terça-feira, 1 de setembro de 2009

Importados tomam conta da prateleira no Dia da Criança

As redes de varejo que comercializam brinquedos ampliaram seus estoques e volume de produtos importados, esperando crescimento de até 30% nas vendas deste Dia da Criança em relação ao do ano passado. A PBKids Brinquedos, por exemplo, aproveita para aumentar o número de itens que importa diretamente e que já representa cerca de 10% das suas vendas, com potencial para crescer ainda mais. Outras redes populares, como Armarinhos Fernando e Comercial Semaan, também esperam bom desempenho e chegam a negociar estoques para o Natal.

De acordo com Celso Pilnik, diretor comercial da PBKids, com 47 unidades em todo o Brasil, a expectativa é de que as vendas fiquem 18,5% maiores frente às de 2008. Pilnik acredita que isso será possível pelo desempenho da rede no acumulado do ano, que é de 15% se consideradas a mesmas lojas, e de 20% com a expansão. "Não deixamos de investir o que planejávamos, e estamos tendo o reflexo disso", afirma. Em 2009, a empresa deve faturar R$ 200 milhões. Já foram abertas três lojas e feitas duas reformas, devendo mais três lojas ser inauguradas até o final do ano, com investimentos de mais de R$ 7 milhões.

A PBKids ainda está ampliando importados, de acordo com o diretor - 60% do estoque ainda é de importados (incluindo itens de indústrias nacionais que importam), apesar de algumas indústrias terem decidido estimular a produção nacional no começo do ano. Mas a rede também importa diretamente, área na qual aposta e que já responde por 10% das vendas totais, além de crescer também em torno de 10% por ano. "No início do ano, visito uma das principais feiras de brinquedos do mundo, em Hong Kong: lá vemos os lançamentos e contatamos os fornecedores para, em março, fecharmos as mercadorias que devemos receber durante o ano.

"Em relação à negociação com a indústria, a rede afirma que briga para conseguir boas condições e busca sempre lançamentos desejados pelas crianças. Apesar de algumas indústrias já desejarem fechar negociações para o Natal, preferem esperar o mês de outubro para se organizar para o final do ano.

O setor supermercadista também aproveita a data para trabalhar com mais importados, como o Grupo Pão de Açúcar, que afirma que "este ano, o volume de importação é 27% maior que o do ano passado, graças às negociações entre o grupo e os fornecedores feitas no ano passado". Ainda é esperado um incremento de vendas de até 30% em relação ao mesmo período do ano passado.

Chineses

Na rede Armarinhos Fernando, com 13 lojas e sede na 25 de Março, em São Paulo, o número de brinquedos importados está se mantendo e representa 5% das vendas, dos quais 4% são itens chineses. Mas a rede já negociou produtos com antecedência, em junho, incluindo algumas mercadorias que devem chegar no Natal. "O Dia da Criança este ano deve ser melhor, mas 2008 já foi ótimo, se tivermos um acréscimo de 4% a 5% nas vendas já está bom", diz Ondamar Ferreira, gerente-geral da rede. De acordo com o gerente, a venda de brinquedos é bastante significativa o ano todo, para, mas nesta época, 50% das lojas se voltam para vendas de brinquedos.

Outra rede que está otimista é Comercial Semaan, com 6 lojas em regiões de comércio popular de São Paulo e que se tornou uma das distribuidoras da Hasbro Brinquedos no Brasil, indústria que entrou no País este ano. De acordo com o diretor da rede, Marcelo Mouawad, a parceria deve incrementar os negócios de 10% a 15% e o estoque das lojas está maior. "Compramos mais e conseguimos boas condições, há produtos que não são lançamento e que estão com preços até 40% mais baixos", diz. A expectativa é de que as vendas sejam tão boas quanto as do ano passado, com alta de cerca de 3%.

Grandes redes de varejo apostam em que o Dia da Criança este ano terá vendas até 30% superiores às do ano passado: PBKids Brinquedos e Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, ainda aproveitam para ampliar o número de brinquedos importados. Na PBKids, o volume dos itens que a rede importa diretamente está 10% maior. O GPA vai aumentar em 27% a importação. Já redes populares, como Armarinhos Fernando, negociaram com antecedência com fornecedores e acertaram algumas entregas para o Natal.

Fonte: DCI