Mostrando postagens com marcador Artigos de colaboradores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Artigos de colaboradores. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Em cinco anos, quem não se digitalizar, vai deixar de existir

Foi-se o tempo em que as empresas podiam simplesmente se manter fora do universo digital. Em "O futuro é mais rápido do que você pensa", Peter Diamandis e Steven Kotler abordam a importância da convergência tecnológica e como ela está transformando a economia, as empresas e consequentemente as nossas vidas. Segundo as previsões dos autores, nos próximos dez anos, nós vamos presenciar mais inovações do que as que pudemos ver no último século, graças à crescente interligação entre tecnologia e serviços.

A pandemia acelerou o processo de digitalização e, para se ter ideia, no Brasil, as vendas online passaram a representar 21,2% do faturamento do comércio varejista em 2021, ante os 9,2% de antes da crise sanitária, segundo dados da Sondagem do Comércio, feita pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Diamandis e Kotler acreditam que, em cinco anos, a empresa que não partir para o universo digital tende a deixar de existir. Em outras palavras, é possível afirmar que, em pouco tempo, a digitalização será uma questão de sobrevivência.

Isso acontece porque, cada vez mais, as decisões precisam ser tomadas com base no maior número de dados possível e não dá para fazer isso sem se digitalizar. A experiência de compra e principalmente a segurança e a comodidade de consumir produtos ou contratar serviços sem sair de casa vêm determinando como as coisas devem funcionar daqui para a frente. Além de conforto e segurança, a transformação digital promove redução de custos e facilita o controle da gestão. E é impossível melhorar os processos atuando com base em planilhas de Excel.

O fato é que a transformação digital é um caminho sem volta. Considerando que a tecnologia está cada vez mais presente no nosso dia a dia, transporte, varejo, educação, saúde, alimentação, setor imobiliário e entretenimento, por exemplo, são algumas das áreas que já estão se adaptando e devem continuar evoluindo nos próximos anos. A grande vantagem da digitalização é a eliminação de intermediários e isso significa benefícios para o consumidor, que passa a ter total controle sobre suas decisões de compra. Já para as empresas, entregar rapidamente e com qualidade é indispensável na conquista de novos clientes.

Encontrar e implementar soluções inteligentes com o objetivo de melhorar a experiência do consumidor final, portanto, são o caminho para as empresas que querem continuar no mercado. Quem não se adaptar a isso, vai ficar para trás. O futuro chegou mais rapidamente graças à Covid-19 e não há como retroceder. A mudança é progressiva e, por aqui, ainda temos um longo caminho a percorrer. No entanto, quem quer se consolidar precisa começar a planejar desde já para que, em alguns anos, o digital seja uma realidade sólida.



Artigo escrito por Antonio Wrobleski - Engenheiro com MBA na NYU (New York University), presidente do Conselho de Administração da Pathfind, conselheiro na BBM Logística e e sócio da Awro Logística e Participações.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

O que já aprendemos com a pandemia e o que ainda vamos tirar de proveitoso dela no universo empreendedor?

Depois do impacto dos primeiros dias de pandemia e da incerteza sobre como conduzir a vida de maneira geral, tivemos que nos adaptar rapidamente ao cotidiano em home office. Para muitos líderes e empreendedores, essa foi a primeira vez que se tornou necessário conduzir equipes à distância e, com isso, houve a necessidade de repensar o planejamento das companhias, independente da área de atuação ou do tamanho de cada uma.


Dados da consultoria BTA apontam que em dezembro de 2020, o home office era a rotina padrão de 43% das empresas no Brasil. Um estudo feito pela FGV, por sua vez, aponta que o teletrabalho é um modelo que deve crescer 30% após a crise sanitária. Esses dois números mostram que o desafio de gerenciar equipes à distância deve continuar existindo de alguma maneira e que as lideranças vão precisar encontrar formas de se manter engajadas para criar e sustentar um ambiente de colaboração e acolhimento, seja para uma convivência totalmente digital ou para uma rotina híbrida.

Praticamente no segundo ano de operações no sistema home based, ainda existem diversas incertezas, mas também já foi possível aprender uma série de novos comportamentos e condutas. Durante esse período, a importância da integridade física e mental dos nossos pares ganhou uma nova dimensão. Se já era um fator importante no passado, agora se tornou ainda mais relevante tanto pelas relações em si quanto pela continuidade dos negócios. Aprendemos, enquanto empreendedores e gestores, que proteger o colaborador significa garantir que ele esteja bem para desempenhar suas atividades. No final das contas, entendemos que as pessoas são o centro de tudo e que as estratégias de negócios precisam ser desenvolvidas a partir delas.

Também ficou evidente o quanto a comunicação e a colaboração são fundamentais para o bom desenvolvimento das nossas atividades diárias e para a evolução das nossas empresas. Nunca estivemos tão conectados e isso exige um esforço de comunicação, de diversificação de canais e de variação de conteúdo muito maior para que todos estejam engajados o tempo todo.

Outro aspecto interessante: aprendemos a dar mais autonomia às nossas equipes! As reuniões tornaram-se mais pontuais e breves, o trabalho ficou mais ágil e o desempenho das tarefas mais eficiente. Cada um conseguiu esquematizar a própria organização de maneira que os resultados fossem entregues de maneira muito objetiva. Isso não significa, no entanto, que não há supervisão ou monitoramento das ações. Só houve a necessidade de adquirir novos costumes e até de aderir a novas ferramentas de gestão para acompanhar o desenvolvimento dos projetos.

É claro que nem tudo foi um mar de rosas. Afinal, precisamos nos adaptar a diversas mudanças ao mesmo tempo, “sem deixar a peteca cair”. É natural que equívocos tenham ocorrido - e ainda aconteçam - durante esse processo de mudança, que haja desconforto e que alguns de nós tenha sofrido um pouco mais com a nova rotina. São anos trabalhando presencialmente, com toda a equipe ao redor e, em um estalar de dedos, todos nos vimos diante de uma nova realidade, na qual casa, família e trabalho estavam inseridos em um mesmo contexto e, ao mesmo tempo, precisavam, de alguma forma, caminhar de maneira independente para não comprometer a entrega de resultados.

Todos nós desejamos que a pandemia chegue ao fim o quanto antes. Boa parte das pessoas estão cansadas e alguns podem imaginar que não há mais nada a aprender com toda essa crise que estamos vivendo há quase dois anos. Porém, arrisco dizer que ainda podemos tirar proveito e algumas lições desse período em que precisamos praticar o isolamento social e que vimos nossos negócios navegar por águas mais turvas.

Para conseguir extrair ensinamentos positivos de tudo isso, recomendo que nós façamos o exercício de encarar cada desafio sob duas óticas: na primeira delas, reagir como faríamos em todas as situações que se apresentam nas nossas rotinas de trabalho; na segunda, respirar fundo e tentar encontrar soluções criativas para a questão, se necessário, contando com a ajuda de todo o seu time. Vale, inclusive, promover um grande brainstorm. Garanto que muitos aprendizados surgirão dessa maneira! Quer apostar?

Artigo escrito por Haroldo Matsumoto,  especialista em gestão de negócios e sócio-diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria multidisciplinar com atuação entre empresas de diversos portes e setores da economia.

terça-feira, 6 de julho de 2021

A experiência do cliente como aliada na conversão

Em um cenário de distanciamento social, que fez com que as empresas acelerassem a digitalização na comunicação com clientes, consumidores e parceiros de negócio, houve também mudanças importantes no universo online no que tange sistemas de pagamento nacional e internacionalmente, que vem melhorando ainda mais a experiência do cliente.

Essas novas aberturas, junto ao crescente investimento corporativo em bots para atendimento omnichannel, têm mudado a maneira de consumir no Brasil. Afinal, o cliente de hoje quer cada vez mais praticidade e rápida resolução em todos os canais em que prefira ou escolha consumir produtos ou serviços - seja em ambiente físico ou online - por meio de chats, telefone, redes sociais e outros. E seja pela alta na demanda de atendimento 24x7, pela evolução dos assistentes virtuais com tecnologia de machine learning ou devido à melhor percepção corporativa sobre a alternativa de melhor custo-benefício para o conversational commerce, as empresas estão entendendo e buscando liberar seu capital humano para um trabalho mais consultivo, analítico e de auditoria, garantindo eficiência estratégica onde a supervisão humana é realmente indispensável.

Os robôs, portanto, são a ferramenta ideal para um backoffice eficiente, tornando-se um investimento atraente e perfeito para empresas de todos os tipos ampliarem e melhorarem o contato com seus clientes. Como consequência, o mercado global de chatbots tem crescido anualmente, com perspectivas positivas para o futuro, saindo de uma movimentação de US$ 2,6 bilhões, em 2019, para US$ 9,4 bilhões, em 2024, com taxa de avanço anual de 29,7%, de acordo com a consultoria de pesquisas indiana MarketsandMarkets.

E para quem deseja amplitude, o WhatsApp Pay e o PIX, por exemplo, permitem um maior número de operações integradas e instantâneas. O movimento afere uma experiência sem barreiras ao consumidor. Quanto mais perto estiver o objeto do desejo do usuário, mais facilmente as operações vão se concretizar e mais negócios serão feitos por meio de bots. O mercado precisa entender que seu papel é facilitar a vida do usuário, afinal, eles só existem para servi-los. Ao contrário - tudo o que se constrói sob a ótica da burocracia dos negócios não parece ser o melhor caminho.

