quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Sobre classes sociais

Olá à todos!
Sempre escutamos falar que determinada marca ou lojista está buscando se focar em consumidores de classe B ou C. Será que esta é a abordagem correta que deve ser feita?
Nesse post, gostaria de discutir um pouco o papel da definição das classes sociais dentro do contexto do perfil de consumo do brasileiro.

Apesar do CCEB (Critério de Classificação Econômica Brasil, que define os públicos A, B, C...) buscar uma diferenciação em relação aos bens de consumo, muita gente ainda imagina que essa segmentação se dá única e exclusivamente através da renda. Desse modo, imagina-se que a classe A possui mais bens e riquezas do que a classe C, por exemplo. Entretanto, existem algumas curiosidades a respeito do consumo brasileiro. A primeira delas está na questão do foco das marcas e produtos em relação à classe social.

Na teoria, os melhores produtos seriam destinados às classes maiores, ao passo de que os produtos mais simples, de menores valores ou atributos, seriam voltados às classes menores, como C, D e E, correto? Errado. No Brasil, um dos grandes fenômenos que existem é o de consumidores de classe C, que buscam marcas e produtos voltados para classes mais altas, assim como o fato de que consumidores de classes mais altas se sentem confortáveis em adquirir produtos mais simples, por vezes mais baratos.

Quer um exemplo? Provavelmente você conhece alguém que ganha menos que você, e provavelmente possui um celular, televisor, e por vezes até um carro melhor ou mais caro do que o seu. Trata-se de um gênio da economia ou um comprador impulsivo?

Outro exemplo: Vamos por exemplo pegar duas famílias de classe C. Uma família tradicional, do tipo mãe, pai, dois filhos, avó e cachorro, morando em uma casa de periferia alugada e uma outra família, formada por um jovem casal de recém formados que acabam de adquirir seu primeiro imóvel.

Tomando como exemplo essas duas distintas famílias, apesar de compartilharem da mesma renda e talvez até possuírem bens similares, os desejos e anseios de consumo dessas famílias podem ser comparados? Têm varejista e até mesmo profissional de marketing que ainda não se orientaram corretamente sobre para quem realmente está vendendo, o que pode significar em um erro terrível de estratégia.

E você?
Qual seu target?

Um grande abraço e boas vendas!

Caio Camargo
FALANDO DE VAREJO
http://www.falandodevarejo.com.br/