sexta-feira, 24 de maio de 2013

O Impacto do Franchising para a Economia Mundial

por Claudia Bittencourt


Claudia Bittencourt
Nunca o franchising foi tão relevante no desenvolvimento das economias de todos os Países como nos últimos cinco anos.

A evolução dessa forma de expandir os negócios vem contribuindo significativamente com o desenvolvimento das empresas em todos os continentes, com a internacionalização dos negócios, e a ocupação do mercado interno - criando barreiras para novos competidores -, além de aumentar, e muito, a eficácia e sucesso dos empreendedores iniciantes.

Com a crise que se instalou nos mercados europeu e americano, muitas empresas tiveram dificuldade de competir com os players que se sustentaram na crise- e que se tornaram mais competitivos ainda –, uma vez que o momento exigiu excelência no atendimento, na qualidade dos produtos e no marketing. As empresas já capitalizadas conseguiram se manter e superar as que não tiveram tempo, ou não se estruturaram para momentos difíceis.

O franchising neste particular tem sido um dos fatores alavancadores de resultados e de sucesso de muitos negócios em todo o mundo, uma vez que, para estar presente em vários mercados com operação própria exigem-se investimentos elevados. Muitas empresas não se prepararam ou optaram por não fazer todo esse investimento e buscaram no sistema de franquias a opção mais rápida, mais segura e com investimentos menores para expandir seus negócios em mercados até então não explorados.

Na realidade, o franchising vem contribuindo para que os empresários de países onde a crise foi mais forte possam atuar em outros mercados, amenizando os impactos negativos da recessão sobre seus negócios.
Entrar em um país desconhecido é um risco e, para minimizá-lo, a melhor solução é entrar via um máster franqueado - um empresário ou profissional do país de destino com capacidade financeira e operacional para cumprir um plano de expansão previamente estudado.

Outro impacto interessante que o franchising vem causando nas economias, em especial no Brasil, é a organização de alguns setores ou atividades que até então não estavam dentro de um grupo com atuação formal. O resultado é a estruturação de atividades muitas vezes realizadas por profissionais autônomos, sem nenhum critério, metodologia ou organização. Devido a isso, estamos vendo novas subcategorias de setores surgindo com atuação no sistema de franquias, desde serviços de limpeza de piscina, cuidados com jardins, serviços domésticos, cuidados com idosos, reforço escolar, etc. No Brasil, essa tendência vem crescendo via as microfranquias, nas quais empresários estão organizando novos negócios para expansão estruturada no modelo de franquias e oferecendo oportunidades para empreendedores iniciantes e com capital reduzido, total apoio e menor risco de perderem seu capital, como mostram as estatísticas de mortalidades de negócios no Brasil.

E para a economia, estes negócios começam a contribuir com o aumento da arrecadação de impostos, o que significa mais recursos para o Governo, mais melhorias para a população, mais renda e consumo, resultando em um ciclo virtuoso.

O franchising permite aos empresários ditarem as regras antes, capacitarem seus parceiros, fazerem test drive, enfim, tudo que for necessário para não colocar a marca em risco. Neste particular, a escolha do franqueado ou do master franqueado é o ponto crítico. Essa seleção exige cuidados na análise de todos os aspectos e características necessárias para operar com sucesso o negócio de franquia.

Hoje já se aplicam ferramentas sofisticadas para análise de perfil de franqueados, o que garante uma margem de erro menor no processo de seleção e definição do parceiro ideal.

Engana-se o empresário que seleciona o franqueado apenas pelo capital que ele tem. Essa condição é básica, basta exigir a comprovação do capital, porém, existem fatores que são intangíveis como caráter e conduta, e que podem levar o negócio a total insucesso ou a um litígio futuro, ou ainda, a um desgaste na marca muito grande. A percepção dessas características dificilmente acontece num primeiro contato ou entrevista, exige que se apliquem ferramentas de análise de perfil – da mais simples até a mais sofisticada – que possam dar indícios de comportamentos inadequados.

Enfim, a expansão de negócios com franquias é uma forma já consolidada, testada e os empresários que buscam essa alternativa não podem pensar de forma simplista. A gestão de uma rede de franquias é complexa, mas, se bem estruturada – utilizando o conceito de relação ganha/ganha, a tecnologia, as ferramentas e recursos humanos adequados –, é um fator impulsionador de resultados e de perpetuidade dos negócios.

Portanto, bem-vindo ao franchising!

Claudia Bittencourt é Diretora Geral do Grupo BITTENCOURT