Para quem nasceu com DNA digital e de inteligência artificial, só enxergamos sucesso capturando o que a tecnologia permite como fundamento para o crescimento. A cada semana, temos uma nova feature e podemos combinar diferentes necessidades das empresas, compartilhando conhecimentos e aprendizados com robôs de vendas e de atendimentos e trocando informações até a finalização da aquisição (pagamento), por exemplo. Ainda que sutil e superável, comemoramos o fim da quebra da experiência de compra. Agora, caso o cliente final decida que quer fechar negócio, a possibilidade do Pay mantém o usuário em um mesmo ambiente. Derrubam-se as barreiras e vamos direto ao ponto, podendo abordar, trocar e escolher produtos e serviços com bots e, por fim, finalizar o pagamento.

Vale lembrar que o ecossistema de fintechs no Brasil está se movimentando de forma intensa e vemos muitos negócios já equipados para oferecer novos serviços, em movimentação para facilitar cada vez mais a experiência do usuário. O Pix e o WhatsApp Pay largam na frente pela facilidade de oferecerem para usuários e empresas a conclusão do negócio.

Qualquer que seja o objetivo do bot, ao "converter em um clique" as empresas deixam de perder pessoas na jornada do cliente e aumentam a conversão. Pulam-se menos muros para chegar ao destino mais facilmente.

Artigo escrito por Julio Zaguini, CEO Brasil da Botmaker, 

segunda-feira, 5 de julho de 2021

5 iniciativas que as pequenas empresas devem adotar desde já para sair mais fortes da pandemia

A Covid vem tendo um grande impacto sobre as pequenas empresas em todo o mundo, forçando algumas a se reinventar e até mesmo a fechar as portas permanentemente. Por outro lado, também impulsionou o crescimento de outras, graças ao avanço de uma digitalização forçada pela crise sanitária.


No PayPal, acompanhamos de perto os desafios de merchants de todos os tamanhos, mas, principalmente, os menores, que têm demonstrado uma enorme resiliência. E sabemos o quanto será importante estar preparado para a pós-pandemia - para recuperar vendas e conquistar novos mercados.

A seguir, elenquei cinco iniciativas que pequenos e pequenas empreendedores e empreendedoras devem adotar desde já para sair mais fortes da crise - à medida que a rápida mudança para o digital continua a todo o vapor.

Veja se você já está fazendo algumas delas. E invista em todas.

Garanta uma experiência omnicanal contínua (front-end e back-end).

Por causa da Covid, a penetração do comércio eletrônico no Brasil atingiu um recorde histórico em 2020, atingindo cerca de 9% nas vendas do varejo online, aumento de 4 pontos em relação ao ano anterior. Faz sentido, principalmente se levarmos em conta que, em 2020, mais de 500 mil novos e-commerces foram abertos no Brasil segundo pesquisa que a BigDataCorp. fez sob encomenda do PayPal.

No entanto, muitas pequenas empresas ainda não têm presença online. Além disso, ter experiências omnicanal contínuas pode ajudar as PEs a atenderem às novas expectativas dos consumidores. Isso não significa ter três sistemas distintos para comércio online, móvel e na loja, o que pode impactar confusões de inventário e gerenciamento de pedidos. Ao contrário, significa ter uma experiência conectada, tanto no front-end quanto no back-end.

Por exemplo, no front-end, alguns consumidores desejam adicionar um item ao carrinho de compras online e, em seguida, querem ir à loja física para experimentá-lo. Ou, inversamente, podem querer experimentar um item na loja e escolher o tamanho ou a cor certos - se não estiver disponível na loja - separado em seu carrinho de compras online.

Para permitir isso, as pequenas empresas devem se certificar de que seu back-end integra relatórios, pagamentos, inventário e gerenciamento de pedidos - além de uma integração perfeita com os parceiros terceirizados.

Certifique-se de que sua empresa e clientes estejam protegidos contra fraudes.

O comércio continua a se mover rapidamente para o modo online, assim como os golpistas e fraudadores. De acordo com levantamento da Apura Cybersecurity Intelligence, empresa especializada em segurança digital, houve alta de 394% nas ameaças eletrônicas em 2020, na comparação com 2019.

O phishing foi uma das fraudes mais comuns dentre as detectadas pela Apura (14%). Também tiveram destaque a criação de perfis falsos (28,9%), a manipulação de dados bancários (19,8%) e o vazamento de cartões de créditos (15,1%).

Em um nível básico, é importante fazer coisas como monitorar suas transações e contas de clientes para identificar quaisquer sinais de alerta, como envio inconsistente ou informações de faturamento, por exemplo. Também é importante contar com um parceiro seguro na hora do checkout, de preferência que não compartilhe as informações pessoais e financeiras de seus clientes.

Cinco diferenciais do live commerce para as marcas que abraçam a transformação digital

Interagir com os consumidores em tempo real, demonstrar os produtos em profundidade e muito mais: entenda o passo além que essa plataforma proporciona para as vendas online

As circunstâncias do último ano, com restrições para a abertura de diversos setores do comércio e para a circulação das pessoas, levaram uma grande parcela do público a experimentar e aderir ao e-commerce. Afinal, a necessidade e a vontade de ter eletrônicos, roupas e acessórios novos não deixaram de existir devido à falta de lojas físicas abertas.


A praticidade de comprar e receber seus produtos em casa é realmente um alento nos tempos de pandemia que estamos vivendo. Mas, ao mesmo tempo, é uma experiência solitária para o comprador, a quem só resta confiar em informações técnicas descritas na tela, e incompleta para a marca, que na maioria das vezes não recebe um feedback, seja ele positivo ou negativo, de quem visitou seu site.

Atentas a isso, eu e minha sócia criamos a Mimo Live Sales, uma plataforma de live commerce - ou shopstreaming - em que a tradicional interação das lives é a alavanca para as vendas em tempo real. É bem simples: os consumidores entram na live, assistem à apresentação de produtos, tiram suas dúvidas e, efetuam suas compras na mesma hora.

O principal atrativo, é a possibilidade das marcas escalarem suas vendas e receberem em suas lojas, digitalmente, uma quantidade de potenciais clientes por hora que não seria possível presencialmente - estou falando de algo que varia entre 100, 1000 e 10.000 mil pessoas simultaneamente.

Em um ano de experiência, já coletamos muitos dados com essa dinâmica. E passamos essas informações para nossos clientes, por meio de consultoria e de relatórios com dados coletados na live. Quero listar os cinco diferenciais mais importantes do live commerce que observei em mais de 80 lives que já realizamos. São dicas que podem ser o up que a sua marca está precisando no universo digital neste momento.

1) Interação em tempo real entre consumidores e marca

Pelo chat do live commerce, o consumidor tem a chance de fazer perguntas ao vivo sobre os produtos e, com base nas respostas, tomar sua decisão de compra. Se, para ele, isso elimina o risco de fazer uma compra "furada", para a marca, essa interação significa um feedback imediato sobre seus produtos. Em um live commerce de roupas que realizamos, muitos consumidores pediram para ver o forro das roupas, porque não existiam fotos disso no e-commerce. Resultado: a marca acabou reformulando seu site de vendas depois do nosso evento virtual. O valor de aprendizado daquela experiência foi imensurável. Outro dado interessante é o baixo percentual de trocas, como a compra é muito mais assertiva, tivemos apenas 12 trocas nas mais de 80 lives que fizemos.

2) Demonstração de produtos em profundidade

Durante uma live commerce, é possível demonstrar os produtos com uma profundidade que não existe no e-commerce. Há a possibilidade de exibi-los por ângulos diferentes, mostrar como eles funcionam ou como se encaixam no cotidiano das pessoas. Até uma consultoria de moda tem espaço nesse modelo, com indicações de como usar ou combinar peças da marca. Conseguimos entrar em um layer muito mais profundo e específico à demanda do consumidor.

3) Experiências consumer first

As experiências no live commerce são consumer first, ou seja, dão protagonismo ao consumidor ao levar o que está à venda para o pessoal e explorar a utilização do produto no dia-dia. Por exemplo, um mesmo vestido em tons pastel pode servir para uma cliente ir a um batizado e outra, a uma festa de aniversário. Quem precisa comprar um computador tem informações assertivas de acordo com suas necessidades (como memória para fazer apresentações ou espaço para vídeos). Cada pessoa, por meio de suas perguntas, tem uma experiência única. E o melhor: outras que estiverem assistindo podem aproveitar para elas próprias as respostas e dicas, mesmo sem interagir diretamente.

4) Possibilidade de mobilidade

Um celular é o suficiente para realizar um live commerce. Assim, a marca pode levar o consumidor para "passear" em seu habitat: uma marca de biquínis pode realizar sua demonstração na praia, enquanto outra, de aventura, pode fazer isso em uma trilha. Produtos podem ser enviados para a casa de um influencer. As possibilidades são inúmeras! O importante é construir um conteúdo bem planejado. Se temos uma hora para impressionar enquanto o consumidor compra, vamos fazer o melhor que podemos.

