostaria muito de agradecer a entrevista, e para quem deseja obter maiores informações sobre sua empresa, e seus trabalhos, qual a forma de contato ?
Arnaldo Rabelo: Eu é que agradeço o espaço que foi aberto a este assunto. Quem quiser entrar em contato pode acessar o meu site http://www.arnaldorabelo.com.br/ ou pelo tel. (11) 9500-9914.
Sobre Arnaldo Rabelo: Consultor e professor de pós-graduação, com MBA em marketing pela Fundação Getúlio Vargas, graduado em desenho industrial (FATEB) e arquitetura (USP). Realizou estágio de visitas técnicas nos Estados Unidos e tem extensões pela USP, FGV e Istituto Europeo di Design. Atuou em cargos executivos de comunicação e marketing em empresas como Klin Produtos Infantis, Contém 1g e Instituto Ayrton Senna, tendo participado do lançamento do personagem Senninha.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Entrevista: Sylvia Demetresco - Vitrinas
Ola a todos. Recebo ocasionalmente algumas perguntas sobre vitrinas e como a melhor forma de trabalhar com estas.
De forma a resolucionar algumas dúvidas dos leitores, o FALANDO DE VAREJO convidou a Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP e especialista em Visual Merchandising Sylvia Demetresco, uma das maiores autoridades sobre o assunto do país.
Falando de Varejo: Ola Sylvia. Primeiramente, uma dúvida comum: O que é correto dizer? Vitrine ou vitrina?
Sylvia Demetresco:
FV: Quais são os principais conceitos utilizados na montagem de uma vitrina eficaz? Resumidamente, o que é importante considerar em iluminação, manequins, comunicação visual, etc?
Sylvia: Eu acredito que o mais importante é sempre atrair o consumidor para o interior da loja e para isso não é só a loja, a marca ou o produto que contam. O posicionamento da marca já se inicia desde a fachada, logotipia, as embalagens, a produção da vitrina, o serviço e o atendimento, e até mesmo nos mínimos detalhes como a sacola ou a etiqueta de preço do produto. Tudo isso é importante.
Os manequins devem estar de acordo com o produto e o posicionamento da marca e hoje se encontram à disposição uma variedade imensa de modelos
A luz é o elemento mais importante e deve ser sempre bem projetada, de acordo com o produto exposto.
Os manequins devem estar de acordo com o produto e o posicionamento da marca e hoje se encontram à disposição uma variedade imensa de modelos
A luz é o elemento mais importante e deve ser sempre bem projetada, de acordo com o produto exposto.
FV: Vitrinas servem somente a varejos de alto padrão? Qual a diferença de conceitos entre uma vitrina de loja popular e de uma loja de alto padrão? Como diferir a informação passada ao consumidor?
Sylvia: Basta mostrar o produto e qualquer consumidor já sabe a diferença entre o luxo e o popular, mas tanto varejos de luxo, quanto varejos populares merecem e precisam de vitrinas bem feitas. Joãozinho Trinta já dizia em sua célebre frase (citando a frase: “Quem gosta de pobreza é intelectual, pobre gosta é de luxo”) o quanto o consumidor popular aprecia o luxo ! Então que seja montada a vitrina! A diferença na montagem se faz pelos materiais, pela iluminação e pelo tema, isto é: tudo mais sofisticado no luxo. No popular o tema será mais simples e compreensivo, os materiais mais simples e a iluminação mais forte e focada.
FV: Vitrinas servem para todo tipo de varejo? Em sua expertise, existe algum tipo de formato no qual a vitrina em si não funciona?
Sylvia: Acredito que a vitrina funciona sempre, pois até o momento não conheci nenhum tipo de varejo a qual uma boa vitrine não funcionasse. Já realizei trabalhos até mesmo expondo instrumentos hospitalares e cadeiras de rodas!
FV: Em sua opinião, quais as tendências para montagem de vitrinas no futuro? Haverá um grande impacto, por conta de novas tecnologias, como telas touch-screen ou monitores de LCD?
Sylvia: Já montamos vitrinas com essas técnicas com meus alunos da Suíça, e estas acabam funcionando tão bem quanto as outras. Há um momento de hiper visualização e depois as pessoas se cansam e buscam outra coisa, e isso vale tanto para consumidores quanto lojistas. No último Natal, realizamos um trabalho com as lojas da Nespresso na Suíça, onde o resultado foi um sucesso, mas agora já voltamos a montar coisas mais simples, sem tecnologias sofisticadas...com os mesmos resultados.
Isso funcionou também para a “5 à Sec”, conhecida rede de lavanderias. Veja que mesmo em um serviço que possa ser considerado simples ou popular, e possível se criar vitrinas e utilizar equipamentos e tecnologias de ponta. Finalmente, deve-se buscar qualquer coisa que seduza o cliente para a montagem das vitrinas, buscando sempre se adequar ao perfil deste.
Isso funcionou também para a “5 à Sec”, conhecida rede de lavanderias. Veja que mesmo em um serviço que possa ser considerado simples ou popular, e possível se criar vitrinas e utilizar equipamentos e tecnologias de ponta. Finalmente, deve-se buscar qualquer coisa que seduza o cliente para a montagem das vitrinas, buscando sempre se adequar ao perfil deste.
