segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Vendas do varejo crescem 7,9% em setembro

De acordo com o IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas), último trimestre será de otimismo para o comércio brasileiro
O mês de setembro fechou com aumento de 7,9% nas vendas, em comparação ao mesmo período de 2009, segundo a pesquisa realizada pelo IAV-IDV (Índice Antecedente de Vendas) com os 35 maiores varejistas do país, associados ao Instituto. Esta taxa supera ligeiramente a última previsão, no qual foi projetado um crescimento de 7,4%.

O IAV-IDV aponta para um último trimestre otimista. Em outubro, a expectativa é que se atinja uma taxa de crescimento de 7,7% em relação a igual mês do ano anterior. Em novembro, este número sobre para 7,9%, e volta aos 7,7% para o último mês de 2010. De acordo com o Índice, a média de vendas do comércio neste ano será de 7,1%, a maior da série histórica, pois as taxas registradas em 2008 e 2009 foram 3,9% e 3,6% respectivamente.

Os setores do varejo ligados a bens duráveis, como material de construção, móveis, eletrodomésticos e informática, despontam com as maiores taxas de crescimento, sempre superiores a 10%. Setores de bens semi-duráveis, como vestuário e livraria, apresentam vendas dentro da média, enquanto os setores de bens não-duráveis (alimentação fora do lar, super e hipermercados e farmácias) apresentam as menores taxas, inferiores à média do varejo.

Os resultados explicam-se em função da conjuntura econômica atual, que encontra-se bastante favorável e sem perspectiva de súbitas alterações no curto prazo. Em agosto, a taxa de juros ao consumidor final foi de 39,9%, a menor média mensal registrada pelo Banco Central, e a taxa de desemprego medida pelo IBGE foi de 6,7%. Além dessas razões, a confiança do consumidor também apresentou índice recorde, a maior já verificada pela Fundação Getúlio Vargas desde setembro de 2005.

As condições dos determinantes de consumo explicam o crescimento generalizado ocorrido nos segmentos do varejo. O destaque dos setores de bens duráveis demonstra uma alteração no padrão de crescimento verificado no ano passado, quando setores de bens não-duráveis comandaram a expansão das vendas, impulsionadas pela expansão do mercado de trabalho, mesmo com a desconfiança do consumidor e dos juros em alta. Com a melhora das condições de crédito e com o consumidor mais confiante, o setor de bens duráveis (mais dependentes de financiamento) acabou beneficiando-se, na comparação com um ano fraco de vendas.