sábado, 27 de março de 2010

Comércio paulista registra aumento de 5,7% no nível de emprego formal

Copa do Mundo e eleições devem alavancar a economia interna impulsionando a criação de novos postos de trabalho ao longo de 2010, destaca Fecomercio

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), demonstrou que o nível de emprego formal no setor de varejo do Estado de São Paulo continua em trajetória ascendente. O saldo de contratações registrou incremento de três mil novas vagas no setor, um impulso de 5,7% em fevereiro de 2010 em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 876.235 trabalhadores com carteira assinada.

Segundo Flávio Leite, assessor econômico da Federação do Comercio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), o aumento no nível de emprego formal está ligado à elevação da confiança do consumidor paulista. “O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fecomercio, indica que os consumidores estão mais otimistas, o que favorece o desempenho das vendas no varejo e, consequentemente, a contratação de novos funcionários”, explica.

Segundo Leite, os dados do nível de emprego, em fevereiro, indicam que as empresas continuam otimistas quanto ao comportamento de seus negócios em 2010. Um cenário reforçado pelos indicadores socioeconômicos, como a facilidade de obter crédito, o alongamento dos prazos de financiamento e o aumento da massa salarial. “Além disso, a Copa do Mundo e as eleições devem contribuir para a criação de novas vagas de trabalho em todos os setores da economia, estimulando o mercado interno e o consumo das famílias que continuarão sendo os principais fatores de crescimento do PIB”, destaca.

A taxa de admissão no setor varejista atingiu 4,5% do saldo mensal, totalizando 39 mil contratações. Já a taxa de demissão ficou em 4,1%. Curiosamente, o segmento de Vestuário, Tecidos e Calçados foi o que mais despediu e o que mais contratou funcionários em fevereiro, demonstrando a alta rotatividade deste ramo.

Salários

O salário médio nominal do comércio varejista, em fevereiro, foi de R$ 1.366,00. As lojas de departamento pagaram os maiores salários, em média, cada funcionário ganhou R$ 2.356,00. Lojas de Eletrodomésticos e Eletroeletrônicos, Concessionárias de Veículos e Autopeças e Acessórios, pagaram R$ 1.865,00, R$ 1.735,00 e R$ 1.440,00, respectivamente. A menor média salarial foi registrada no setor de Supermercado (alimentos e bebidas), R$ 1.158,00.