Sylvia Demetresco é doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, com pós-doutorado em Semiótica no Instituto Universitário da França, em Paris. Professora de Visual Merchandising do universo do luxo na Ecole Supérieure de Visual Merchandising, em Vevey, na Suíça; professora da Universidade Anhembi Morumbi e do IBModa, em São Paulo; editora da revista internacional INSPIRATION, especializada em visual merchandising, na Suíça; professora na escola do luxo ISTEC, em Paris e, autora de vários livros sobre vitrinas, entre outros: "VITRINAS ENTRE_VISTAS : MERCHANDISING VISUAL" e "VITRINAS:CONSTRUÇÃO DE ENCENAÇÕES", pela editora Senac e "VITRINAS EM DIÁLOGOS URBANOS", pela editora Anhembi. Atualmente, vive em Paris, na França, e mantém o site VITRINA (www.vitrina.com.br).
segunda-feira, 23 de março de 2009
Entrevista: Sylvio Mandel - Presidente da ABEIM
Ola a todosComo o varejo têxtil tem se comportado durante essa crise ? Quais as expectativas do setor para este ano ?
Para responder à essas e outras dúvidas, o Falando de Varejo convidou o Sr. Sylvio Mandel, presidente da ABEIM, para falar a respeito.
Falando de Varejo (FV): Olá e muito prazer Sr.Mandel. Para quem ainda não conhece, fale um pouco sobre a ABEIM.
Sylvio Mandel: A Abeim - Associação Brasileira do Varejo Têxtil, fundada em agosto de 1999, congrega em âmbito nacional o varejo de grande superfície formado pelas grandes redes.
FV: Como o setor vem se comportando diante da crise ? O impacto no setor foi significativo ? Qual a expectativa para este ano ?
Sylvio Mandel: O setor estava preparado para as vendas de fim de ano e não validava a suposta crise, tanto que as vendas de janeiro e fevereiro não foram afetadas (até mesmo por causa das fortes liquidações do período). Já para as novas coleções a expectativa é menor pois de agora em diante é que vão aparecer os novos preços afetados pela crise
mas ainda sim há expectativas de crescimento para 2009.
FV: Quais são os grandes obstáculos do varejo têxtil de hoje enfrenta (tanto do ponto de vista das grandes redes, quanto dos pequenos lojistas) ?
Sylvio Mandel: Os obstáculos são relativos aos custos, em que há acréscimos a cada barreira encontrada. Por exemplo, defendemos a eliminação das Licenças de Importações (LIs) que afetam as grandes redes e as fazem perder tempo para emitir e liberar as LIs e ainda sim sem controle de cotas. Já os pequenos lojistas enfrentam dificuldades nas entregas de mercadorias (e matéria-prima) que se atrasam ao ficarem paradas nos portos.
FV: Qual a relação do varejo têxtil com sua respectiva indústria ? Na opinião da ABEIM, a indústria brasileira está preparada para atender à todas as demandas do setor, oferecendo qualidade e preços atrativos, ou a importação ainda parece uma boa alternativa ?
Sylvio Mandel: Em determinado segmento a importação é uma boa alternativa, principalmente quando diz respeito à malharia, tricô e jaquetas. A indústria brasileira não cobre - e nem tem interesse em cobrir - a demanda de artigos de inverno, em especial jaquetas e blusões, confeccionados em tecidos sintéticos (malharia retilínea, naylon e outras), bastante procurados pelo consumidor de média e baixa renda nos meses mais frios. Isso ocorre pois a indústria brasileira é focada na produção de artigos de verão devido a grande oferta de matéria-prima, como o algodão, e por ser um país tropical.
FV: Nos últimos anos, o crescimento brasileiro tem se dado principalmente à uma melhoria do poder aquisitivo das camadas mais populares da sociedade. O consumidor popular hoje está indo atrás de bens de consumo como celulares, tv a cabo, computadores e internet. É verificado que se em alguns setores de varejo, esse tipo de consumidor só buscava preço como referencial, hoje, podendo comparar e comprar melhor, já busca alternativas em função de qualidade, e em alguns casos, até mesmo marcas específicas. Como o varejo têxtil vem se preparando para a demanda deste novo consumidor ?
Sylvio Mandel: O status de certas coisas mudou um pouco, principalmente em épocas mais difíceis, como a atual, o vestuário é um status que prevalece pois além de ser atualizado, abastecido pela moda e adaptado ao gosto brasileiro, as grandes redes facilitam e parcelam os pagamentos alcançando um número maior de consumidores populares.
FV: Por último, agradecendo a entrevista, gostaria que o sr. deixasse o contato da associação para quem estiver interessado em obter maiores informações.
Sylvio Mandel: O site da Abeim é www.abeim.org.br e o telefone (11) 3641-0369.
Sylvio Mandel, o presidente da Abeim, é economista pós-graduado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e acumula vasta experiência no varejo têxtil, são mais de 48 anos no varejo de grandes empresas de lojas de departamentos e marcas de prestígio, assim como Sears, Mesbla, Calvin Klein, Pernambucanas e Lojas Renner.
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