quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Vendas dos supermercados crescem 4,12%

Alta ocorreu em agosto, em comparação ao mesmo período do ano anterior; acumulado nos primeiros oito meses do ano alcança 5,30%

As vendas do setor supermercadista em agosto de 2009 cresceram 4,12%, em relação ao mesmo mês de 2008, de acordo com o Índice Nacional de Vendas, divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em comparação a julho de 2009, houve leve alta de 0,80%. No acumulado dos primeiros oito meses de 2009, em comparação com o mesmo período do ano anterior, o resultado chega a 5,30%. Esses índices já foram deflacionados pelo IPCA do IBGE.

Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento de 8,66%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, e alta de 0,95% sobre o mês anterior. No acumulado dos oito primeiros meses, a alta é de 10,78%.

"Nosso faturamento, no acumulado do ano, ainda permanece acima de 5%. Trata-se de um ótimo resultado, que traz boas perspectivas para o final do ano, mesmo que a base de comparação seja alta, já que o segundo semestre de 2008 apresentou bom crescimento de vendas. A expectativa do setor supermercadista é manter esse bom ritmo de vendas", avalia o presidente da Abras, Sussumu Honda.

AbrasMercado

Em agosto, o AbrasMercado, cesta de 35 produtos de largo consumo, analisada pela GfK, apresentou queda de -2,90%, em relação ao mês anterior. Já na comparação com agosto de 2008, o AbrasMercado apresentou alta de 2,25%, passando de R$ 254,51 para R$ 260,24.
Os produtos com as maiores altas foram: tomate, com 19,04%; cebola, com 10,51%; e biscoito maisena, com 4,05%. Já os produtos com as maiores quedas foram: leite longa vida, com -11,01%; carne dianteiro, com -10,49%; e batata, com -10,72%.

"Em agosto, o AbrasMercado apresentou forte queda em relação a julho, após quatro meses seguidos de alta. Certamente, essa queda de -2,90% colabora para a estabilidade no preço dos produtos alimentícios. Dois produtos contribuíram fortemente para esse resultado. O leite longa vida, que tem grande representatividade na cesta básica do brasileiro (acima de 10%), depois de apresentar alta de 22,5% em 2009, caiu 11,01% em agosto. Carne dianteiro, que responde por cerca de 12,5% da cesta básica do brasileiro, também apresentou forte retração de preços, de -10,49%, retornando aos patamares cobrados em agosto de 2008", explica Sussumu Honda.

Índice de Volume

De acordo com o Índice Nacional de Volume, pesquisado pela Nielsen para a Abras, o autosserviço brasileiro apresentou alta de 2,2% nas vendas em volume, no acumulado dos oito primeiros meses de 2009, em comparação ao mesmo período de 2008 (quando o crescimento foi de 0,2%).

Das cestas pesquisadas, a que apresentou maior alta nas vendas foi a de bebidas alcoólicas, com 6%. As cestas de bebidas não alcoólicas, com 5%; perecíveis, com 4,9%; limpeza caseira, com 2,9%; mercearia doce, com 0,9%; e higiene e beleza, com 0,9%, também registraram alta. As cestas mercearia salgada, -0,1%, e outros ,-3,6%, tiveram queda nas vendas em volume.

O formato padrão de supermercados, que tem entre 20 e 49 check-outs, manteve crescimento, com 10,5% de aumento de vendas em volume. O autosserviço com até 4 check-outs, -0,7%, e aqueles que têm acima de 50 check-outs, -5,6%, continuam registrando quedas.

Nas regiões do país, todas as áreas pesquisadas, com exceção de interior e litoral de São Paulo, com queda de -1,5%, e Centro-Oeste (Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal), com -0,8%, registraram aumento no volume vendido. O maior crescimento aconteceu na Grande Rio de Janeiro, com 6,2%.

Os produtos que apresentaram as maiores altas de vendas foram bebida energética, 71%, molho de tomate refogado, 11,9%, e leite em pó, com 11,8%. As maiores quedas aconteceram nos seguintes produtos: uísque, -9,4%, inseticida, -8,8%, e farinha de trigo e alimentos para cães -7,7%.

Redes e associações de negócios

Em 2008, as Redes e Associações de Negócios apresentaram crescimento nominal de 12,1%, sobre 2007, com faturamento bruto de R$ 19,84 bilhões - o que representa cerca de 12,5% de todo o setor no Brasil. O faturamento real, já deflacionado pelo IPCA do IBGE, aumentou 5,97%.

Os dados são da 9ª Pesquisa sobre Redes e Associações de Negócios Abras, realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), em parceria com a LatinPanel, que traça o perfil do segmento e indica tendências para o futuro dos pequenos supermercados.

A pesquisa também registrou crescimento de 2,9% no número de lojas das redes, passando de 3,4 mil estabelecimentos, em 2007, para 3,5 mil lojas, em 2008. As três primeiras colocadas no ranking de redes são a Super Rede, do Ceará (faturamento de R$ 981,9 milhões), Central de Compras, do Espírito Santo (R$ 815,5 milhões) e a Unisuper, do Rio Grande do Sul (R$ 602 milhões).