sexta-feira, 6 de maio de 2011

Di Gaspi expandirá na periferia para crescer

Na contramão de marcas como Centauro e Decathlon, redes que atuam no segmento de roupas e acessórios esportivos com maior enfoque para o público A e B, a concorrente Di Gaspi segue para a periferia, ao abrir a primeira megastore (grande loja) de mil metros quadrados no Grajaú, em São Paulo, local onde a marca começou sua atuação. Apenas na zona sul, a rede já possui 17 pontos de venda. Agora, a marca irá brigar pelos clientes das classes C e D, com redes como Lojão do Brás e Eskala, pois, além de artigos esportivos, a marca oferece roupas, acessórios e sapatos femininos e masculinos para todas as idades.

Segundo o diretor de Marketing da Di Gaspi, Tibério Graco, o foco da empresa é aumentar o tamanho das lojas e investir em nichos que ainda tinha pouca presença. "Hoje atendemos a família toda e com a expansão de lojas devemos aumentar a diversificação dos produtos", explica. Ele complementa que este ano a marca deve abrir mais três lojas no interior de São Paulo e dobrar o tamanho de duas das 37 lojas que a rede possui, com capital próprio. "Queremos transformar duas de nossas lojas em megastore ainda em 2011. Além disso, estamos buscando oportunidades no interior de São Paulo, em regiões próximas ao Vale do Paraíba e Guaratinguetá", enfatiza o executivo.

Sem falar em números de investimentos, o diretor de Marketing da Di Gaspi, afirma que este ano ainda a empresa deve começar a vender seus produtos pela internet. "Devido à ascensão da classe emergente até do final de deste ano devemos inaugurar o nosso site de comércio eletrônico [e-commerce] para atender os pedidos de nossos clientes", afirma. A ideia surgiu recentemente, após o lançamento do site. "Quando começamos a fazer mídia passamos a ter mais de mil acessos diários ao site. Muitos clientes querem comprar pelo site, só que ele não vende ainda; mas em função desses grandes acessos que estão ocorrendo a empresa já começa a se preparar para o lançamento do comércio eletrônico", disse Graco ao DCI.

Ainda para aumentar seus lucros, a rede não descarta a possibilidade de criar marcas próprias para o segmento de roupas e acessórios. "Já fizemos alguns lançamentos pontuais com peças que levavam o nome da rede e deu certo. Porém, desta vez queremos criar coleções e aumentar a possibilidade de nossos clientes comprar ainda mais, mas com um preço menos e dando como qualidade uma peça que tem como garantia o nome da empresa", explica o executivo.

Formas de pagamento

Para manter um o tíquete médio de R$ 80, após o aumento da inflação, a rede possui um cartão próprio em parceria com a financeira Credisystem. Segundo o porta-voz, este cartão oferece ao cliente a possibilidade de parcelar suas compras em até 10 vezes com juros menores do que cobrado no mercado cerca de 6,9%.

"Hoje qualquer cartão de crédito está cobrando taxas que variam entre 7,2% que vão até 14% para quem parcela. Porém nossos clientes que optarem em efetuar compras com o nosso cartão, irão pagar bem menos. Além disso, eles têm a opção de parcelamento até 5 vezes sem juros."

Segundo Graco, a partir desses benefícios, a marca focada no público C e D almeja chegar no final do ano com 100 mil cartões, o dobro do que a varejista tem atualmente. "Devemos conseguir isso quando tivermos terminado as expansões e as inaugurações que temos este ano, pois isso deve atrair novos clientes para nossas lojas", diz.

Quando questionado sobre a possibilidade de uma parceria com um banco, ele afirma que ainda não é momento. "Hoje temos condições melhores para os nossos clientes que oferecem juros mais abaixo do mercado. Por isso, devemos manter tudo como está", comenta.

Reformulação
A empresa familiar também passa por reestruturações. Nesta nova fase da empresa, o intuito é inovar em alguns setores da empresa. Um exemplo, é que há um ano e meio foi criado uma diretoria de Marketing para que a marca pudesse ganhar valor de mercado por meio de propaganda.

A partir disso foi feita a reformulação da logomarca e novas u novas ações de marketing que resultaram em grandes parcerias para divulgação e fortalecimento da marca através da mídia, em programas de destaque como o da Eliana, no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), programas esportivos direcionados ao público da All Sport's, anúncios veiculados em jornais e revistas de grande circulação.

"Os maiores anunciantes do Brasil são os varejistas e eles fazem parcerias com os seus fornecedores para grandes anúncios, e nós começamos a fazer isso, posso dizer que quebramos alguns paradigmas internamente e também com fornecedores, e que estamos indo muito bem", ressalta o diretor de Marketing da Di Gaspi.
Além disso, se prepara também para mudar para uma sede própria, localizada nas proximidades da Avenida Luís Carlos Berrini, na capital paulista. Antes a sede ficava no Grajaú.

Para isso, a empresa deve chegar no do ano com 2 mil funcionários, cerca de 67% a mais do que a empresa tem hoje.

História

Em 1989, a rede afirma ter iniciado a sua história, por meio da abertura de uma pequena loja localizada na capital de São Paulo, justamente na região da zona sul. Hoje, a Di Gaspi é considerada como uma rede com lojas localizadas nas principais cidades de São Paulo -- na capital e interior.

A origem vem de uma empresa familiar, que tem como o título da empresa o sobrenome da família Gaspi. Sua fundação teve como objetivo a de criar um novo conceito no varejo, através de uma relação custo-benefício entre preço, produto e atendimento de qualidade ao cliente.

Em 1998, a família resolveu ampliar o ramo de atividade da empresa, criando a sua primeira loja voltada exclusivamente para o segmento esportivo: a All Sport´s Di Gaspi, que trabalha com grandes marcas esportivas.

Após o crescimento, a rede já possui cerca de 100 fornecedores que e efetua compras semanais.


Fonte: DCI