5) Conteúdo aliado às vendas

No live commerce, assim como na comunicação de marca de maneira geral, é importante entreter mais e interromper menos. Para nós, da Mimo, um atributo muito importante é trazer conteúdo, conversa e informação para cada experiência. A pessoa vem pela live e fica pelo shop com uma experiência de Shoptainment (conteúdo + vendas). Estamos dando os primeiros passos do live commerce no Brasil, temos que diminuir a curva de aprendizado do consumidor. E qual maneira melhor para trazer as pessoas do que entretenimento? Hoje trazemos todos esses learnings que temos para as marcas oferecendo um full service para nossos clientes.

Ajudamos a marca a escolher os melhores influencers para a apresentação da live, a definir o melhor horário, a criar o melhor roteiro. Temos um time altamente qualificado de experts em live commerce que acompanham fisicamente cada live e ensinam e treinam as marcas. É praticamente um workshop. A ideia é escalar o conhecimento e democratizar o live commerce.

O live commerce traz muito mais para a marca do que apenas a venda. A marca não só converte na hora como utiliza essa experiência e seus feedbacks imediatos depois, como insumo para seus negócios. Os valores da relação criada entre marca e consumidor e da informação adquirida são muito maiores do que os das vendas em si.

Artigo escrito por Monique Lima, CEO da Mimo Live Sales, plataforma de live commerce.

quinta-feira, 1 de julho de 2021

WhatsApp Pay pode se tornar o maior player de e-commerce, diz especialista

A ferramenta, que acaba de ser lançada oficialmente no Brasil, ainda em fase de testes, é mais uma forma prática de agilizar pagamentos

Mark Zuckerberg não quer ficar de fora de nenhuma concorrência. Por isso, sua empresa, Facebook, disponibilizou mais uma ferramenta para o WhatsApp, uma de suas plataformas. O WhatsApp Pay é um novo método de pagamento que pode ser feito por meio do aplicativo de conversas instantâneas. Apesar de ter sido lançado em 2020, a ferramenta só foi aprovada e disponibilizada no Brasil no final do último mês de maio, e agora encontra-se em fase inicial de implantação.


De acordo com a ferramenta, por meio da utilidade é possível transferir dinheiro para os contatos sem pagar taxas. O serviço é autorizado pelo Banco Central do Brasil e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Para poder utilizar a ferramenta, o usuário precisa ter a versão mais atual do aplicativo. A opção de transferência fica no botão com símbolo de clips no sistema Android e no ‘+’ no iOS. Após a atualização, é preciso cadastrar um cartão de débito válido com as bandeiras Mastercard ou Visa. Os bancos permitidos são Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, NuBank, Next, Sicredi, Woop (banco digital do Sicredi), Inter e Mercado Pago.

“Até o momento, a transferência só é possível entre pessoas físicas, ou seja, de CPF para CPF. De acordo com a plataforma, o objetivo é expandir a utilidade para empresas, mas com taxas”, comenta Cezar Lima, CEO da agência de marketing digital Stardust.

Facilidades comerciais

De acordo com Cezar Lima, a ferramenta possibilita novas formas de negócios. ‘‘Hoje, o WhatsApp se tornou a principal forma de relacionamento entre empresa e cliente, por isso, o WhatsApp Pay vem para disponibilizar, para uma grande quantidade de pessoas, uma nova forma de venda on-line’’, diz o especialista. ‘‘A partir de agora, qualquer pessoa que tenha o WhatsApp instalado passa a ter um e-commerce nas mãos’’, complementa Lima.

Ainda de acordo com o CEO da agência de marketing digital, a plataforma tem tudo para se transformar em um dos maiores e-commerces do mundo. ‘‘Se partirmos do pressuposto de que o WhatsApp se tornou uma das principais fontes de atendimento e incluir nesse meio o método de pagamento, podemos dizer que a plataforma tem tudo para se transformar em um dos maiores players de e-commerce do mundo’’, destaca Lima.

Segundo o especialista, a agência já elaborou um planejamento para atender à demanda. ‘‘Nós temos certeza de que grande parte dos nossos clientes vão passar a fornecer aos clientes deles mais essa opção de pagamento, então nós já temos um planejamento de início de utilização do WhatsApp Pay’’, afirma. ‘‘É muito provável que, desde trabalhadores autônomos até grandes companhias de serviços ou produtos, utilizem essa maneira de pagamento que é muito mais prática e ágil’’, detalha.

Riscos

Apesar de 60% dos brasileiros afirmarem que não pretendem utilizar o WhatsApp Pay como um dos meios de pagamento, segundo a pesquisa realizada em 2019, pela empresa de internet americana Akamai, em parceria com a empresa de marketing financeiro Cantarino Brasileiro, antes do lançamento oficial da ferramenta, Cezar Lima garante que é uma plataforma extremamente confiável. ‘‘Isso não foi uma ideia desenvolvida do dia para a noite, muito pelo contrário, foi algo muito pensado e muito bem planejado por uma das maiores empresas do mundo que é o Grupo Facebook’’, afirma o CEO da Stardust. ‘‘Com isso, é possível que os usuários fiquem mais tranquilos por conta dos riscos oferecidos nas transações, que são mínimos’’, diz.

Cuidados

Lima destaca ainda que, mesmo com riscos quase nulos, é preciso manter o cuidado com os golpes que pessoas mal-intencionadas dão na plataforma. ‘‘É preciso sempre estar atento para os golpes mais comuns como aqueles em que algum contato seu ou não pede dinheiro e para os mais elaborados, como os que alguém consegue clonar seu WhatsApp e pede dinheiro para outras pessoas em seu nome’’, destaca. “Um dos cuidados essenciais é ativar a dupla verificação, colocar senha de acesso ao aplicativo e colocar outros modelos de segurança oferecidos tanto pelo aplicativo, quanto pelo sistema do smartphone em que ele está instalado”, completa o especialista.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Omnichannel de sucesso precisa trazer fidelização e rentabilidade

Por muito tempo, omnichannel era uma espécie de Santo Graal do varejo brasileiro. Todos buscavam implementá-lo em suas operações, mas poucos conseguiam alcançá-lo. Parecia até que era algo mais utópico do que prático. Mas aí veio a pandemia de covid-19 a partir de março de 2020 e as empresas foram obrigadas a digitalizarem seus processos. No meio desse caminho, a integração de canais se tornou obrigatória por ser questão de sobrevivência no mundo dos negócios. Quem se preparou de forma adequada e com antecedência descobriu que essa estratégia entrega muito mais do que ganho operacional. Hoje, é praticamente a chave para obter rentabilidade e fidelização de clientes em um mercado em constante transformação.



É um novo cenário que independe do porte ou do segmento de atuação das empresas. A integração de canais de vendas e de relacionamento já é realidade no Brasil, a ponto de os próprios consumidores assumirem esse comportamento de compra. Pesquisa realizada em março de 2021 pela All iN e Social Miner, em parceria com a Opinion Box, indica que três em cada cinco brasileiros já consomem de forma híbrida, ou seja, utilizando tanto as lojas físicas quanto os recursos digitais da marca. Não bastasse isso, ao menos um terço deles reconheceu que teve apenas experiências positivas nos últimos meses. Simples coincidência? Não!

Vamos fazer uma breve recapitulação. De forma bem resumida, podemos entender o omnichannel como a utilização de forma integrada de diversos canais de venda e de relacionamento, permitindo conectar as jornadas on-line e off-line do consumidor. Quando bem executada, essa estratégia entrega um ponto crucial no mundo dos negócios: a melhor experiência do cliente. A lógica é clara: oferecer às pessoas aquilo que elas desejam e precisam em qualquer canal que quiserem. Se o cliente prefere ir à loja física apenas para conversar e pesquisar, comprando pela internet depois, que assim seja. O importante é mostrar que está a seu lado. Assim, a marca dá passos importantes para conquistá-lo e, mais importante, fidelizá-lo. 

Essa lealdade é, hoje, requisito importante para qualquer empresa. Diante da infinidade de opções disponíveis no ambiente digital, a dificuldade não é confirmar uma venda, mas fazer esse consumidor comprar novamente de sua marca. Da mesma forma que o segredo não é ter uma boa receita em um ou dois meses, mas atingir rentabilidade sustentável ao longo do tempo - o suficiente para manter a operação de forma confortável no azul. Há processos que ajudam, sem dúvida, mas o lucro depende, em última instância, de quantas vendas são feitas: quanto mais os clientes confiarem nos produtos e serviços, mais pedidos realizados e mais receita recorrente entra no caixa.

Evidentemente a consolidação do omnichannel no mercado brasileiro não é algo tão simples quanto a teoria supõe. Sim, estamos em um cenário propício para isso, mas a pressa costuma ser inimiga da perfeição. Não há tempo a perder diante da aceleração digital, mas mesmo assim é preciso ter planejamento e controle das ações. Além disso, é preciso encontrar os parceiros tecnológicos adequados. Não há integração de canais sem o apoio de soluções de TI que permitam essa conexão entre as lojas físicas e seus ambientes digitais. Não se trata de contratar os sistemas mais caros ou que deram certo em outras organizações. O recomendável é encontrar aqueles que atendem aos objetivos do negócio, potencializando os resultados a curto, médio e longo prazo.

