quinta-feira, 7 de novembro de 2019

Varejo de moda vê com otimismo a abertura de mercado

O varejo de moda nacional representado pela Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), que reúne mais de 100 grandes marcas com atuação em todo País, vê com bons olhos o plano do governo de promover a abertura de mercado e a redução das alíquotas de imposto de importação para vestuário e calçados - de 35% para 12% e de 35% para 15%, respectivamente, até 2022, beneficiando o consumidor, especialmente as roupas de inverno.

Para o diretor executivo da ABVTEX, Edmundo Lima, é bastante positiva a ação do governo de alinhar as alíquotas com as médias internacionais, uma vez que no Brasil os segmentos de vestuário e calçados têm as mais altas tarifas de importação - 35% - o teto permitido pela Organização Mundial do Comércio (OMC). “Este realinhamento da tarifa para o patamar da média global praticada pelo segmento atualmente, definitivamente contribui para facilitar o acesso à população em geral, de artigos de primeira necessidade como roupas e calçados”, ressalta.



O governo entende que para o desenvolvimento econômico é fundamental que o Brasil passe por esta atualização. Para Lima, o mercado de artigos de moda é muito fechado e traz dificuldade para o Brasil em se manter competitivo, por vezes encontramos sucateamento e atraso nas capacidades industriais. Ao ampliar o volume de importação, se amplia também a exportação e o País se insere no mercado internacional de maneira mais ativa. Serão incentivos à inovação, aumento de produtividade e competitividade do setor têxtil, de confecção e calçados.

A ABVTEX afirma que as importações ajudam a promover uma oferta de produtos diversificada para atração dos consumidores, com matérias-primas e acabamentos diferenciados; impulsionam o desenvolvimento da indústria brasileira e atendem ao varejo em categorias de produtos em que não há vocação de produção no País, como jaquetas de fibras sintéticas e outros artigos de inverno. “A redução de tarifas e a simplificação dos processos ligados ao comércio internacional reduzirá a complexidade para se fazer negócio, reduzirá os altos custos envolvidos e promoverá aumento de competitividade na indústria nacional”, aponta Lima.

De acordo com a ABVTEX, a participação dos produtos importados no varejo de vestuário corresponde a apenas 15% do mix comercializado pelo varejo brasileiro. Já no varejo de calçados é ainda menor, chegando somente a 3% dos produtos oferecidos nas lojas.

Sobre a ABVTEX

Fundada em 1999, a ABVTEX (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) reúne as mais representativas redes de varejo nacionais e internacionais que comercializam vestuário, calçados, acessórios de moda e artigos de cama, mesa e banho.