quinta-feira, 25 de março de 2010

Grupo Silvio Santos sairá às compras de redes menores

O Grupo Silvio Santos acaba de assumir posição de comprador no mercado de varejo, ao sinalizar interesse em realizar aquisições e tornar-se uma rede de abrangência nacional no futuro e ampliar seus negócios no varejo ao investir na rede Lojas do Baú Crediário. O objetivo é comprar concorrentes de porte médio e pequeno, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste, a partir do ano que vem, depois da consolidação da compra da rede de móveis e eletrodomésticos Dudony, com 99 lojas no Paraná e 11 no interior de São Paulo, no ano passado. A meta é também é ganhar espaço primeiro no interior de São Paulo para conquistar um dos mercados mais disputados do País.

O grupo chegou a pensar na contratação do banco de investimentos Merrill Lynch para buscar negócios maiores no mercado, como parcerias e fusões, depois de perder o Ponto Frio para o Grupo Pão de Açúcar - pelo qual chegou a fazer ofertas -, e ainda surpreender-se com a fusão com a Casas Bahia. Segundo Luiz Sebastião Sandoval, porém, presidente do Grupo Silvio Santos, voltaram atrás. "Esta segunda-feira (22) tivermos uma reunião com a presença de Silvio Santos e decidimos que vamos primeiro consolidar a compra que fizemos, um processo de rearranjo que deve acabar em setembro ou outubro, para então, no ano que vem, traçarmos um novo plano de expansão", disse ele, ao DCI.

Hoje, a rede Baú conta com 130 unidades no Paraná, onde é uma das líderes no varejo de "eletromóveis", além de prever investir R$ 30 milhões em expansão este ano. Segundo o diretor de Varejo da rede, Décio Pedro Thomé, até o fim de 2010 a rede contará com 180 lojas, sendo que abriu sua primeira unidade no Estado de São Paulo, na cidade de Jaú, no começo do ano. "Por enquanto nosso foco é o sul e o sudeste e no nosso projeto de ampliação acreditamos que há espaço para pelo menos 225 lojas nessas regiões", afirmou, no lançamento do cartão telefônico do Baú da Felicidade, mercado em que o grupo também está entrando e aliando ao seu braço varejista. A meta é vir a ser uma rede nacional: "Nossa intenção é chegar a todo o Brasil, e a área tende a ser cada vez mais importante dentro do Grupo", confirma Sandoval.

Formato

O diretor explica que hoje a marca é conhecida não só pelo carnê do Baú da Felicidade, mas como uma rede varejista que tem condições de competir no mercado com outras redes já estabelecidas. O foco são as classes C e D e a abertura de lojas de rua, mas não destacam um novo formato para entrar no mercado de shopping centers.

Hoje, contam ainda com um centro de distribuição (CD) em Maringá, no Paraná, estado onde são mais fortes, e um outro CD em São Paulo, que afirma terem capacidade para suportar sua expansão.

"Em São Paulo também vamos ganhar maior participação, queremos crescer com o nosso modelo de atendimento e ainda temos ao nosso favor a figura carismática do Silvio Santos", acredita o executivo, que está há cerca de três anos do grupo e auxiliou na reformulação da atuação da companhia no varejo.

"O Grupo existe há 50 anos e o Baú nunca tinha vendido uma geladeira, o que aconteceu só há dois anos. Em menos de um ano a rede deu um salto com a aquisição feita", completa. O presidente do conglomerado também confirma que o interesse é chegar a São Paulo primeiro pelo Paraná e pelo interior do estado.

As lojas adquiridas da Dudony foram todas convertidas para a bandeira Baú, e muitas delas tiveram de ser reabertas, já que os pontos é que foram comprados e muitas unidades estavam fechadas. Cerca de 15 unidades ainda terão de mudar-se para um ponto melhore.

No conceito mesmas-lojas, a rede vem crescendo em média 25%: em janeiro, as vendas foram 38% superiores às de janeiro do ano passado, e este ano toda a rede também deve crescer cerca de 20% e faturar R$ 500 milhões. Já o Grupo Silvio Santos, que hoje conta com 34 empresas em diversos segmentos, registrou receita de R$ 4,6 bilhões em 2009 e pretende crescer 20% este ano.

De acordo com o presidente do Grupo Silvio Santos, os setores que serão foco de investimentos e que mais têm crescido dentro da empresa são a área de cosméticos, com a Jequiti Cosméticos, cujo faturamento deve dobrar este ano, chegando a R$ 400 milhões; a área financeira, com o Banco PanAmericano, seguros e cartão de crédito, e o varejo, com a Lojas do Baú. O Grupo está também retomando os negócios em sua área imobiliária, com a Sisan Empreendimentos Imobiliários.

O Grupo Silvio Santos está na ponta de compra no setor varejista. A corporação tem interesse em aquisições de concorrentes da Lojas do Baú Crediário que sejam de pequeno e médio porte, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste. A partir do próximo ano os negócios deverão ser fechados, depois da integração com a compra da rede de móveis e eletrodomésticos Dudony, com 99 lojas no Paraná e 11 no interior de São Paulo.

O grupo chegou a pensar em contratar bancos de investimentos para buscar negócios maiores no mercado, como parcerias e fusões, depois de perder a disputa do Ponto Frio - quando fez oferta pela aquisição - para o Pão de Açúcar. Depois, surpreendeu-se com a fusão de Pão de Açúcar e Casas Bahia. Segundo Luiz Sebastião Sandoval, presidente do grupo, a ideia é brigar por mais espaço. "Esta semana tivermos reunião com Silvio Santos e decidimos traçar novo plano de expansão", disse.

Hoje, a rede Baú conta com 130 unidades no Paraná, onde é uma das líderes no varejo de "eletromóveis". Prevê investir R$ 30 milhões em expansão este ano, com meta de chegar, segundo o diretor de Varejo da rede, Décio Pedro Thomé, a 180 lojas. "Por enquanto nosso foco é o sul e o sudeste brasileiro, e o projeto é que há espaço para pelo menos 225 lojas nessas regiões", afirmou.

Fonte: DCI