Por fim, há áreas que assumem papel de destaque nessa estratégia. Marketing e gestão são importantes, sem dúvida, mas com a integração de canais, a logística reforça seu protagonismo no planejamento das empresas. Afinal, se o consumidor deseja receber o produto em casa, a marca deve oferecer boas opções de tempo e de preço do frete - incluindo a opção de retirar ou entregar a partir da loja física mais próxima de sua região. Não à toa, na pesquisa citada no início do texto, poder receber o item em sua residência foi o terceiro fator para a boa experiência de compra mais lembrado pelos clientes brasileiros. No fundo, o que vai determinar o sucesso do omnichannel é a felicidade do consumidor em ter o produto em mãos com qualidade e agilidade.

Artigo escrito por Vinicius Pessin, CEO da Logtech Eu Entrego

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Abre e fecha do varejo obriga inovação em processos logísticos

Desde março de 2020, a rotina operacional do varejo brasileiro é justamente a falta dela. O setor passou do choque inicial com a pandemia de covid-19, seguindo pelas restrições de isolamento social e suspensão de atividades não essenciais, à reabertura gradual no segundo semestre do ano passado até chegar à nova onda de infecções e mortes, com mais restrições de funcionamento neste início de 2021. Esse abre-fecha não compromete apenas as vendas e a rentabilidade do negócio. É preciso ter processos logísticos bem estruturados e, principalmente, integrados às soluções de tecnologia para dar conta da demanda e das transações efetuadas nos mais variados canais.  


A relação entre logística e tecnologia nunca foi tão profunda quanto agora - e certamente vai amadurecer mais nos próximos anos. Trata-se de um mercado muito novo no Brasil e recém-explorado pelas logtechs, termo que designa startups que combinam soluções tecnológicas na área de logística. Segundo o estudo Distrito Logtech Report 2020, há mais de 280 empresas desse tipo no cenário brasileiro e mais da metade delas tem menos de cinco anos de existência. A grande maioria, claro, surgiu para resolver a dor mais comum da área, isto é, as entregas - o mesmo levantamento mostra que mais de 80% do volume investido em logtechs está concentrado justamente nessa categoria.  

Ou seja, é uma aproximação ainda recente e, nesse sentido, o avanço do novo coronavírus foi um catalisador importante. De uma hora para a outra, o varejo brasileiro precisou fechar as portas para atender às medidas de restrição e isolamento social estabelecidas por governos estaduais e municipais. A única alternativa viável era recorrer aos canais digitais, como e-commerce e aplicativos. Consequentemente, era preciso garantir processos logísticos que levassem esses produtos aos consumidores, de preferência no menor tempo possível (até no mesmo dia em alguns casos) e com um preço justo para o frete.  

A questão é que não foram todos os varejistas que se prepararam para este momento digital. Alguns acreditavam que a pandemia não se estenderia por tanto tempo; outros simplesmente não tinham conhecimento e parceiros para isso - e a redução no número de casos no segundo semestre de 2020 fez com que esses negócios abaixassem a guarda e não investissem mais em soluções tecnológicas para suas entregas. Foi um erro de planejamento crucial. Empresas do setor que perceberam o caminho sem volta da transformação digital sabem que a logística é elemento altamente estratégico, uma vez que o consumidor está assimilando hábitos mais digitais de compra.  

E assim chegamos à segunda onda da pandemia de covid-19, novamente com a suspensão das atividades. Quem se planejou e adotou soluções de tecnologia naquele momento inicial estava pronto para essa oscilação e, mais importante, estruturado para atender a todas as demandas, incluindo oferecer a melhor experiência a seus clientes com entregas rápidas e eficientes protagonizadas por logtechs. Já aqueles que recomeçaram suas operações logísticas ficaram para trás e dificilmente recuperarão as vendas perdidas neste período. Em um cenário de incertezas e dúvidas, como o que vivemos, automatizar processos por meio da tecnologia é essencial para superar as dificuldades.  

Lição aprendida: o mundo mudou, o comportamento do consumidor está mais digital e não há mais espaço para negócios que ignoram os canais digitais bem como, por tabela, o serviço de delivery de seus produtos. Seja para manter o distanciamento social ou por pura conveniência, a compra virtual virou uma realidade para a grande maioria da população. Cabe às empresas, agora, se prepararem para esses desafios, contando com soluções adequadas para atender às demandas e aos desejos de todos os consumidores.  

Artigo escrito por Vinicius Pessin, Co-Fundador da Eu Entrego, startup que utiliza tecnologia para resolver problemas logísticos


Sobre Eu Entrego  


Criada em 2016, a Eu Entrego é uma plataforma omnienabler que transforma lojas físicas em hubs logísticos e conecta varejistas a uma rede de entregadores autônomos. Para mais informações, acesse: www.euentrego.com. 


 

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Os 3 pilares para o sucesso na indústria 4.0

Embora originalmente o termo “indústria 4.0” tenha nascido para resolver problemas do setor de manufatura, o conceito está presente em todos os setores: varejista, hospitalar, energético, agropecuário, governamental e até pessoal (nas tecnologias que permitem termos smart homes, por exemplo), entre outros. 


Assim, o movimento da indústria 4.0 promove produtividade, redução de custos, controle do processo produtivo e customização da produção, conveniência, conveniência, entre outros benefícios. Tipicamente esses projetos são baseados em processos e tecnologias de infraestrutura para medição de indicadores. Mas o fator humano não pode ficar em segundo plano: no fim do dia, devemos usar a inovação para melhorar a vida de alguém. 

Levando esses fatores em consideração, começar a implementar elementos da Indústria 4.0 em um negócio observar algumas etapas, segundo a maturidade ou a necessidade da empresa. Então, para me assegurar de que um projeto leva em consideração o fator humano, antes de iniciá-lo gosto de fazer 3 perguntas, que são os pilares sobre os quais o trabalho acontece: 

1. Para quem é a solução?  

Fazer algo que sirva para todos pode ser difícil, então, antes de mergulhar no desenvolvimento de qualquer coisa, é uma boa estratégia fazer um exercício de empatia, se colocando no lugar de uma persona. 

O primeiro passo é olhar para os processos e ver como podem melhorar para as pessoas envolvidas neles. Tanto dentro da empresa quanto fora dela, a inovação por meio da tecnologia não precisa ser extremamente revolucionária e disruptiva, mas precisa facilitar a vida dos humanos envolvidos nela. Afinal, as tecnologias e metodologias estão subordinadas ao ser humano, e não o contrário. Sem o toque humano, de nada adiantam os robôs.  

2. Que problema é resolvido ou que conveniência é gerada?  

Não existe solução antes do problema ou conveniência antes da dificuldade, por menores que sejam esse problema ou essa dificuldade. Pense: por que o mercado de smart homevem crescendo, já que a tecnologia não é tão disruptiva e de alguma forma estava disponível? O que faz o negócio ou um conceito (como no caso das smart homes) escalarem é a conveniência que proporcionam. 

Pode ser que as pessoas nem tenham percebido ainda que precisam resolver determinado problema ou receber aquela conveniência; aí entra o poder de observação e pesquisa de quem trabalha com inovação. A partir de problemas simples, mas que a maioria das pessoas enfrentam, é que surgem produtos e serviços altamente escaláveis. 

Depois de entender tudo isso, é a hora da experimentação. Assim, podemos ir ao mercado em busca de startups que forneçam soluções ou resolver internamente caso haja essa possibilidade. Nesse momento, ainda são necessárias mudanças culturais para a transformação digital.  

3. Como vou medir o resultado dessa iniciativa?  

Se estou resolvendo o problema de alguém, preciso medir o resultado: pode ser por meio da satisfação alcançada, pela experiência adquirida, pelos recursos economizados, pelo aumento do lucro, enfim, existem “n” fatores que podem ser elencados a depender do projeto.   

Não é tão incomum nós perdermos nessa jornada. Por isso precisamos prestar atenção a um perigo existente ao realizar um projeto inovador: em alguns casos, nos apaixonamos tanto pela tecnologia ou pela inovação em si que esquecemos de medir o resultado real.  

Chegando a esse estágio, vemos a necessidade de uma mudança na abordagem para a completa implementação da indústria 4.0, focando o trabalho nos benefícios que estamos gerando para as pessoas envolvidas no processo tanto dentro da empresa quanto para os clientes.  

Artigo escrito por Kleber Santos, sócio e vice-presidente de Transformação Digital e Inovação na FCamara, empresa especialista em criação de soluções customizadas e escaláveis para desenvolvimento de aplicativos, plataformas e integrações.  

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Por que a transformação digital nunca deve ter fim

A pandemia promoveu mais transformações digitais do que qualquer CEO ou CIO imaginaria. Essa frase que virou meme é o ponto de partida para um questionamento:  quantas dessas transformações foram bem sucedidas ? 

Para o sócio fundador da consultoria K21, Carlos Felippe Cardoso, um dos mais conceituados experts em métodos ágeis, muitas empresas ainda olham para a transformação digital  e para a agilidade e ficam procurando fórmulas prontas ou ferramentas que devem "instalar" e que "magicamente" as tornarão mais ágeis e digitais.  

