Olá a todos.
Como todos sabem, nesse final de semana será comemorado o Dia dos Pais, uma das datas mais importantes para o varejo como um todo, sendo para alguns setores, uma data mais importante até mesmo do que o Natal, por sua especificidade.
Na correria do varejo e do varejista em criar ofertas atrativas e interessantes ao consumidor, disputando centavo a centavo quem oferecer a melhor opção, interessante ver como alguns varejistas focam suas ações em determinados produtos.
Conversando com um colega, responsável pela área de marketing de um grande varejista de material de construção, discutíamos como esse tipo de varejo nesse período do ano se foca quase que exclusivamente à venda de ferramentas. Dispostas logo à entrada da loja, recepcionando o cliente, é possível encontrar ofertas de todos os tipos e tamanhos. Das caixas e kits mais simples, para reparos rápidos, até mesmo as caixas e ferramentas mais completas e complexas, optando por uma linha mais profissional, ou seja, não faltam opções para o consumidor em busca de um belo presente.
Diante desse cenário, chegamos à uma reflexão: Será que existe realmente uma procura maior por esse tipo de produto no Dia dos Pais, ou será que existe uma venda maior desse tipo de produto por conta de um maior volume de ofertas, preços mais atrativos e trabalhos de merchandising realmente eficazes?
Se o varejo trabalha com algumas sazonalidades, como as liquidações no começo do ano, produtos e serviços focando férias ou até mesmo datas mais específicas como festas juninas e páscoa, porque haveria uma necessidade maior de comprar meias ou cuecas , ferramentas, cintos, nessa época do ano?
Mais do que a reflexão, ainda ficamos perplexos com algumas situações de “verdades absolutas” do varejo sobre o assunto (para quem acompanha o blog, vale a pena ler o artigo escrito há algumas semanas). Pensando no varejo de material de construção, será que realmente todo pai deseja ganhar novas ferramentas?
À exemplo do que o próprio setor de material de construção já aprendeu, o assunto “faça você mesmo” ou bricolagem pouco foi aceito pelo brasileiro. Mesmo em comunidades mais pobres (ou seja, quando o dinheiro é mais curto), há a preferencia em contratar um profissional especializado do que fazer por conta própria. Nos grandes centros, com a vida cada vez mais agitada, dificilmente se encontra tempo para resolver pessoalmente assuntos como reparos ou manutenções.
Se os pais de hoje evoluíram e até mesmo quebraram paradigmas, porque não oferecer também kits e jogos de equipamentos de culinária, a maioria deles hoje já presente dentro do mix dos home-centers?
Para todo varejista, vale sempre a pena pensar mais no assunto e sobre como inovar nas próximas promoções. Grandes sacadas trazem grandes resultados.
Saia do lugar comum.
Um grande abraço e boas vendas.
(e aproveitando, um excelente Dia dos Pais)
Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
@falandodevarejo
