O presidente da Sincofarma, Maurício Cavalcante Filiziola, diz que o caso é polêmico. Ele acredita que a venda de medicamentos deve ter a orientação de um profissional da área. “Neste sentido, a resolução da Anvisa é boa“, afirmou. Filizola diz que a decisão da Anvisa em proibir a venda de produtos de conveniência ultrapassa os limites da entidade. “Com a comercialização livre, sem exageros é claro, dá até para qualificar o atendimento aos clientes“, explicou. A Sincofarma responde por mais de 1.100 filiados no Ceará. Porém, o presidente do sindicato defende a ideia de que os medicamentos devam estar fora do alcance dos clientes. “Os remédios devem ficar atrás do balcão. As farmácias devem ser coerentes e focar no seu negócio principal, que é a venda de artigos farmacêuticos.”
O advogado da Sincofarma, Fábio Timbó, discorda de Filizola. Ele afirma que a entidade é a favor de uma regulamentação do setor, mas é contra a resolução da Anvisa no tocante às vendas dos medicamentos fora do balcão. “O órgão não tem poder de proibir ninguém de comercializar produto qualquer. Esta competência é do Legislativo“, disse. Timbó fala ainda que o papel da Anvisa é o de fiscalização e que o departamento jurídico do órgão não quis levar o assunto para o Poder Legislativo. Para o advogado, as farmácias se adiantaram perante a Anvisa. “Fizemos o contrário do que a agência reguladora fez. Fomos ao legislativo do Ceará e entramos com uma ação para regulamentar as vendas de produtos de conveniência“, relatou e disse que, “apesar da decisão, a ordem é evitar excessos como a venda de cigarros“.
A Anvisa através de sua assessoria de imprensa, em Brasília, divulgou que deve recorrer da decisão na Justiça.
Fonte: O Povo - CE