 “Esse tipo de mudança não deve ser apenas ferramental. Muitas vezes essa é a discussão que já nasce mirando no alvo errado. A agilidade de verdade é aquela que vai catalisar a organização para aumentar o seu aprendizado, tornar ela mais adaptável e consequentemente  gerar melhores resultados tanto para os clientes quanto para os seus indicadores de negócio. Não é sobre Scrum, Kanban, Design Thinking ou post-its. Esses são processos e métodos importantes, porém não o fim. Agilidade é o meio para gerarmos mais valor e de  uma melhor forma”, afirma,  com a experiência de quem já assessorou com a K21 centenas de empresas, desde o apoio a temas pontuais, até o crescimento de unicórnios brasileiros.  

Segundo Cardoso, há um erro comum entre muitas empresas que não conseguem atingir os resultados esperados. Achar que esse processo de transformação é algo com início, meio e fim:  

“No fundo, o que buscamos nesse processo é transformar a organização em uma empresa que aprende mais e melhor. Essas capacidades devem evoluir continuamente, no dia a dia. Então é comum fazermos a provocação de que para essa melhoria continua chegar a um fim, só se a empresa falir!”, ironiza

São pontos importantes no processo a correta compreensão dos feedbacks e as reações que esses promovem numa cultura de liderança analógica. Para Carlos F Cardoso, feedback não é a “bronca do chefe”, como percebido em nossa cultura. Como o termo traduzido do inglês já indica, é realimentação.

“Feedback é sobre aprendizado, serve para o individuo ou para a empresa reforçar aquilo que está indo bem e entender aonde deve focar para melhorar. Tudo isso orientado a métricas de maneira bem explicita e quantitativa. Num contexto sem feedbacks podemos fazer vôos cegos baseados pura e simplesmente no achismo”.  

A essência da agilidade se resume em três pontos chave:  

- Focar em resolver os maiores problemas 

- Trabalhar em ciclos curtos de entregas de valor  

- Fazer melhoria continua.  

Em 2020, segundo Carlos Felippe Cardoso, a pandemia acabou tanto com as dúvidas de muitas empresas se precisariam mesmo evoluir no digital quanto com os adiamentos das estratégias que trariam o digital para o centro da questão. O lockdown fez com que clientes passassem a exigir cada vez mais soluções alternativas, como os e-commerces, vendas por whatsapp e afins. “Consumidores e colaboradores estão cada vez mais demandando soluções que sejam no mínimo figital, ou seja fisico + digital, evitando assim o atrito na experiência do consumidor”, diz. 

Essa virada, segundo Cardoso,  aconteceu dentro da própria K21, que tem aproximadamente 70 colaboradores espalhados no Brasil e no mundo.  A empresa era muito focada em prestar serviços no mundo presencial, apesar de praticamente ter todos os colaboradores já trabalhando de maneira online.

“Precisamos rediscutir todos os nossos serviços e a estratégia em tempo recorde, de maneira a responder aos novos desafios”. Discutir planos estratégicos de 3 meses, por exemplo, passou a não fazer mais sentido.

 “Numa empresa que ensina sobre agilidade, foi preciso ser ainda mais agressivo na própria adaptação”,

revela.  

Dois cases de transformações contínuas e que vem sendo bem sucedidas de clientes da K21 segundo Cardoso, foram as da C&A e Banco Carrefour. Na C&A, a equipe K21 acompanhou bem de perto o fechamento das lojas e toda a preocupação que isso gerou.

“Fizemos um trabalho muito forte de aceleração nos canais de venda direta e na forma como todo a experiência de compra de moda feminina se transformou durante a pandemia, bem como na criação e confecção de moda feminina de maneira mais ágil. Alguns grandes paradigmas do varejo de moda foram quebrados nesse processo e ao longo de 2020”.

O Banco Carrefour, um dos maiores players de cartão de crédito no Brasil, também se deparou com um 2020 de muitas incertezas e precisou da assessoria da K21 para adaptar sua estratégia anual a ciclos mais curtos, respondendo rapidamente aos cenários econômicos cada vez mais incertos com os

 lockdowns e apertos econômicos dos consumidores. “Durante 2020 tivemos um ano em que a empresa reagiu bem rápido às mudanças e conseguiu ajudar seus clientes de maneira bem mais proativa, refletindo numa melhora do NPS bastante considerável“. 



5 vantagens do Pix para o e-commerce

O Pix, novo meio de pagamento criado pelo Banco Central para simplificar as transações financeiras, promete melhorar os pagamentos digitais no Brasil, podendo se tornar um grande aliado aos e-commerces. Mas, por que as operações - tanto as B2C quanto as B2B - devem adotar o Pix? As vantagens deste modelo envolvem uma gama variada de benefícios para empresas e consumidores, os quais podem ser vistos abaixo.

Agilidade e disponibilidade de pagamentos - o Pix está disponível sete dias por semana, 24h por dia, de forma on-line e instantânea, oferecendo uma alternativa a meios de pagamentos como boletos bancários, que podem levar até três dias úteis para serem processados. Nesta nova modalidade, o pagamento é confirmado no ato da compra, independente do dia e horário, propiciando liquidação imediata da transação, além de apoiar na saúde do fluxo de caixa dos lojistas.

Entregas mais rápidas - uma vez que os pagamentos são confirmados instantaneamente, os demais processos para efetivar a compra, como emissão de nota fiscal e envio dos produtos a transportadoras, são agilizados e, com isso, as entregas podem acontecer em menos tempo que o previsto, resultando em mais satisfação pelo cliente.

Diminuição de reservas de estoques - um grande gargalo do e-commerce são os boletos gerados e não processados. Essa modalidade de pagamento exige que o lojista faça a reserva dos itens e, quando ela não é efetivada, o produto volta ao estoque. Vale lembrar que esse cenário é especialmente prejudicial para as empresas em datas  de muito movimento, como a Black Friday, que apresentam alto índice de desistências de compras efetuadas por boletos. Nesse sentido, o Pix favorece oportunidades de compras imediatas enquanto as promoções estão ativas.

Democratização das compras no e-commerce - com o Pix, pessoas sem acesso a cartões de crédito ou débito poderão comprar on-line utilizando o saldo disponível em suas contas. É uma forma de acessibilidade e democratização das compras on-line ao mesmo tempo em que traz a abertura de um novo público de potenciais clientes para os lojistas. Entretanto, o Pix não irá concorrer com o cartão de crédito, pois, para o comprador brasileiro, os prazos de pagamentos próprios e favoráveis dessa modalidade ainda são questões culturais muito fortes.

Custos mais baixos para lojistas - para os consumidores, o Pix é uma modalidade de transferência de valores gratuita. Já para o lojista, ele representa taxas menores do que a dos meios atuais, o que pode ser convertido em mais flexibilidade na hora de oferecer descontos e fazer promoções. Além disso, a tendência é de que bandeiras baixem suas taxas para se manterem competitivas frente a este novo método de pagamento.

Mais do que compor o portfólio de meios de pagamentos, o Pix deve agilizar o processo de compras no e-commerce e trazer vantagens para empresas e clientes dado o caráter instantâneo, a abrangência de público e as taxas mais baixas. Para as empresas que desejam implementar essa nova modalidade de pagamento em seus e-commerces, vale lembrar que ela deve proporcionar experiências de compras amigáveis, sem mudanças de telas no checkout e que seja funcional para todos os tipos de dispositivos. 

Artigo escrito por Rafael Martins, CEO do Grupo Máxima, líder em soluções de força de vendas e e-commerce, trade marketing e logística para a cadeia de abastecimento.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Do papel aos dados: até onde vai a digitalização do varejo?



O varejo é tão antigo quanto a própria humanidade. Mesmo antes do surgimento do dinheiro, as relações de troca já existiam. O comércio acompanhou a evolução da sociedade ao longo dos séculos e, evidentemente, incorporou as tendências e soluções que apareceram desde então. A última transformação é recente e ainda está em curso: a aceleração digital dos canais de venda e de relacionamento. A pandemia de covid-19 apenas reforçou a importância dessa mudança em todo o mundo. Mas até onde vai essa digitalização no varejo? Quais são as tendências e os conceitos que irão guiar os negócios e as relações de troca no futuro? Confira cinco tópicos imprescindíveis para quem trabalha na área.  

1 -Blockchain 

Não importa o tamanho ou o segmento da loja: investir em tecnologia é essencial. É preciso encontrar soluções que oferecem eficiência, segurança e rapidez em todos os processos do negócio. Nesse sentido, o blockchain se consolida como a melhor alternativa para o setor. Sua estrutura em blocos (a tradução literal é “corrente de blocos”) permite que uma informação possa ser dividida e viajar pela web em partes até se estruturar em uma corrente em seu destino. É ideal tanto para transações financeiras quanto para compartilhamento de dados.  

2 - Criptomoedas 

Os meios de pagamento no varejo também precisam acompanhar as mudanças que ocorrem no setor. Hoje, o dinheiro precisa ser mais do que... dinheiro! Isto é, sua funcionalidade não pode se limitar apenas à conclusão de determinada compra. Opções digitais de pagamento, como as criptomoedas, podem fornecer insights por meio de dados, estreitar o relacionamento com os consumidores e até promover campanhas de marketing. Além disso, inserir as moedas digitais e utilitytokens como formas de pagamento no negócio amplia a base de clientes que pode comprar seus produtos ou serviços.  

