sexta-feira, 19 de abril de 2013

Ibevar: Pesquisa sobre hábitos de consumo para aquisição de produtos de higiene pessoal e cosméticos

Maioria prefere farmácias e supermercados

O Brasil é o terceiro maior país no mercado mundial de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Enquanto o crescimento mundial das 10 primeiras empresas do setor em 2010 foi de 9,8%, o Brasil cresceu 18,9%, apresentando um faturamento líquido de 29,4 bilhões em 2011 - desempenho superior ao PIB-BR no mesmo período. Atualmente, são cerca de 2.329 empresas neste mercado; 20 delas de grande porte com faturamento líquido acima dos R$100 milhões, representando 73% do faturamento total do segmento. As maiores estão concentradas na região Sudeste do país (1445), seguida pelas regiões Sul (448), Nordeste (229), Centro-Oeste (162) e Norte (45). (ABIHPEC, 2013).


O Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo – IBEVAR - que estuda, analisa e aponta tendências do varejo, sob a perspectiva de hábitos de consumo, realizou a primeira pesquisa que busca identificar, por classe social, onde o consumidor prefere comprar e com que freqüência adquire produtos de higiene e cosméticos. Batizada de A preferência e a frequência de uso de canais de varejo por classe social para aquisição de produtos de higiene pessoal e cosméticos, a pesquisa também aponta os atributos desses canais para conquista dos clientes e quais são os preferidos – supermercados / farmácias / venda direta/ lojas de shoppings/ lojas de bairro / internet.

Os dados foram levantados junto a 95 consumidores do município de São Paulo, entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, escolhidos aleatoriamente em empresas de venda direta. Destes 31% são da Classe B; 28% da classe A; 21% da classe C; 11% da classe D e 9% da classe E.

Hábitos por Classes – Freqüência x Preferência

A amostra aponta que os respondentes da Classe A compram esse tipo de produto com maior frequência versus preferência em farmácias 31% - 30%; supermercado 24% - 21%, seguida de perto por lojas de shopping 23% - 27%; venda direta (natura/avon/etc) 16% - 14%; e 6% - 3% em lojas de bairro. Os canais de internet tiveram 0% de freqüência, contra 5% de preferência.

Algumas mudanças ocorrem em 31% da mostra pertencente à Classe B. Enquanto na primeira mostra internet teve 0% de preferência x 5% de freqüência, nesta, os números passam a 7% - 15% , percentual significativo. Similar é quanto à escolha dos dois principais canais de compra, as Farmácias com 32% - 29% e os supermercados com 27% - 21%; a venda direta praticamente empata no item preferência com as farmácias ficando em 26% - 28%; as lojas de shopping fecham em 8% e 7%. Aqui, lojas de bairro tiveram 0% nos dois itens.

Na Classe C o item Freqüência não muda tanto como Preferência. O principal canal continua sendo as Farmácias com 37% - 34%; mas acontece um empate entre supermercados e vendas diretas, nessa classe. 17% da C compra com freqüência em ambos canais. Mas, se o item é preferência, o desempate é claro: 28% preferem venda direta, contra 14% de supermercados. Nos demais canais os percentuais ficam assim distribuídos: Internet 11% - 7%; Lojas de Bairro 9% - 9%; Lojas de Shopping 8% - 8%.

Os resultados da Classe D apontam para os três principais canais de maior freqüência para compra de produtos de higiene e cosméticos. Farmácia perde a hegemonia e cede lugar aos supermercados, seguidos por venda direta com os percentuais de 37%, 21% e 19% respectivamente. 17% compram em loja de bairro; 3% compram em loja de shopping e outros 3% em internet. As farmácias perdem ainda mais posição na Classe D quando o item Preferência é analisado. Ou seja, com empate de 27% estão os canais supermercados e vendas diretas; seguido de perto por loja de bairros com 24%; 12% de farmácia; 7% de Internet e 3% lojas de bairro.

44% dos respondentes da Classe E usa com freqüência o canal supermercado; seguida por farmácia com 30% e 18% venda direta, com empate de 4% para os canais internet e loja de bairro. Loja de shopping recebeu 0% de freqüência e preferência. Muda um pouco o quadro no item preferência. Os supermercados ganham o primeiro lugar com 39% contra 31% das farmácias. Internet, lojas de bairro e venda direta receberam os seguintes índices, respectivamente, 13%; 9% e 8%.

Diferentemente da Classe E, que apontou como atributos escolhidos para a escolha desses canais, ao Custo e Praticidade, as demais Classes concordaram igualmente com os atributos Conveniência e Praticidade.

“Os consumidores demonstram hábitos similares na aquisição de produtos de higiene pessoal e cosméticos quanto ao canal de vendas, as farmácias e supermercados, tanto quanto à freqüência, como à preferência. Esse quadro muda um pouco nas classes D e E, com mais contraste na E, onde os supermercados tomam a frente. Aqui, custo e praticidade são os atributos que levam a freqüentar e preferir este canal de venda. Para as demais classes quem oferecer conveniência e praticidade conquistará este público. Os profissionais do Varejo, ao conhecer os hábitos do consumidor, bem como o que determina suas escolhas para aquisição de produtos de higiene e cosméticos, sem dúvida aumentarão suas vendas, seguindo a onda do crescimento desse setor, que está em curva ascendente há dez anos”, comenta o prof. Dr. Claudio Felisoni de Angelo, presidente do IBEVAR. Mais detalhes da pesquisa no portal www.ibevar.org.br

Tabela 1 – Estratificação da classe social segundo o critério do IBGE


Classe
Salários Mínimos
Renda Familiar
A
acima de 20 s.m
acima de R$ 12.440
B
entre 10 e 20 s.m
entre R$6.200 a R$12.440
C
entre 4 e 10 s.m
entre R$2.488 a R$6.220
D
entre 2 e 4 s.m
entre R$1.244 até R$ 2.488
E
até 2 s.m
até R$1.244