3 - Plataforma de engajamento 

Por muito tempo, diversos varejistas ainda ignoravam o poder dos canais digitais em seus negócios e focavam apenas nos pontos de venda do “mundo real”. Agora, isso não é mais possível. A pandemia de covid-19 mostrou que é essencial ter plataformas digitais na operação, permitindo manter as vendas e o relacionamento com os clientes mesmo em um cenário de restrição e isolamento social. Dessa forma, contar com uma plataforma de engajamento consegue resolver esses dois pontos, criando um ambiente virtual em que a pessoa pode interagir com a marca, comprar seus produtos e ampliar o alcance da loja.  

4 -Microinfluenciadores 

Aliás, a própria imagem que a empresa tem de seus consumidores precisa mudar com a digitalização. Se o empresário acha que o consumidor deve apenas comprar o produto, vai ter problemas no futuro. É preciso compreender que a entrada de canais digitais mudou o jogo de poder nas relações comerciais. Cada vez mais bem informado, é o cliente que decide quando, onde e como comprar - o que envolve mais pesquisa e conversas com outras pessoas. Portanto, o usuário atua como um microinfluenciador em sua rede de contatos, podendo estimular que outros comprem, ou não, de sua marca. Com a plataforma de engajamento citada anteriormente, é possível criar esse ambiente positivo para que ele possa divulgar de forma adequada suas campanhas.  

5 - Gamificação  

Dessa forma, o relacionamento entre varejo e consumidor precisa ser interativo, envolvente e sempre com a melhor experiência possível. Uma opção interessante é aplicar técnicas de gamificação nos pontos de contato com as pessoas. A ideia é bem simples: criar um sistema de desafios e recompensas. A cada tarefa concluída, o usuário ganha um prêmio, que pode ser produto, brinde, desconto ou até moedas digitais. Pela plataforma de engajamento, as pessoas podem compartilhar anúncios da marca e ganhar determinados valores a cada compartilhamento que conseguir em suas redes. Ou ainda “caçar” descontos e promoções pela loja com seu smartphone. As propostas são infinitas e combinam a busca por boas ofertas com diversão.  

Artigo escrito por Cássio Rosas,  head de Marketing e Estratégia da Wiboo, plataforma comutilitytoken que promove um programa de fidelização entre varejistas e consumidores por meio de moedas digitais.

segunda-feira, 3 de maio de 2021

Dia das Mães têm expectativa de aumento nas vendas

Segundo FCDLESP, o crescimento está relacionado à reclassificação do estado no Plano São Paulo

Segunda data sazonal mais importante para o varejo no ano, o Dia das Mães, deve alavancar as vendas. De acordo com pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), com a participação das principais CDLs do estado, os lojistas estão otimistas e esperam crescer o volume de vendas no período comemorativo. 

Após a saída do estado da Fase Emergencial do Plano São Paulo, os comerciantes relatam que a expectativa de um bom desempenho das vendas está ligada à flexibilização. Segundo a entidade, durante o período de maior restrição, o comércio perdeu cerca de 30% do faturamento. 

“Com os estabelecimentos abertos e uma maior flexibilidade do horário de funcionamento, em comparação com o ano passado, as vendas devem crescer entre 20% e 25%. Apesar de ser um aumento expressivo, em 2020, as lojas físicas venderam 25% a menos que em 2019”, explica o presidente da FCDLESP, Mauricio Stainoff.

Varejo físico e digital 

O levantamento realizado pela FCDLESP aponta que, neste ano, o consumidor está em busca de variedade. Isso deve proporcionar um cenário positivo para os shoppings centers e comércios de rua. Os segmentos mais procurados devem ser os de uso pessoal, como calçados, roupas e acessórios.

Dentro do atual momento do varejo, os lojistas afirmam que  boas  promoções e descontos são aliados das vendas. Além disso, alimentar e investir nas estratégias do ambiente digital colabora para o crescimento da demanda virtual. 

“As vendas on-line têm ficado com a maior parte da demanda nas últimas datas sazonais, porém, com a possibilidade de compra na loja física, acreditamos que parte dos  consumidores devem  ir presencialmente - como lojas de rua e shoppings,  o que gera um equilíbrio entre o físico e o virtual”, comenta Stainoff

Cautela 

Apesar da perspectiva de crescimento, que leva em consideração o bom desempenho da data nos últimos anos, diante do atual cenário econômico do país, o presidente da FCDLESP alerta que, no balanço trimestral, o varejo deve apresentar declínio. Para a entidade, a recuperação e fôlego do setor só é possível com medidas reais de manutenção de emprego, concessão de crédito para os empresários e maior ritmo de vacinação no país. 

“O desempenho do varejo está diretamente ligado à reclassificação e mudanças do Plano SP - que é impactado pela imunização e controle da pandemia de COVID-19. Estimamos uma melhoria no caixa das lojas e  que a retomada econômica para o varejo venha no quarto trimestre - com o maior número de vacinados e com maior confiança do consumidor”, finaliza Maurício. 

domingo, 2 de maio de 2021

Mercado de tintas aquecido e com oportunidades de novos negócios

O mercado de construção civil cresceu nos últimos meses, mostrando um cenário otimista para 2021. Somente no primeiro trimestre do ano, o setor de cimento registrou aumento de 19%, em sua produção, com a venda de 15,3 milhões de toneladas, de acordo com dados da Snic (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento). O fortalecimento da construção civil, que começou no ano passado, impulsionou outros setores como a indústria de tintas. O segmento apresentou resultados positivos e de recuperação a partir do segundo semestre de 2020, encerrando o ano com 1,623 bilhões de litros de tintas vendidas, segundo dados da Abrafati (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas).


Outro fator determinante, que ajudou a movimentar o comércio de materiais de construção, foi a explosão do movimento DIY (Do It Yourself) nas redes sociais e o aumento do cuidado com casa durante o isolamento social, causado pela pandemia. As pessoas passaram a ficar mais tempo na residência, o que ocasionou reparos e melhorias no lar.

O Brasil é um dos cinco maiores mercados de tintas do mundo, e segundo a Abrafati, as tintas imobiliárias correspondem a 83,4% do volume produzido. O setor cresceu 3,5% em 2020/2019, reforçando o potencial do segmento. E todo esse mercado aquecido cria novas oportunidades de negócio, para empreendedores que estão em busca do sonho, de ser dono do seu próprio empreendimento. As lojas de tintas são uma ótima opção de investimento e escolher uma marca já consolidada no mercado é uma grande vantagem.

Empresas como a Sherwin-Williams tem seu próprio modelo de negócios para o segmento, oferecendo a oportunidade de dirigir novos pontos de venda de tintas, com toda a expertise da marca através da Revenda Master. É possível também adaptar uma loja já existente com toda a comunicação e portfólio, sem que seja necessário investir capital. As principais vantagens em apostar nesse formato é a segurança para abrir um negócio totalmente inovador e rentável, com payback de 24 a 36 meses e retorno acima do mercado. Os consumidores também ganham, pois encontram variedade de produtos, atendimento especializado na loja, ações e promoções exclusivas.

Mas, atenção! Mesmo com um momento favorável e alta demanda no comércio de materiais de construção, é preciso prudência e um planejamento sólido. Invista em uma companhia estruturada que dê total apoio para montar a sua loja. Antes de se aventurar no mercado de tintas vale pesquisar o setor, marcas, fabricantes e os custos envolvidos. Essas informações fazem a diferença, ajuda a tomar decisões assertivas e aproveitar o momento sem se preocupar futuramente.  

Artigo escrito por Marcos Correia, diretor de vendas-Arquitetura da Sherwin-Williams Brasil

quarta-feira, 28 de abril de 2021

Como garantir o sucesso da sua franquia em 2021

O ano de 2020 foi marcado pela pandemia da Covid-19 e pelos longos meses de isolamento que a população tem passado para evitar o contágio da doença. Como consequência, o comércio enfrentou uma crise que prejudicou muito o desempenho do setor. Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o segmento também sofreu os impactos da crise, uma vez que o mercado de franquias teve queda de 10.5% no faturamento no ano passado. Apesar disso, para 2021 o cenário é promissor, já que muitos autônomos estão buscando negócios mais sólidos para investir.



Mas, para obter uma franquia de sucesso, não basta só abrir uma loja: é necessário disciplina e estratégias para que a empresa se destaque em meio a tantas opções.

Para uma marca sair na frente das demais ela deve ter a própria personalização, ou seja, cada vez mais customizar e entender a vontade dos clientes. É necessário ter em mente que as pessoas são únicas e que devemos nos comunicar com elas de forma individualizada. Além disso, a proximidade com o consumidor é essencial para ele saber que a sua marca transcende o produto. Dessa forma, estar presente em todos os canais de comunicação é fundamental para que o público escolha a forma como deseja manter o contato, ainda mais na Era Digital.

Outro ponto que também é primordial para o bom êxito da rede é ter um relacionamento de confiança com os franqueados. De nada adianta a franqueadora ter milhares de ideias, colocar energia para criar e inovar se o franqueado não concordar com os planos. Até Por isso é importante, ao optar por uma franquia, entender como é o negócio, como funciona o produto, a área, as táticas que deve seguir e como comandar e estabelecer a companhia. Uma dica que dou é: converse bastante com todos os envolvidos no projeto para ter uma noção do DNA da empresa, de como será sua rotina e suas demandas. Temos que ter cuidado com os detalhes, entender a necessidade do mercado e não parar de modernizar. Se me cabe dar um conselho: sempre deixe claro para o cliente qual é o seu propósito, pois cada vez mais percebemos que as pessoas se conectam com uma causa, muito além do produto - e isso faz toda a diferença nos dias de hoje, vai por mim!

Artigo escrito por Veronicah Sella, cofundadora da marca Criamigos, rede de franquias de pelúcias personalizáveis.

5 vantagens do Pix para o e-commerce

O Pix, novo meio de pagamento criado pelo Banco Central para simplificar as transações financeiras, promete melhorar os pagamentos digitais no Brasil, podendo se tornar um grande aliado aos e-commerces. Mas, por que as operações - tanto as B2C quanto as B2B - devem adotar o Pix? As vantagens deste modelo envolvem uma gama variada de benefícios para empresas e consumidores, os quais podem ser vistos abaixo.


Agilidade e disponibilidade de pagamentos - o Pix está disponível sete dias por semana, 24h por dia, de forma on-line e instantânea, oferecendo uma alternativa a meios de pagamentos como boletos bancários, que podem levar até três dias úteis para serem processados. Nesta nova modalidade, o pagamento é confirmado no ato da compra, independente do dia e horário, propiciando liquidação imediata da transação, além de apoiar na saúde do fluxo de caixa dos lojistas.

Entregas mais rápidas - uma vez que os pagamentos são confirmados instantaneamente, os demais processos para efetivar a compra, como emissão de nota fiscal e envio dos produtos a transportadoras, são agilizados e, com isso, as entregas podem acontecer em menos tempo que o previsto, resultando em mais satisfação pelo cliente.

Diminuição de reservas de estoques - um grande gargalo do e-commerce são os boletos gerados e não processados. Essa modalidade de pagamento exige que o lojista faça a reserva dos itens e, quando ela não é efetivada, o produto volta ao estoque. Vale lembrar que esse cenário é especialmente prejudicial para as empresas em datas  de muito movimento, como a Black Friday, que apresentam alto índice de desistências de compras efetuadas por boletos. Nesse sentido, o Pix favorece oportunidades de compras imediatas enquanto as promoções estão ativas.

Democratização das compras no e-commerce - com o Pix, pessoas sem acesso a cartões de crédito ou débito poderão comprar on-line utilizando o saldo disponível em suas contas. É uma forma de acessibilidade e democratização das compras on-line ao mesmo tempo em que traz a abertura de um novo público de potenciais clientes para os lojistas. Entretanto, o Pix não irá concorrer com o cartão de crédito, pois, para o comprador brasileiro, os prazos de pagamentos próprios e favoráveis dessa modalidade ainda são questões culturais muito fortes.

Custos mais baixos para lojistas - para os consumidores, o Pix é uma modalidade de transferência de valores gratuita. Já para o lojista, ele representa taxas menores do que a dos meios atuais, o que pode ser convertido em mais flexibilidade na hora de oferecer descontos e fazer promoções. Além disso, a tendência é de que bandeiras baixem suas taxas para se manterem competitivas frente a este novo método de pagamento.

Mais do que compor o portfólio de meios de pagamentos, o Pix deve agilizar o processo de compras no e-commerce e trazer vantagens para empresas e clientes dado o caráter instantâneo, a abrangência de público e as taxas mais baixas. Para as empresas que desejam implementar essa nova modalidade de pagamento em seus e-commerces, vale lembrar que ela deve proporcionar experiências de compras amigáveis, sem mudanças de telas no checkout e que seja funcional para todos os tipos de dispositivos. 

Artigo escrito por Rafael Martins, CEO do Grupo Máxima, líder em soluções de força de vendas e e-commerce, trade marketing e logística para a cadeia de abastecimento.

terça-feira, 27 de abril de 2021

Entenda porque é importante saber a jornada do cliente no varejo

Para quem empreende no setor é essencial entender como o consumidor pensa e quais são as etapas do processo de compra

Saber quais são as necessidades do consumidor é imprescindível para qualquer setor — colocá-lo no centro é um ponto primordial para o sucesso das empresas. Independente da relação, seja ela de B2B (de empresa para empresa) ou B2C (de empresa para cliente), entender quais são as necessidades do consumidor ajuda a garantir uma experiência melhor, fidelizando seu público e elevando os resultados comerciais. 

As estratégias customer centric estão cada vez mais sendo utilizadas. O conceito se baseia em posicionar o cliente como elemento principal do negócio e, a partir disso,  construir a estrutura da empresa ao redor dele. O caminho da compra também é essencial e faz parte de iniciativas como a do customer centric que visam aprimorar processos. 

“Vender não é uma tarefa fácil e envolve muita estratégia. Compreender cada etapa do processo de venda ajuda a empresa a se destacar da concorrência, além de trazer insights para um processo mais certeiro”, comenta Jonatan da Costa, empreendedor há mais de 14 anos e atualmente CEO da Área Central, empresa especializada em gestão de centrais de negócios. 

O primeiro passo é conhecer e delimitar o público-alvo: “cada empresa possui um nicho específico de atuação, e precisa pensar em como alcançar esse público e quais abordagens são mais interessantes”, aconselha o empresário. Depois de definido o público-alvo, é preciso conhecer cada uma das etapas da jornada:

1. Aprendizado e descoberta

O público precisa conhecer o produto ou serviço ofertado. Neste início, é essencial estabelecer estratégias que ajudem o cliente a identificar pontos de necessidade na realidade dele e relacionar isso com o que a empresa pode oferecer. É importante produzir materiais que despertem curiosidade e possibilitem a interação e o desejo de saber mais. 

2. Reconhecimento do problema

Nesta etapa nem sempre o cliente sabe que tem um problema para ser resolvido, cabe à empresa mostrar que tipo de dor ele tem, para então responder suas dúvidas e mostrar como ele pode resolvê-lo através dos produtos ofertados. “A capacitação do time de vendas e a quantidade de informações que você oferece ao consumidor neste momento é fundamental para deixar o cliente pronto para a próxima etapa”, explica Jonatan.

3. Consideração da solução

Diante do “problema” identificado, o consumidor irá analisar as opções que ele tem para resolver sua necessidade. Aqui podem ser exploradas as vantagens da solução e o porquê ela é melhor que a do concorrente. 

4. Decisão de compra

É neste momento que o cliente decide se fecha o negócio. É hora de mostrar as vantagens que existem na aquisição de determinado produto. Além de destacar os diferenciais, pode-se pensar em estratégias como preços competitivos, facilidades na forma de pagamento, entre outros

5. Fidelização

O sucesso do negócio depende também da forma como os consumidores reconhecem a marca, recomendam para outras pessoas e voltam a fazer negócio. É essencial nutrir o relacionamento no pós-venda, enviando novidades, promoções e informações que façam sentido para o cliente e para o negócio.

Novos caminhos

O phygital (physical + digital) é um tipo de experiência que afeta diretamente a jornada do consumidor. O conceito que define a conexão entre o offline e o online na experiência do comprador, tornando-a ainda mais especial e atrativa, já era realidade antes mesmo da pandemia. Hoje, é praticamente impensável organizar uma estratégia de venda que não contemple os dois canais, dada a rápida digitalização dos processos e mudanças de consumo. “A tecnologia é uma grande aliada nas estratégias de venda das empresas, é essencial digitalizar-se para se manter competitiva e não perder oportunidade”, finaliza Jonatan. 

E-commerce: dicas para datas sazonais

Quando inicia o ano, muitos e-commerces começam a pesquisar as datas sazonais para o seu negócio. Por um lado, existem as chamadas “datas de varejo”, que são comuns a todas as marcas, por exemplo, Dia das Mães, Pais, Namorados, Natal. Porém, há outras que fazem mais sentido para um segmento do que para outro, por exemplo, o Dia do Geek, que faz todo o sentido para livrarias e cinema, mas pouco para um supermercado.



A dica principal não poderia ser outra que não esta: tenha muito cuidado com o que a sua marca vai comemorar. Tenha aderência ao segmento, ao seu consumidor e principalmente ao que a empresa oferece para o mercado. Datas sazonais existem aos montes; se olhar os calendários mais detalhados, verá que alguns dias têm três ou quatro comemorações simultâneas, como 21 de abril, feriado de Tiradentes, mas também é o Dia do Metalúrgico, Latinidade, Polícia Civil, Têxtil, aniversário de Brasília, Dia Mundial da Criatividade e Inovação e do funcionário da Polícia Civil.

Seguindo a primeira dica, você deve olhar e pensar qual deles é mais importante para a sua empresa e focar nesse, assim como, se identificar que nenhuma dessas datas tem aderência ao seu negócio, simplesmente não faça. As redes sociais, principal canal usado para campanhas sazonais, são para fortalecimento de marca, relacionamento e vendas. Se a data a ser comemorada não trouxer nenhum dos pontos acima, o conselho é não fazer nada, mas, se trouxer os três, é preciso mais do que um simples post, o que vem para a segunda dica.

Se a data for importante para o seu segmento, faça algo que enalteça primeiro as pessoas, depois a marca e por fim faça uma venda. Criar uma promoção de 10% no Dia das Mães, que é uma data tradicional de vendas, por exemplo, é válido. Em comemorações menores como o 13 de maio, Dia do Chefe de Cozinha, se você tem um restaurante funciona, mas siga o passo acima: enalteça a pessoa, ou as pessoas, depois a sua marca e por fim algo que seja estímulo de venda, este com o menor dos pesos.

A terceira dica se baseia em preparo. As grandes datas sazonais têm meses de preparação. Para o Dia dos Namorados, por exemplo, tem empresa que se prepara em abril. Pode parecer muito tempo, mas às vezes não é suficiente. Essas grandes datas foram criadas para ampliar as vendas, e as pessoas sabem tanto disso que as esperam para comprar algo que precisam. Comprar eletrodoméstico no Dia das Mães se tornou tradição tão forte que as pessoas esperam a data para comprar produtos para as suas casas mais do que para as mães. Há produtos que têm venda maior em datas sazonais, como flores no Dia dos Namorados.

A preparação passa pelo conceito de campanha, setup nas ferramentas, criação, textos para assessoria de imprensa, um estoque maior de produtos e logística que precisa ser reforçada. Se o produto é perecível, o planejamento precisa ser ainda mais detalhado, ou se a empresa promete entrega rápida, a logística precisa de algo a mais do que reforço: precisa de um planejamento de rotas mais efetivo, e nesse ponto de entrega vem a quarta dica.

Existem produtos não perecíveis, como geladeiras, que, se não forem vendidas em maio, não chega a ser um problema. Porém, há produtos, como flores e comida, que se não forem vendidos no dia seguinte podem ser jogados no lixo, o que é literalmente jogar dinheiro fora e deperdiçar o tempo que se ficou planejando tudo aquilo que na execução não deu o resultado esperado.

Última dica: não use a data sazonal para se promover, ou fazer apenas porque o mercado está fazendo. Não. Nenhuma empresa se destaca no mercado copiando o que os outros fazem. Faça porque é verdadeiro, genuíno e está dentro do propósito da marca, se possível, traga as pessoas da empresa para as campanhas. Isso agrega uma boa reputação de marca, pois mostra a empresa dando importância aos colaboradores.

Artigo escrito por Clóvis Souza, CEO da Giuliana Flores.

O custo do conforto

Inspirado no movimento “Do not call”, ligações telefônicas, sms ou aplicativo de mensagem não podem ser mais usados como meio de cobrança para consumidores residentes no Estado de São Paulo. O cliente que inscrever seu telefone no cadastro para bloqueio de telemarketing junto ao Procon, não poderá ser contatado, seja para divulgação do produto ou cobrança, sob pena de multas às empresas de telesserviço.



Dados do Procon de São Paulo apontam que desde 2009 o órgão registrou mais de 2,8 milhões de linhas telefônicas cadastradas para não receber ligações de telemarketing.    O website “Não me Perturbe", promovido pelas principais operadoras de telefonia do Brasil, já recebeu mais de 2 milhões de solicitações de bloqueio dessa espécie de telefonema. Nos EUA, desde 2003, o poder público solicita que as empresas de telefonia do país instalem em seus produtos tecnologias para que os consumidores possam bloquear automaticamente ligações de telemarketing.

O assunto é tão sensível que o próprio setor de telesserviços produziu um Código de Conduta que trata da limitação de dias e horários para ligação e até quantidade de vezes que o consumidor poderá ser contatado por dia.  Mas esse conforto, não nos enganemos, tem reflexo direto no aumento de juros e custo do dinheiro. 

Isto acontece, pois, o mercado em geral possui taxas de inadimplência e taxas de risco que são instituídas no setor, ou particularmente, e a precificação do produto ou serviço contém, além das taxas adequadas de estoque de inadimplência, a previsão do custo para reverter o passivo em recebíveis. 

Em uma régua de cobrança, quanto mais cedo houver a notificação do débito maior a chance de receber a dívida e, com o impedimento legal do uso do telemarketing ativo, aumentamos o risco de inadimplência, diminuímos o percentual das taxas de estoque de dívidas e o mercado regulará seu risco das seguintes formas: melhorando  a análise de crédito para diminuir o risco de calote, diminuindo o início da régua de cobrança com o modelo cartao postal, aumentando o preço do produto ou serviço, frente ao custo do risco e da multa.

Para o consumidor o alívio inicial reflete em aumento de juros nos empréstimos e dificuldade de crédito privado, para as empresas a legislação é interferência na livre iniciativa e risco de liquidez do seu estoque de dívidas e para o setor de telesserviço é prejuízo e demissão.

Artigo escrito por Alexandre Damasio Coelho é presidente da CDL  São Caetano do Sul e advogado.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

O varejo descobre a cabotagem e as vantagens da multimodalidade

Quando o assunto é logística, a cabotagem é um modal que tem ganhado força e vem crescendo de maneira sustentada a dois dígitos ao ano na última década. Apesar dos efeitos da pandemia, cerca de 1 milhão de TEU’s (unidade equivalente a um contêiner de 20 mil pés) foram transportados por navios porta-contêineres, em 2020, de acordo com a Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem - ABAC, ligando o país de ponta a ponta, por meio dos portos brasileiros.

De certa forma, este crescimento contínuo é reflexo de uma aposta no modal que se iniciou no final dos anos 90, com objetivo de implementar no mercado um serviço de cabotagem porta a porta . A novidade chegou para estimular a competição e criar uma alternativa ao transporte rodoviário. Desde então, duas décadas se passaram e o modal tornou-se uma realidade. Atualmente, mais de 20 navios operam rotas regulares em toda a costa brasileira em operações que vão muito além do transporte propriamente dito e complementado por serviços adicionais como armazenagem de carga, transporte terrestre e gestão logística.

Os avanços estruturais e tecnológicos do setor atraíram os olhares do mercado varejista, que passou a embarcar de forma relevante na cabotagem contribuindo significativamente para o crescimento do modal. Quando cito o varejo, me refiro às grandes redes de supermercados, atacadistas, magazines, home centers, etc. Isto significa que muitos produtos que temos em casa certamente passaram pelos contêineres transportados ao longo da costa brasileira. Vale ressaltar que este é um segmento altamente exigente e que demanda um elevado nível de atendimento, o que faz com que as empresas precisem estar constantemente atualizadas para suprir esta nova demanda.

Atentos a este cenário, a Log-In desenvolveu, no ano passado, a plataforma digital Log-Aí, em que o cliente tem acesso seguro e completo à gestão de todas as cargas transportadas, desde o pedido até o comprovante de entrega. O desenvolvimento da plataforma contou com a participação de alguns clientes que apontaram suas dificuldades durante o processo logístico e deram sugestões de melhorias. Um deles foi uma gigante brasileira do segmento de Atacado e Varejo. Iniciativas assim possibilitam ampliar as oportunidades dentro deste importante mercado e entregar um nível de serviço cada vez mais exigido pelos clientes.

As empresas que investem em inovação podem sentir a assertividade destas decisões ao receberem retornos positivos em relação aos resultados. Somente no ano passado, 130 novos clientes testaram o transporte multimodal pela primeira vez com a Log-In. Destas empresas, grande parte estão inseridas no setor varejista onde fazemos a entrega da mercadoria em um centro de distribuição indicado pelo cliente, ou mesmo diretamente em uma loja onde os produtos vão direto para as gôndolas.

Não tenho dúvidas em afirmar que o cliente que substituir parcialmente sua logística pela cabotagem passará a obter ganhos diretos e indiretos relevantes em seu custo logístico total. Isso representa uma economia que vai desde o frete até o seguro da carga, passando por redução significativa dos níveis de avarias e eliminando boa parte da necessidade de logística reversa.

Quem também se beneficia com a adoção da cabotagem é o meio ambiente. O transporte marítimo é um modal extremamente sustentável com níveis de emissão de CO² três vezes inferior ao tradicional transporte rodoviário. Ou seja, a emissão de gases poluentes chega a ser 300% menor se comparado ao transporte dessa mesma carga transportada por caminhões. As vantagens aparecem também no consumo de combustível, o bunker, que pode ser até oito vezes menor se realizarmos a mesma comparação com o diesel utilizado pelos caminhões, segundo a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).

As empresas com responsabilidade socioambiental, que prezam a sustentabilidade de seus negócios e possuem estratégias bem definidas de ESG (do inglês Environmental, Social and Governance) - aspectos que regem sua conduta nas áreas ambiental, social e de governança -, certamente optarão pela cabotagem como forma de atingirem suas metas estabelecidas no programa. A adoção de um modelo mais sustentável para a cadeia logística é uma mudança cultural e urgente para as empresas.



Artigo escrito por Maurício Alvarenga, Diretor Comercial da Log-In Logística Intermodal , empresa 100% brasileira, de soluções logísticas, movimentação portuária e navegação de cabotagem integrada a outros modais .